Professora da FGV critica apostas do Brasil na OMC e Mercosul

Sugerido por Sérgio T.

Da Carta Capital

“Ficar atrelado ao Mercosul é afundar o Brasil”

Para Vera Thorstensen, da FGV, o Mercosul hoje é a prova da incompetência brasileira no comércio internacional

por Carlos Drummond

As maiores apostas do Brasil no setor comercial são a Organização Mundial do Comércio e o Mercosul, mas a primeira é um foro ultrapassado para a ampliação do comércio internacional e o segundo não passa de um acordo para proteger montadoras multinacionais. Este é o diagnóstico de Vera Thorstensen, coordenadora do Centro de Comércio Global e Investimento da FGV-SP sobre a posição internacional do Brasil. Nesta entrevista a CartaCapital, Thorstensen critica o que chama de “escândalo” do Mercosul, a proteção dada pelo bloco às multinacionais automobilísticas, as “maiores exportadores de recursos daqui”, e defende acordos comerciais com países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os da União Europeia. “Não adianta casar com pobre”, diz ela.

CartaCapital: A senhora vem de uma experiência na OMC.

Vera Thorstensen: Estive por cinco anos no Centro para Estudos Europeus de Políticas Públicas, em Bruxelas, no Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington e fui assessora econômica da Missão do Brasil em Genebra de 1995 a 2010. Presidi o Comitê de Regras de Origem da Organização Mundial do Comércio. Criei um centro que está indo muito bem, com seis advogados e dois economistas, nas áreas de regulação de comércio externo. A OMC como instituição está muito bem. O mais importante é que tem o tribunal. E este tribunal atua nos painéis, que são disputas, interpreta regras e resolve conflitos. A OMC como rodada (de Doha) está mal, mas como instituição está lá funcionando.

O que eu faço aqui: regulação. Há também uma área fortíssima de modelagem. E depois tem uma área de câmbio. Outra área é a de acordos regionais. Trabalho tudo com sistema multilateral de comércio, os sistemas regionais – e aí você põe desde os tratados Transpacífico e Transatlântico (Transatlantic Trade and Investment Partnership – TTIP, entre Estados Unidos e União Europeia, e o Trans-Pacific Partnership – TPP entre Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Cingapura, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã) –, os grandes parceiros (India, China, Brics) e depois o Brasil. Em tudo que examino, analiso o que está acontecendo nos grandes parceiros.

CC: Qual a situação do Brasil em relação aos acordos comerciais?

VT: Política de comércio externo no Brasil não existe, virou apêndice de uma política industrial inexistente. Você não pode separar política industrial da comercial; como não tem a primeira, a segunda virou um remendo. Sintomas de que as coisas não estão bem: uma exportação que está diminuindo, uma importação que está subindo. O que o Brasil exporta é puramente commoditie para a China. Industrializados, o que conseguia exportar para o mundo não exporta mais, só para o Mercosul porque tem a preferência.

CC: Com quais países o Brasil deve fazer acordo?

VT: Com os grandes, não adianta casar com pobre. Ficar isolado é se afundar cada vez mais. Há o exemplo da Argentina. Para mim, ficar atrelado ao Mercosul é a morte, é afundar o Brasil de vez. Onde estão os problemas da indústria internamente? Falta de competitividade, excesso de impostos, de encargos trabalhistas em comparação com outros países, custos de energia dos mais altos, custos do atraso da infraestrutura. Como sai disso? Enterrar a cabeça no chão como a avestruz não resolve.

CC: E os acordos?

VT: Vamos ver o que está acontecendo com o mundo. Você tem 160 membros na OMC e a negociação parou. Por que? EUA e UE disseram: é muito complicado com 160 países e vamos fazer a “OMC Transatlântica”. Estão criando o TTIP, que é uma OMC transatlântica. O que o americano faz? As regras que tem na OMC já estão estão ultrapassadas, porque desde 1994 não tem negociação. Eles tentaram fazer alguma coisa em Doha, já desistiram e estão jogando tudo na Transatlântica. Há necessidade de criar regras novas de investimento, meio ambiente, de concorrência, trabalhistas, economia e comércio digitais, é tudo novidade e não vai sair na OMC. Os EUA não conseguem fazer isso em Doha porque ela está muito mais preocupada com os países em desenvolvimento. Então chamaram a Comunidade Europeia para a definição de um novo patamar de comércio. E tem propriedade intelectual (querem passar para 90 anos) e aí o pessoal chia, quebra de patentes e a cláusula investidor Estado. Tudo isso.

CC: Há impactos enormes para o Brasil.

VT: Brutais. Propriedade intelectual é um tema sensível para a gente e outro é o problema da cláusula investidor-estado. Leva o investidor estrangeiro aqui no Brasil para julgamento contra o Estado. O investidor tem direito a ressarcimento porque você mudou uma lei. O americano inventou isso por causa do México.

