Uma faculdade para as Associações Comerciais, por Luis Nassif

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Um dos bons ativos do país são as entidades organizadas com capilaridade nacional. É o caso do sistema das Associações Comerciais, espalhadas por todo o país. Ao contrário do sistema Sesi-Senai e de outras confederações empresariais, o sistema do comércio era voltado apenas para a questão 

Em cima desse potencial, a Associação Comercial de São Paulo criou a Faculdade de Comércio, contando com a estrutura da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), presente nas 27 unidades da federação, e com mensalidades acessíveis, a partir de R$ 170,00.

O curioso é que, contando com a penetração política da estrutura, a FAC conseguiu incluir palestrantes como Nelson Jobim, Antônio Anastasia, Pedro Parente, Rubens Barbosa, Andrea Matarazzo.

Por enquanto, a FAC atua em 13 estados e seu foco é a capacitação da mão de obra do varejo e serviços. Tem 1.600 alunos, em cursos de graduação e pós-graduação. Até o final do ano pretende dobrar o número de cursos e ampliar de 104 para 130 os polos de ensino à distância.

Hoje em dia, o varejo representa 27% do PIB nacional e emprega até 70% da mão de obra de serviços.

Recentemente, o Ministério da Educação aprovou os cursos de Ciências Contábeis, Gestão Financeira, Marketing e Comércio Exterior.

Mas o foco principal é o consumo digital, as tecnologias para Internet. Há cursos de Administração (4 anos); Gestão Comercial, Gestão Logística e Gestão de Recursos Humanos (2 anos); Sistemas para Internet (2,5 anos), todos na modalidade presencial. 

Há também programas de bolsas de estudos para estudantes sem condições financeiras. O reembolso é feito em 48 parcelas de no máximo R$ 50,00.

Em um momento em que o varejo brasileiro atravessa a maior crise da história, com a competição das grandes plataformas internacionais. Há uma boa possibilidade de integração do pequeno comércio, em pools, para enfrentar inclusive a competição das grandes redes.