Europa abre processo contra redução do IPI no Brasil

Sugerido por Diogo Costa

MEDIDAS ANTICÍCLICAS IRRITAM GRANDES POTÊNCIAS – Êxito da política econômica anticíclica de Dilma Rousseff, utilizada desde 2011 e que tem como pilares fundamentais a preservação do pleno emprego, o aumento da massa salarial e a redução das desigualdades sociais, bem como o fomentar da indústria nacional, começa a incomodar a União Europeia, os EUA e o Japão. 
 
Que bom!
 
Vão agora processar o Brasil na OMC em função da corretíssima política econômica empreendida por Dilma. Pois que processem. Isto é a prova de que estamos no caminho certo.
 
Do Estadão
 
Europa exige fim de redução de IPI nos carros e leva Brasil à OMC
 
No primeiro processo contra o Brasil em anos, Bruxelas acusa Brasil de protecionista e de dar apoio “proibido” às indústrias nacionais
O principal pilar da estratégia industrial e de exportação do governo Dilma Rousseff sofre um duro abalo. Hoje, a União Europeia anunciou que acionou os tribunais da Organização Mundial do Comércio contra a política de incentivos fiscais dados pelo Brasil, acusando as medidas adotadas de serem protecionistas e afetando os interesses das montadoras europeias.

 
Há anos os governos europeus e de outras regiões do mundo atacam as barreiras estabelecidas pelo Brasil. Mas, agora, esse será o primeiro questionamento nos órgãos legais da OMC contra o País desde o início da crise mundial, que eclodiu em 2008.
 
A disputa aberta é contra as políticas de incentivos fiscais dados pelo Brasil a diversos exportadores, como isenção tributária em vários setores. Para a Europa, essa ajuda é “proibida” pelas regras internacionais do comércio e quer que o governo Dilma retire essas iniciativas. Mas é setor automotivo que está no centro da nova crise.
 
O governo brasileiro insistiu por anos que suas medidas eram legais. Mas, agora, o governo Dilma tem o centro de sua política industrial questionado.
 
“Nos últimos anos, o Brasil aumentou o uso de um sistema de impostos que é incompatível com suas obrigações na OMC, dando vantagens a indústrias domésticas e isolando elas da concorrência”, declarou a UE. “Isso é feito principalmente por isenções e redução de impostos”.
 
Em setembro de 2011, o governo estabeleceu um isenção de IPI para carros de montadoras que se comprometam a investir no País e comprem peças locais. Em 2012, o plano foi renovado por mais cinco anos, o que deixou Bruxelas, Washington e Tóquio irritados. Governos de países ricos alertavam já nos últimos meses que o discurso original do governo brasileiro em 2011 era de que esses incentivos seriam temporários. Agora, irão durar até 2017. Incentivos fiscais também foram dados para computadores, smartphones e semicondutores.
 
O governo brasileiro sempre alegou que as medidas beneficiavam montadoras europeias, justamente contra a concorrência asiática. Mas, segundo Bruxelas, as medidas adotadas por Dilma tem afetado as exportações do bloco. Em 2011, 857 mil carros foram importados ao mercado brasileiro. Em 2013, esse número caiu para 581 mil até outubro.
 
Num primeiro momento da disputa, europeus e brasileiros tentarão encontrar uma solução sem a participação de árbitros da OMC. Os governos terão 60 dias para chegar a uma “solução pacífica”. Mas, tradicionalmente, casos abertos em Genebra dificilmente são resolvidos nesse período.
Redação

8 Comentários

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  1. É muita face madeirada, nénão?!

    O interessante é que 100% de nossa indústria é amercana, européia e asiátic, hehe.

    Além disso, não somos grandes exportadores para eles

    Talvez devessem neste processo, cobrar a devolução das taxas e dos lucros que ajudaram a salvar suas matrizes e respectivos empregos.

    Perplexante!

  2. Eis o dilema.

    Prezados, ótima sugestão, aliás, como sempre, do Sr Diogo.

    Engraçado deve estar a cara dos carniceiros da mídia com esta medida das suas “matrizes ideológicas coloniais”.

    Sim, desoneração tributária não é mantra liberal?

    Como então atacar uma medida de um governo que torna a vida das mega corporações mais fácil, transferindo aos orçamentos públicos o ônus de desatolar o desastre cíclico capitalista?

    Onde é que a porca torce o rabo?

    Bem, aqui na península da Armórica, no Norte da Gália, nós amarramos e amordaçamos todos os bardos, colunistas econômicos, e afins.

    Legal mesmo deve ser a justificativa “teórica” dos legionários romanos aqui do blog.

    Afinal, que capitalismo liberal é este?

    É para ter imposto ou não?

    Existe livre comércio?

    Existe soberania?

     

     

     

  3. Mas não é o Brasil, segundo a

    Mas não é o Brasil, segundo a mídia pigueana, onde os impostos são os mais altos do mundo? E que lá fora os carros são mais baratos por que não tem imposto? Me expliquem melhor porque não estou entendendo nada.

  4. Divisor de águas…

    Se o governo manter a isenção do IPI nos termos atuais, será um divisor de águas na indústria automobilistica brasileira. O Brasil é um dos maiores mercados mundiais, sustenta a indústria automobilistica de vários países. Então vão chorar, chorar, chorar.

    A Dilma cedendo, saberemos que o governo continua fraco.  

  5. Mais uma vez  as matrizes do

    Mais uma vez  as matrizes do capital esforçam-se por fazer com que as outras nações paguem pelas consequências da crise. Não imaginam nenhuma outra nação construindo  alternativa que não passe por esse aspecto. Nenhum governo pode continuar agindo com independência, com política de pleno emprego, de redistribuição de renda, diminuição da pobreza etc . Na sequência do processo não faltará o coro interno de especialistas e acadêmicos reforçando a iniciativa do processo na OMC. A conferir.

  6. A droga da fiat, que fabrica

    A droga da fiat, que fabrica o que há de pior na indústria automobilística do planeta, só não fechou suas portas na europa, leia-se, Italia, sua terra natal, pelo fato de ser dona de nada menos do que um quarto das vendas de veículos no Brasil, portanto, mantém o prejuízo europeu com folga, remetendo lucros estratosféricos obtidos aqui, para seus donos na europa. Só em 2013, nove montadoras novas se dispuseram a fabricar aqui seus veículos, e sabe porque? Só para citar um exemplo, a Ford tem um lucro médio por veículo vendido aqui na banalândia (como os coxinhas adoram dizer), 471% maior do que na America do Norte: http://www.infomoney.com.br/blogs/o-mundo-sobre-muitas-rodas/post/2885822/por-que-montadoras-querem-investir-brasil

  7. E vai piorar

    Com a compra dos caças, libra, etc     a retaliação ficará maior e mais feroz a cada dia.

     

    Daí a pergunta: quando a bomba fica pronta?

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