CC: É uma regra do Nafta…

VT: Mas a Austrália já disse que no TTP ela não aceita isso. Você não fazer nada com medo disso, não aceito esse argumento. O Brasil é forte e grande o suficiente. Se a Austrália conseguiu, porque nós não conseguiríamos? Os dois grandes acordos mencionados estão mudando a geopolítica. Não contêm só visão de comércio, há uma visão geopolítica também. O TTP é claramente Estados Unidos dizendo aos países para não ficarem amarrados à China. Eles produzem componentes, a China monta e exporta para o resto do mundo. Portanto a China foi fator para o TTP e o é para o TTIP, porque está tirando todo mercado de produtos industrializados da Europa nos Estados Unidos.

CC: Assim como tira mercado do Brasil na Argentina…

VT: Claro. Então você tem dois acordos novos que são importantes e estão estabelecendo as regras e o Brasil só está na OMC. Há uma proliferação dos acordos regionais e o Brasil está fora. O Mercosul estáshrinking, diminuindo. Há um acordo que nem ratificou com a África do Sul e envolve 400 produtos, outro com a Índia envolvendo 460 produtos de cada lado. Desde quando países em desenvolvimento conseguem exportar uns para os outros? Não conseguem, porque produzem as mesmas coisas. Então é dificílimo conseguir algum resultado significativo, esse é que é o problema. O Chile faz com os Estados Unidos porque são muito complementares, os africanos fazem com a UE. Mas Brasil e Índia não sairão desses 460 produtos, o restante é sensível demais. Como é que fica?

CC: Se bem que com o Mercosul funcionou bem depois da crise de 2008.O comércio do Brasil com o Mercosul caiu menos que com o resto do mundo.

VT: Não exportamos mais para o resto do mundo. Depois de quatro anos iniciais de boom, que não devem ser considerados em nenhuma estatística como alguns fazem, acabou-se a alegria, a preferência zero valeu. O correto é analisar logo depois de 1994, quando estabilizou. As exportações de manufaturados brasileiros estão desabando no resto do mundo, só sobem na Argentina e alguém acha isso uma maravilha? Isso apenas prova que só conseguimos exportar para a Argentina e não temos competitividade para exportar para nenhum outro país. É isso o que está acontecendo. O Mercosul hoje é a prova da incompetência brasileira. É muito mais sério do que se imagina. Não temos competitividade para exportar para mais nenhum lugar. O Mercosul não agrega nada. A gente exportava um monte de componentes de automóvel para os EUA, parou de exportar tudo. Alguma coisa está errada. O segundo grande desafio hoje são as cadeias globais de valor. O mundo inteiro, o que faz? Importa e reexporta. A China é exemplo, todos os asiáticos, a Europa inteira. E nesse quesito, o Brasil está lá na rabeira.

CC: Só tem uma empresa integradora, que é a Embraer.

VT: Vamos nos integrar ou não? O problema é trazer tecnologia. Quem é que manda nas cadeias globais? São as transnacionais. No momento em que você se integra nessas cadeias consegue trazer alguma tecnologia. E o Brasil, com algumas exceções, está muito atrás em termos de inovação tecnológica .

CC: Você tem tudo aqui, expertise de montadoras e autopeças.

VT: O problema é o seguinte, esta é a decisão: você quer que o Brasil seja um país exportador de agrobusiness, que vai muito bem, obrigada? Se essa é a decisão do governo, então abre a tarifa para tudo e zera de uma vez para importar o resto.

CC: O Brasil não é o Chile.

VT: O Brasil não é o Chile, tem que ter indústria, tem que ter agrobusiness e tem que ter serviço.

CC: E tem uma indústria.

VT: Claro. E olha que eu posso lhe dizer com a autoridade de quem foi Cepalina [referência à Comissão Econômica para a América Latina] e trabalhou no Befiex [programa brasileiro de incentivo à exportação]. No tempo em que estava no CNPq, trabalhei na lei de informática. Temos que reconhecer que não deu, tentamos mas não deu. Analisemos a exportação do Mercosul. 50% é o que? É automóvel e autopeça. É uma vergonha, o Brasil é um tratado que está defendendo multinacional, os maiores lucros das multinacionais são mandados para fora. Elas arrancam tudo do governo, por causa do emprego, teoricamente. No fundo, são os maiores exportadores de recursos daqui. Entra no Mercosul para ver o que é: é um acordo setorial, em que se protege as montadoras. Que são ineficientes, os carros brasileiros estão entre os mais caros do mundo, é um escândalo total. Você está defendendo um acordo de multinacional, primeiro. E segundo: o restante da pauta é máquina de lavar, linha branca. Porque não há competitividade para mais nada. Como dizer que o Mercosul é uma maravilha? E a China vai entrando, porque comprou uma quantidade imensa de títulos argentinos, e está enfiando muito dinheiro no petróleo em Vaca Muerta, a principal ocorrência de petróleo shale do pais. Hoje o investimento chinês na Argentina é um dos maiores, 15 bilhões de dólares por ano.

