Taxa média de juros cai em dezembro, mas cresce no acumulado do ano

 
Jornal GGN – Dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostram redução na taxa média de juros nas operações de crédito entre novembro e dezembro, mas crescimento no acumulado de 2016 na comparação com 2015, em todas as modalidades de crédito. 
 
A taxa de juros média geral para pessoa física saiu de 8,2% ao mês (157,47% ao ano) em novembro para 8,16% (156,33% a.a.) em dezembro, a menor taxa desde agosto. No entanto, a taxa média de dezembro ficou acima daquela registrada no mesmo mês em 2015, de 7,56%, o equivalente a 139,78% ao ano. 
 
Os juros médios do cartão de crédito caíram de 459,53% ao ano em novembro para 453,74% em dezembro. O cartão também terminou 2016 com taxas acima das praticadas em 2015, quando os juros ficaram em 399,84% ao ano. 

 
 
Já o cheque especial teve crescimento na comparação mensal entre novembro e dezembro de 2016, saindo de 313,63% ao ano para 314,51%, chegando ao maior patamar desde março de 1999. Em 2015, o cheque especial encerrou o ano com taxa média de 240,88% ao ano. 
 
A Anefac acredita que a redução observada em dezembro já é um efeito da diminuição da taxa Selic, que hoje está em 13,75%. A queda também pode ser explicada pela expectativa de novos cortes na taxa básica de juros. Em outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) fez o primeiro corte na Selic em quatro anos. 
 
“Em 2016 tivemos altos índices dos juros no país, agora, já na primeira reunião do ano do Copom, é possível que tenhamos uma nova redução, o que coloca o Brasil diante de uma nova realidade”, afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da associação. Entretanto, ele ressalta que o cenário econômico de recessão aumenta o risco de inadimplência, o que pode causar novos aumentos nos juros para os consumidores. 
 
 
Redação

1 Comentário

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  1. Cinco letrinhas juntas para

    Cinco letrinhas juntas para definir isso: R -O-U-B-O! E chancelado pelo Estado. 

    Qual setor da Economia consegue lucros tão fantásticos como o financeiro? Nenhum. Qual setor da Economia que em vez de pagar a matéria-prima para transformá-la e revendê-la em forma de produto acabado faz é receber? Qual setor da Economia tem todos, rigorosamente todos os seus custos totalmente cobertos, até mesmo superando-os por receitas não advindas da atividade principal? 

    Autor da celebre(e verdadeira) frase “Melhor que roubar um banco é fundar um”, o que diria hoje Bertolt Brecht se nosso patrício?

     

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