Jornal GGN – Na última quinta-feira (7), durante a abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apresentou os principais pontos da estratégia comercial brasileira.
Na ocasião, o ministro Mauro Borges destacou como políticas prioritárias o multilateralismo, o fortalecimento comercial com Estados Unidos, União Europeia e China e a integração produtiva com os países da América Latina.
“Temos interesses econômicos concretos que mostram que o multilateralismo é a grande opção estratégica”, disse o ministro, que depois revelou que a proposta do Mercosul para um acordo de livre comércio com a União Europeia está “bem adiantada”. “Estamos aguardando uma sinalização por parte da Europa”, disse.
Borges comentou a iniciativa brasileira de antecipar, de 2019 para 2016, acordos comerciais do Mercosul com Peru, Chile e Colômbia, e a possibilidade de transformar o acordo de complementação econômica com o México em acordo de livre comércio. “Com isso vamos caminhar na integração produtiva da América Latina, o que trará ganho de escala para a indústria”, explicou.
Ele também acredita que com a criação, pelos BRICS, do Novo Banco de Desenvolvimento, com capital inicial de US$ 50 bilhões para financiar obras de infraestrutura em países pobres e emergentes, a relação estratégica com a China ganha maior relevância. O ministro entende que o banco de fomento pode servir para “equacionar a agenda de infraestrutura da África com o comércio brasileiro”.
Mauro Borges destacou ainda os acordos de cooperação tecnológica e técnica que o Brasil já tem com os Estados Unidos, como a parceria do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) com o Nist (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias, na tradução do inglês). Ele disse que os investimentos brasileiros nos Estados Unidos já representam 25% dos investimentos americanos no Brasil.
Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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Hummm. achei que finalmente
Hummm. achei que finalmente iria ler algo como o Brasil deixando de ser mero exportador de matéria-prima e bens de baixo valor agregado, como tem sido até o momento.
Estratégia comercial brasileira
Nassif,
Seria conveniente para os blogueiros e leitores em geral que, além da notícia, se obtivesse a Exposição dos motivos que embalaram tão “älvissareira estratégia”.
Este tema é da maior relevância a todos os brasileiros, em especial, àqueles que se dedicam à análises um pouco mais aprofundada de nossa estrutura produtiva e comercial.
Não é assunto, apenas, para especialista$. Trata-se da fase final de toda geração de riqueza do país. É nesta etapa que se apura o lucro, a renda, os dividendos, etc…
Nesta esfera, são decididos interesses econômicos, sociais, do trabalho, da geração de renda em geral, e até géopolíticos.
De minha parte, posso dizer com segurança, que por trás das “ëstratégias anunciadas” há sempre os interesses que as fundamentam e que via de regra não são postas à claro.
Pela própria configuração de nossa economia, com prevalência de verdadeiros cartéis multinacionais que controlam séries inteiras de cadeias produtivas, especialmente do agronegócio, deve-se ter mais trasparência na exposição dos fundamentos que justificaram tais medidas.
É bom para o cidadão comum, para os especialistas, para os estudantes, enfim, para todos os brasileiros que buscam um futuro melhor para as novas gerações de brasileiros. E para que eles aprendam a se intrometer de forma crítica naquilo que é do interesse de todos.