Eu participei da criação do Mercosul, com o todo idealismo possível e imaginável, acreditávamos que era importante. Era em primeiro lugar uma questão de segurança, vamos parar de enterrar as nucleares todas. Funcionou no início, depois parou de funcionar. Pior ainda, o Mercosul está com problemas, há pouca competitividade, os argentinos perceberam a atratividade dos negócios com os chineses. Ficamos brigando com a Argentina, conseguimos fazer uma aliança com a Venezuela, mas perdemos a Colômbia, o Peru. O Chile tem 50 acordos, o México tem 50 acordos. O Brasil está isolado no Mercosul.

CC: O Chile não é referência para nós.

VT: Nunca foi.

CC: Nem o México.

VT: Mas já perdemos Colômbia, Peru. O conceito do Mercosul está ultrapassado, é preciso fazer um aggiornamento [uma atualização]. Achar que a prioridade do Brasil é a América do Sul, não dá. Olha a tragédia: você está com pouca competitividade, um monte de problemas, e esses países todos estão fazendo acordos. A China chegou ao Peru, está fazendo investimentos maciços lá. Na Colômbia, está construindo um outro “canal do Panamá”.

CC: Concorrente do original?

VT: Exatamente. O resultado é que a China vai pegar esses países que exportam os minérios que ela quer e fazer o que? Vai enfiar toda a produção por esses países. E aí chego ao meu outro tema, o câmbio. A China está há 20 anos com o câmbio hiperdesvalorizado. Então todos os instrumentos e regras jurídicas que a gente inventou não funcionam mais. Tem que refazer. Por quê? Todos esses países já entram no Brasil com tarifa nula. Então você está no pior dos mundos.

CC: A China já tomou parte do mercado do Brasil na Argentina.

VT: O último ponto é o que fazer. O Brasil está na situação de se ficar o bicho come, se correr o bicho pega. A gente está vivendo isso. Quais são as opções no mundo? Abrir ou fechar. Fechar, aumentar tarifas, esse tipo de coisa, é ir na contramão.

CC: Países desenvolvidos, no início, protegeram seus mercados.

VT: A China em todas as fronteiras organizou zonas francas. Investimento estrangeiro e tecnologia foram para lá. O roteiro de exportação da China, o Brasil não fez, que é abrir toda a fronteira e condicionar o investimento estrangeiro à exportação e à transferência de tecnologia.

CC: Que são as Zonas Econômicas Especiais

VT: É isso aí.

CC: Começaram com quatro, hoje são muitas.

VT: E é economia de estado, em todas as províncias.

CC: O governo controla toda moeda estrangeira.

VT: Outra coisa, China não é economia de mercado, é uma economia híbrida. E nós, fazemos o quê? Ficamos só com a Argentina e afundamos junto? Ou abrimos à chinesa? A estratégia que eu defendo é fazer acordo, não com pobre, não adianta fazer acordo Sul-Sul, sinto muito. Porque acordo com a Índia não dá, a Índia não quer abrir, porque a gente exporta as mesmas coisas. Com a África do Sul, o acordo é ridículo, são pouquíssimos produtos. Fez com o Egito, maior, mas não ratificou. O Brasil não tem acordo nenhum, gente. Sul-Sul não funciona. E qual é o problema do Sul-Sul? É muito de dominação, o Brasil acha que vai dominar, você não consegue tecnologia. Temos que fazer um aggiornamento rapidíssimo de tecnologia. E como é que você faz isso? Casando com pobre? Não. Obrigar multinacional a vir para cá e trazer tecnologia? Não fai fazer. Então o que é que tem de fazer?  Tem de abrir, via acordos e fazer o quê? Fazer acordos com países ricos. O acordo do Mercosul com a União Europeia é a coisa mais prioritária. Só que metade do governo quer, metade não quer, porque a UE não vai abrir para a nossa agricultura. Não vai abrir muito mais do que isso, e você tem de pensar que o que queremos não é só agricultura. Se não fizermos acordo com a UE, perderemos as cotas europeias, os EUA são mais poderosos e vão comer as nossas cotas de laranja, soja, carne. Aí estaremos no pior dos mundos.

Deram um chega pra lá e a proposta está aqui. Agora, o que está acontecendo é que o governo está dividido, tem gente que acha que não deve fazer, eu acho um erro não fazer. Porque você ainda consegue pegar a tecnologia alemã, tecnologia francesa, tem países que podem ajudar o processo. De quê? De aumentar a produtividade e fazer o Brasil voltar a ter uma pauta exportadora mais decente. Caso contrário, vai exportar soja e minério de ferro, que é o que a China quer. Que incompetência política a nossa, de não conseguir exportar nada além do complexo de soja e do de minério de ferro. Eu acho isso uma grande incompetência, a gente não conseguir fazer isso com um grande parceiro.

CC: Tem como concorrer?

