Brasil: Exportação de commodities deve cair US$ 6,8 bilhões

Jornal GGN – Queda nos preços internacionais das matérias-primas agrícolas, metálicas e do petróleo deve reduzir em cerca de US$ 20 bilhões as exportações brasileiras entre 2011 e 2013, de acordo com a consultoria GO Associados, ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em 2011, ano de pico das cotações das commodities, as vendas somaram US$ 196,9 bilhões e em 2012 foram US$ 183,7 bilhões. Para este ano a previsão é de US$ 176,9 bilhões, quase US$ 7 bilhões a menos de receita que no ano anterior, através da venda de produtos básicos, que responde por 70% das exportações brasileiras.

Os preços médios em dólar no mercado de commodities agrícolas, minerais e energéticas acumularam queda de quase 12%, em comparação com2011, segundo o índice CRB (Commodity Research Bureau). O baixo crescimento dos países desenvolvidos e a incerteza sobre o desempenho da China, o maior importador desses produtos, derrubaram os preços de quase todas as matérias-primas agrícolas e minerais.

Segundo o diretor de pesquisa econômica da consultoria, Fabio Silveira, ouvido pelo O Estado de S. Paulo, essa queda de preço das commodities pesa no saldo comercial. Para este ano o executivo projeta que as exportações brasileiras somem US$ 235 bilhões, recuo de 3% sobre 2012 ou US$ 7,6 bilhões menos. Destes, cerca de US$ 6,8 bilhões serão resultado da queda nas vendas de commodities agrícolas e minerais e dos produtos intermediários, as chamadas quase-commodities, além do petróleo.

Além dos reflexos negativos na receita de exportação e na balança comercial do país, os preços em queda tiveram impactos nos planos das empresas brasileiras. A Vale do Rio Doce, maior produtora de minério de ferro do mundo, cortou em US$ 7,8 bilhões os investimentos programados para 2013. Este minério responde por pouco mais de 10% das exportações totais do Brasil, cerca de US$ 30 bilhões.

Redação

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