Brasileiro da OMC alerta para nova possibilidade de fracasso em acordo

Jornal GGN – O chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevedo, alertou que as negociações para um acordo comercial global correm um sério risco de fracassar mais uma vez.
 
Os comentários foram feitos após a falta de avanço no encontro em Genebra nos últimos dias que reuniu representantes dos 159 países membros para tentar fechar um texto preliminar que seria apresentado a ministros do comércio no próximo mês — em uma reunião que deveria marcar a retomada da Rodada Doha.
 
A Rodada Doha, iniciada em 2001 como uma tentativa de reduzir ou eliminar barreiras comerciais no mundo, poderia, segundo a Câmara de Comércio Internacional, adicionar cerca de US$ 1 trilhão à economia mundial e gerar 21 milhões de empregos.
 
Azevedo, que assumiu a OMC com o compromisso de destravar as negociações em torno de um acordo mundial de comércio, disse que estas estão ameaçadas pela relutância de países-membros em “tomar decisões políticas difíceis”.
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Entre os temas discutidos em Genebra, estavam as novas regras que simplificam procedimentos aduaneiros e aceleram transações comerciais, subsídios a agricultura e a sustentabilidade de programas de segurança alimentar. Os ministros do comércio dos países membros devem se reunir em Bali, Indonésia, no início do próximo mês
 
Azevedo disse que não será possível manter qualquer negociação sobre o texto de um acordo global e que a ausência do mesmo significará que um acordo não deve ser alcançado no encontro em Bali. No entanto, alertou que uma “falha em Bali terá consequências graves para o sistema de comércio multilateral. Para ele, não só a OMC e o multilateralismo vão decepcionar, mas também eleitores em geral, a comunidade empresarial e, o que chamou de “mais vulneráveis”: os pobres.
 
Com informações da BBC Brasil
Redação

2 Comentários

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  1. Quem espera, sempre…. cansa

    Enquanto ficamos esperando por este acordo global, outros países vão fazendo a festa fechando acordos bi- ou multilaterais.

    Mas deve ser proposital…

  2. Quem realmente trabalha contra a Rodada Doha…

    É, os EUA estão muito bem economicamente fazendo seus acordos bilaterais – Nafta, Acordo do Pacífico, etc…Não há crise, desemprego, a economia está bem…Só festa!

    É o conceito típico do colonizado – igual ao do presidente da FIESP, pedindo um acordo de livre-comércio com os EUA.

    Se não fosse cínica e maliciosa, tal postura poderia ser chamada de ingênua, quase ignorante…

    Mas tem um detalhe mais sórdido na notícia acima, que a grande imprensa internacional não divulga: quem se opõe e trabalha CONTRA a Rodada Doha (de liberação de barreiras e entraves comerciais em nível mundial) não foi e nem é Rússia ou China, Cuba ou Síria – são EUA, Europa, Japão e que tais. Pra ser mais claro – são as economias do Primeiro Mundo, pródigas em dizerem-se defensoras de um sistema de mercado livre e liberal.

    Porque elas fazem isso só para propaganda – “libere SEU mercado para nossos negócios, mas não espere que NÓS liberemos o nosso mercado para os seus”. Esse é o mote dos acordos bilaterais dos EUA em vigência, hoje em dia.

    Quem o digam Chile e México, com economias e empresas nacionais subsistindo somente em setores como importação, varejo e serviços (quase inexistem empresas nativas na indústria, em geral).

    Isso não é acordo, é subserviência!

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