VT: Tem que chamar a China e dizer: exportar soja não, queremos exportar óleo. Há outro problema. Há lógica em fazer um acordo do Mercosul só com a União Europeia se esta faz um acordo transatlântico? EUA, Europa, estes dois estão casados. O mais importante para o comércio hoje não são as tarifas. Tarifa o câmbio come, a flutuação do câmbio é mais importante do que a tarifa. Essas tarifas de 10%, não valem nada. Estamos há 15 anos negociando, Brasil e UE, focando na briga por tarifa. Muito mais importante é barreira técnica e fitossanitária. Esta é a base dos grandes acordos e os Estados Unidos e a União Europeia estão se harmonizando nessa área. Já são 10 mil produtos na lista dos harmonizáveis. Acertam padrões de alguns produtos, por exemplo: a camisa não pode soltar tinta, etc. E em relação a outros, vão fazer equivalência no nível de proteção. E há os famosos reconhecimentos mútuos, que é a coisa mais importante. O europeu vai no instituto de lá, certifica que o produto foi bem feito e exporta sem ter de certificar nos EUA. São muitos milhares de dólares economizados.

CC: Fale mais um pouco sobre esse ponto dos reconhecimentos mútuos.

VT: Como é que você exporta um alimento pela primeira vez? É preciso provar que o seu suco de laranja não tem inseticida, adubo, químico. A carne brasileira não pode ser tratada com hormônio. Há especificações que equipamentos supersofisticados detectam. Hoje, a cada partida você tem que provar que aquele gado é são, que está dentro daquelas normas etc. Mas se há um acordo de reconhecimento mútuo, você vai aqui num laboratório conhecido teu, que já está reconhecido nos EUA e ele dá o certificado. Não tem que mandar toda a sua carga de tantas em tantas toneladas para aquele laboratório, o que demora, atrasa, fica parado no porto. Um inferno.

E tem toda parte de TBT. Você tem que pegar a mesa, o plástico e provar que não é cancerígeno. Quer dizer, se você, a cada partida, tem que provar, custa milhões para fazer isso. Toda parte que a gente chama de barreira técnica é isso, estabelecer e certificar que isso tem glúten, etc. Normalmente se faz a certificação aqui e tem de fazer lá também. São milhares e milhares de dólares gastos.

É mais complicado fazer tudo isso com os EUA porque os Estados têm autonomia. A Europa, não, a comunidade europeia é mais condensada. É difícil, mas eles vão fazer. Estão conseguindo trabalhar não por harmonização, mas por equivalência. Eu faço diferente, mas garanto que a sanidade é a mesma. Eles estão estabelecendo equivalências de controle. Com isso você tira de 10% a 15% do custo da exportação. A tarifa na média não chega a isso.

CC: Isso entre eles.

VT: Entre Europa e Estados Unidos. E nós estamos ainda no tempo do onça, negociando um acordo com a Comunidade Europeia baseado só em tarifas. O mundo mudou. Há duas coisas que destroem tarifa, barreira não tarifária, que é muito mais importante e câmbio.

CC: No caso do Brasil, que tamanhos têm as barreiras não tarifárias e tarifas?

VT: A média das tarifas brasileiras é de 10%, fora o pico de 35% para brinquedos e automóveis. Isso vai ter que baixar em 10 anos. Agora, o restante já está baixo. Você pode com a Comunidade Europeia tranquilamente fazer negociação, para alguns produtos dá já, em dois, três anos zera, e depois vai esticando, põe lá para alguns setores 15 anos; teoricamente o teto seria de 10 anos, mas você negocia.

CC: A quanto equivalem as barreiras não tarifárias?

VT: A redução de custo com diminuição de barreiras não tarifárias pode chegar a 20% ou até mais. No estudo Ecolys, sobre barreiras tarifárias, não tarifárias e alfandegárias, há setores em que a redução chega a 30%.

Redação

40 Comentários

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  1. FGV vende estudos e opiniões.
    FGV vende estudos e opiniões. Se vc pagar, eles colocam o carimbo FGV no que vc quiser.
    Tudo que vem dali eu acho suspeito.

  2.  
    Do

     

    Do wiki:

    en.wikipedia.org/wiki/Mercosur

    “Merchandise trade

    Intra-Mercosur merchandise trade (excluding Venezuela) grew from US$10 billion at the inception of the trade bloc in 1991,[16] to US$88 billion in 2010; Brazil and Argentina each accounted for 43% of this total.[17] The trade balance within the bloc has historically been tilted toward Brazil,[16] which recorded an intra-Mercosur balance of over US$5 billion in 2010.[17] [18] Trade within Mercosur amounted to only 16% of the four countries’ total merchandise trade in 2010, however; trade with the European Union (20%), China (14%), and the United States (11%) was of comparable importance.[17] Exports from the bloc are highly diversified, and include a variety of agricultural, industrial, and energy goods. Merchandise trade with the rest of the world in 2010 resulted in a surplus for Mercosur of nearly US$7 billion; trade in services, however, was in deficit by over US$28 billion.[17] The EU and China maintained a nearly balanced merchandise trade with Mercosur in 2010, while the United States reaped a surplus of over US$14 billion; Mercosur, in turn, earned significant surpluses (over US$4 billion each in 2010) in its trade with Chile and Venezuela.[17] The latter became a full member in 2012.”

    Se o comercio dentro do bloco eh favoravel ao Brasil, se dos 10 bilhoes total de 1991 passou pra 88 bilhoes de dolares em 2010, se comercio interno do Mercosul eh somente 16 por cento do comercio total dos 4 paises -sendo 20% com Uniao Europeia, 14% com China, e 11% com Estados Unidos, se o Mercosul tem 7 bilhoes de surplus apezar dos 28 bilhoes de deficit -14 com os EUA-, como isso pode se reduzir ao que ela disse sobre montadoras e que eu perdi a paciencia de ler completo la pelo quinto paragrafo?  Tem algum pais latino exportando carros pro Brasil agora?!

    1. mercosul e montadoras

      Ivan,

      Pelo que entendi, o Mercosul favorece montadoras porque grande parte do comércio interno do bloco é composto por manufaturados, automóveis principalmente, montados no Brasil por empresas estrangeiras situadas nesse país, por exemplo, e vendidos para a Argentina.

      Então o Brasil fica com 5bi de superavit, do qual grandes porções escapam via remessas. Ficamos brigando para defender as “nossas” montadoras estrangeiras. Quem ganhou foi EUA, Alemanha, UE, etc., que puderam auferir ganhos ampliando o acesso aos mercados vizinhos sem barreiras.

      Se decidimos que não é esse tipo de comércio internacional que vai nos trazer desenvolvimento econômico -entendido como desenvolvimento de cadeias produtivas, produtos, empregos de mais altos salários, tecnologia-, então vem a grande necessidade de buscarmos melhores parcerias. E o caminhos que estamos fazendo é justamente o oposto. Podemos conseguir isso, usando nosso tamanho, mercado interno, no qual muitos tem interesse. Isso é o que me pareceu da visão da professora.

      Att.

  3. Complexo de vira lata é doença demuitos da Academia !

    QualquerPotência mundial daria tudo pra ter vizinhos como os

    1- Maior área agricultável do mundo

    2.uma das   maiores reservas petrolíferas e de Gás do mundo

    3-Grande potencial Hidrelétrico com pssibilidades de parcerias binacionais egrande reserva de água.

    4- àrea insenta de conflitos teritoriais e isenta de armas nucleares.

    Se o Brasil viar as costas pros seus vizinhos Grandes Potências de outros continentesi ocuparão esse espaço.

    Temos que aprofundar nossas rekações econômicas , culturais e sociais.

    Temos que formar parcerias nas áreas comercial industrial e educacional.

     

  4. Gostaria muitíssimo…

    …que a professora nos falasse sobre o  Transatlantic Trade and Investiment Partnership  (TTPI), esse acordo (em sigilo) que vem sendo tramado entre EUA e UE, sem a participação democrática do povo europeu. Além disso, não se pode admitir as ações militaristas da OTAN no Oriente Médio e  nas outras nações do mundo, sob a égide de uma política econômico-financeira subjugada inteiramente aos interesses do capital financeiro! Há que haver alguma visão crítica – mínima – para que não se caia definitivamente nas armadilhas colonialistas deste nebuloso tempo…

    1. Poder

      Eliane,

      Tudo bom ?

      Entendo que qualquer tipo de acordo comercial pode vir a ser, principalmente no médio e longo prazo, benvindo para qualquer país que o assine.

      Prá isto, basta saber o que faz, rechaçar condições absurdas, etc.. Muito embora eu concorde com algumas observações da entrevistada, sou de opinião que o fato de não se ter armamento nuclear redunda em uma fragilidade, no momento de se discutir cláusulas de acordos comerciais ou mesmo nas decisões de organismos internacionais. Armamento nuclear signfica Poder, e este o patropi nunca terá.

      Em minha opinião, este é um dos motivos pelos quais a maioria dos governos da eurozona apenas assistem a tudo o que ocorre nos seus quintais, uma perversa rotina deles todos desde o estouro de 2008.  

      Um abraço

  5. Nossa, mas vocês dão mesmo

    Nossa, mas vocês dão mesmo murro em ponta de faca, hein?

    A mulher falou coisas óbvias. Temos que nos integrar, temos que abrir a economia.

    Não somos obrigados a ficar presos a esse Tratado maluco que é o Mercosul.

    Se até a Carta Capital está publicando isso é por que a coisa ficou realmente feia.

    E não sei que é “velho”. Se ela é pré-2002, vocês ainda estão na Guerra Fria.

      1. Implementou aonde?
        Onde estão

        Implementou aonde?

        Onde estão os tratados comerciais?

        Onde está a abertura?

        Onde está a integração?

        Nós continuamos vendendo soja e minério e produzindo tudo que há de pior e mais caro.

        Tudo aqui custa o dobro. E é de baxia qualidade.

        É isso que vocês querem? Arrochar o cidadão com serviços caros e de baixa qualidade para proteger o empresariado?

        É esse o Governo “popular” de vocês?

        Que bela porcaria, hein.

         

  6. Balança comercial

    Sérgio T.,

    Em minha opinião, a professora tem razão em diversos pontos de sua abordagem.

    Pauta de exportação concentrada em 2 ou 3 produtos é sinal de que algo vai, ou sempre foi mal; o patropi servir como ponta de lança para as montadoras multinacionais aumentarem os seus lucros, que nem aqui ficam, são graciosamente remetidos para as respectivas matrizes, este privilégio ao setor é incncebível ; a necessidade de o país buscar acordos comerciais em mercados que possam ofereçam mais $$$$, o fato é que a exportação o patropi está apoiada em commodities agrícolas há anos, e o resto, fora o minério de ferro para a China , é próximo do zero.  

    O sétimo PIB do mundo não pode ter uma pauta de exportação tão estreita, muito menos balança comercial como a atual, bastante modesta para o tamanho da economia, cerca de U$ 70 bi no 1º quadrimestre de 2012 , montante  em torno de1,5% do PIB..

     

    1. Pois é…

      Alfredo, quando sugeri esta entrevista no Clipping, tinha claro em minha mente sobre qual campo de pensamento econômico (e partidário) a professora favorece. Mas ao menos ela faz críticas que fazem mais sentido para mim do que as de um Armínio Fraga. Por outro lado, embora eu acredite que uma boa parte da crítica esteja correta, não entendo por que não se pode comerciar com os “dois mundos” ao mesmo tempo, visto não existirem vetos das grandes potências quanto a isso. O único “crédito” que dou a ela, é o de achar que realmente precisamos fortalecer o comércio com os países desenvolvidos, ainda que sejam relações comerciais muitas vezes assimétricas, elas são necessárias para os países que realmente almejam protagonismo mundial.

      Um abraço.

      1. Ricos e pobres

        Sérgio T.,

        Obrigado pelo retorno.

        A professora não “proibiu” o comércio com pobres e ricos, reclamou pelo fato de o patropi não se interessar pelos ricos.

        Comércio internacional pode ser bom negócio para um país com balança comercial menor $$$, o nosso caso com Tio Sam até uns anos atrás, basta trabalhar bem o câmbio e tomar outros cuidados, ter bons negociadores.. Neste momento, no meu modo de ver, existe grande incerteza a partir dos USA,e fica muito difícil para qualquer governo adivinhar o que pode vir a acontecer, pois são muitas as peças no tabuleiro. 

        Um abraço

  7. “Não adianta casar com pobre”, diz a Professora

    Então, os EUA são até polígamos de tanto casar com pobre, apenas que na tradicional parceria caracu.

    Guardando as proporções, a relação do Brasil com países menores e mais pobres deve gerar (e de fato gera) algum ganho relativo em favor da nossa economia, assim como os EUA ganham ao se relacionar com os pequenos. Brasil apresenta-se como a ponta de uma pirâmide menor – que pode crescer, assim como a China o fez. Já a professora quer colocar o Brasil dentro da pirâmide “mor”, cuja ponta fica nos EUA e, ainda, arrastando consigo a base da nossa própria pirâmide autônoma.

    Pobre não tem vez? Tem que casar com rico mesmo e ficar no fogão e no tanque?

  8. Está por fora a furumbólica mestra

    É pelas beiradas que se come o angú. Nunca vamos vender carros, computadores e outras máquinas aos EUA e EUROPA. Para o terceiro mundo temos preço e produtos. O Mercosul sustenta parte dos estados do Sul. O texto desta doutora é ideológico. 

  9. Tem razão a…

    … professora… tem é que “dar o golpe do baú” com os países ricos… assim como fizeram o Fhc por aqui e o Menem lá pela Argentina… ficamos “com as calças na mão” mas… um foi montado pelo Clinton o outro “teve relações carnais”.

  10. Dá casar uma coisa a outra

    Dá casar uma coisa a outra sem impercilio. O país não pode sair do Mercosul e escancarar o flanco, politicamente e economicamente isso é suicidio, ainda que a porta esteja aberta.

    O grave é o ataque as custo social do trabalho, flexibilizar os direitos trabalhistas simplesmente não dá, já bastam as terceirizações, que aliviam o empresário, e os governos numa ponta, e oneram no judiciário noutra, dada alta taxa de judicialização. E além do mais, temos que espandir e qualificar cada vez mais o nosso mercado interno e não solapa-lo.

    A questão tributária é mais complexa, primeiro não simplesmente diminuir tarifas, tirar dinheiro do nosso bolso e deixa-lo voar para as mãos dos especuladores. É necessário racionalizar o sistema, dota-lo de uma legislação menos complexa que a nossa, e com taxas menores ( NÃO TANTO COMO ELES GOSTARIAM), mais também um com melhor combate a sonegação.

     

  11. Casar com pobre  lembra  a

    Casar com pobre  lembra  a censura   das mães de outrora recomendando valorizar a perseguida buscando 

    fortunas sólidas a qualquer preço  Como se vê,  essas tradições sobrevivem.Extrapolam o   ambiente doméstico e atingem  o acadêmico.Coincidentemente, uma mulher vem ser a porta voz  desse discurso . . . 

     

  12. Vamos contrapor

    Ela manobrou direitinho o entrevistador de CC,que parece ter alguma afinidade ideológica com a professora,pois

    ao invés de agir como entrevistador preparado e como bom questionador,apenas completava  suas frases

    travestindo-as de pergunta.

    Se quisesse contruir uma entrevista decente,no mínimo deveria ter lido e relido o artigo do Samuel Pinheiro 

    Guimarães,semana passada na Carta Capital,e contrapor a professora com os argumentos defendidos,usar

    os argumentos de uma outra corrente ideológica numa entrevista como estas,elaborados sobre a forma de 

    pergunta,no mínimo enriquece o debate.

    Artigo : A União Europeia e o fim do Mercosul

    Link : http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/A-Uniao-Europeia-e-o-fim-do-Mercosul/6/30799

    1. Jogada do voleibol

      Jogada clássica do voleibol: uma levanta, outro corta. Não me parece o melhor exemplo de jornalismo, mas é o que se tem praticado em maor ou menor escala aqui em Pindorama. Não chega a ser a Globonews ou as asseclas do Jô mas que é intelectualmente indigente isso lá o é.

      O Embaixador Pinheiro Guimarães  o teria reduzido a pó de traque.

  13. Casar [somente] com os grandes não dá certo não

    CC: Com quais países o Brasil deve fazer acordo?

    VT: Com os grandes, não adianta casar com pobre. Ficar isolado é se afundar cada vez mais.

    Mas o resultado prático de diversificação do comércio exterior ela não levou em conta. O  Brasil vai bem com estes acordos na África, Ásia,..e se não fosse tais acordos o Brasil teria quebrado quando os EUA quebrou algum tempo atrás. Não adianta casar só com os grandes não.

    1. A Colômbia não quebrou, o

      A Colômbia não quebrou, o Peru (?) não quebrou, e estão crescendo 5% ao ano e melhorando com mais rapidez que o Brasil seus índices de IDH.

  14. Nao adianta casar com

    Nao adianta casar com pobre… Quando alguem usa este tipo de metáfora para analisar alinhamentos internacionais, bom, já disse tudo. Na verdade, ela queria dizer:  nao adianta acasalar com pobre. Fica mais proximo do pensamento.

  15. México, Portugal, Grécia.
    O

    México, Portugal, Grécia.

    O México casou com ricos, e está com a economia falida. Como é que a professora explica isto? Ou o México de hoje seria o Brasil de amanhã se seguissemos os conselhos dela?

    Isto para não citar Portugal, Grécia, Espanha, e outros “casamentos duvidosos” mais.

    Ora, francamente, me poupem.

    1. Respondendo entre os dois!

      Como estou acordado com o de baixo e o de cima fico aqui!

      Se casa pobre com pobre junta à pobreza e soma KKKK

      Vamos buscar o nosso caminho! Quem faz o caminho do casamento são os noivos. Parem a FGV tem inimigo infiltrado lá!

      Perdi as estribeiras!

      Esta agora é culpa do Brasil. Do PT.  E os empresários, industriais, os investimentos na importação dos maquinários, P&D que não existe, sem inovações, investimentos, capitalização, etc. tudo liberal, neoliberal, capitalistas e onde, quando e pq será esta “falha” esta choradeira se são os gerentes, negociantes e quais suas visões.  Os custos nos desenvolvidos são muito maiores. Os impostos nem se fala.  Também o Brasil tenta fazer sua parte, com credito, cambio, financiamentos e os produtores industrial o que fazem?  Fazem a parte deles? Este choro e na tentativa do retorno imaginários de 1994, para com isso e vamos tomar vergonha.

      Se casa pobre com rico junta a pobreza e soma o complexo de vira lata, deixa dar um beijinho no seu Fiofó*! Sou um cachorro de sangue maldito mesmo. Sem linhagem.

      Este é um pensamento alinhado e costurador!

      VT: Não exportamos mais para o resto do mundo. Depois de quatro anos iniciais de boom, que não devem ser considerados em nenhuma estatística como alguns fazem, acabou-se a alegria, a preferência zero valeu. O correto é analisar logo depois de 1994, quando estabilizou. As exportações de manufaturados brasileiros estão desabando no resto do mundo, só sobem na Argentina e alguém acha isso uma maravilha? Isso apenas prova que só conseguimos exportar para a Argentina e não temos competitividade para exportar para nenhum outro país. É isso o que está acontecendo. O Mercosul hoje é a prova da incompetência brasileira. É muito mais sério do que se imagina. Não temos competitividade para exportar para mais nenhum lugar. O Mercosul não agrega nada. A gente exportava um monte de componentes de automóvel para os EUA, parou de exportar tudo. Alguma coisa está errada. O segundo grande desafio hoje são as cadeias globais de valor. O mundo inteiro, o que faz? Importa e reexporta. A China é exemplo, todos os asiáticos, a Europa inteira. E nesse quesito, o Brasil está lá na rabeira.

      Vade retro!

      http://desciclopedia.org/wiki/Cu

      1. O problema não é para

        O problema não é para quem.

         

        O problema são os termos da negociação e a capacidade de se impor na negociação. Se a China negocia com o mundo todo é porque ela possui algo imprecindível para a economia global, mão de obra barata, além de exportar produtos tecnologicos sem os quais o mundo pararia. Seu pc deve usar algum componente chinês.

        México, Portugal, Espanha, Grécia, e Brasil, praticamente não possuem nada para se imporem em uma negociação. Seria uma vampirização de nosso país, e não um acordo comercial. Como um Lobo negociando com os cordeiros.

  16. FGV

    O Brasil sempre me surpreende: consegue ter um “brazilian think-tank”  neoliberal até a medula e continuar chamando-o de Getúlio Vargas, um nacionalista por excelência.

  17. Ampliar exportações

    O que entendi do assunto, porque é muito complexo, é que a profa. está dizendo em outras palavras, nossa forma de fazer negócios não está evoluindo.

    Os países ricos estão negociando de outra forma, e nós ainda não estamos incluídos neste novo modo de negociar.

    È claro que tem uma críitica, que é a de não ficar somente no SUL-SUL, o que foi uma boa saída há um tempo atrás, mas……. toda estratégia tem o seu limite.

    E elea está alertando para isto.

    Temos de melhorar nossa estratégia de comércio exterior, temos de vender mais.

    A CHINA possui uma estratégia, que é a de vender o máximo possível para todo mundo.

    E qual é a nossa?

     

  18. A ideologia turva o debate.
    A

    A ideologia turva o debate.

    A Década de 50 e seus dogmas insiste em não terminar!!!!

    Nós não somos o centro do mundo!

    E assim seguimos ficando para trás.

  19. Creio que a prof. tem razão e

    Creio que a prof. tem razão e entendo a dureza de suas afirmações no sentido de uma atitude para agregar novas agendas nesta política externa. Ou seja, não vai deixar de lado o sul-sul, postes já foram construídas, acordos fechados,  mas agora é hora de avançar em outra frente. Avançar sem medo. Isso também é diversificação. 

    Agora é uma alerta para o governo que deixe de se limitar, veja como o jogo está sendo jogado agora. Se não perde o bonde da história. Cambio, barreira tarifária e não-tarifária, façam o dever de casa. 

    Há que se fazer funcionar esse pacto por competitividade. Empresas vivem a reclamar que o custo rabalhista é alto, mas essa fato não é fator suficiente para promover ações de inovação visando redução de custos por outras vias que não apenas o barateamento de mão de obra. O empresariado está ficando miope, reclama do custo e não transforma isso em oportunidade de inovação e competitividade. 

  20. A professora bateu bem na

    A professora bateu bem na medalhinha. E deve ter doído “pacarai” nos governistas. Por isso se atém a uma frase infeliz dela para tentar, claro, como é o costume na falta constante de argumentos, demerecer o autor, entrevistado, ou seja lá o que for.

    A professora bate na medalhinha quando diz, com toda propriedade que o Brasil não faz acordos para o Brasil, faz acordo para transnacionais que aqui estão. Podem bater no peito a vontade dizendo que negociam com irmãos, vizinhos que estão politicamente alinhados, etc, diante da exposição da professora isso NÃO VALE ABSOLUTAMENTE NADA.

    Acordo prá Ford, prá Renault, prá Volks, prá electrolux, prá samsung e prás outras fabricarem aqui ou na Argentina, onde as condições de isençõe fiscais e trabalhistas melhor lhe atenderem, poderiam ser feitos com as fábricas delas em qualquer lugar do mundo. Dá tudo na mesma. Aí quando chega um carro chinês, tascam-lhe 30% de imposto em cima prá não prejudicar o negócio dos europeus e americanos. Heheheheheh

    O Paraguai, o patinho feio do Mercosul, com uma política fiscal simples, mandando banana para brasileiros e argentinos, cresceu 14% em 2013. Dezenas de indústrias estão sendo instaladas prá lá da divisa. Chinesas e brasileiras. Qum está no ramo da eletrônica sabe disso. Cada vez mais os produtos estão vindo com o Echo en Paraguay em lugar do Made in China. A reexportação, que antes era 100% dos produtos eletrônicos já caiu para 40% do volume total de exportação.

    Ou o Brasil cria um modelo para si, de industrialização inserida no contexto comercial internacional, ou teremos dias ruins pela frente. Não dá prá levar com a barriga eternamente.

  21. Fraude

    Não existe comércio internacional livre.

    Ele sempre se desenvolve sob a supervisão de um dos lados que quer levar vantagens.

    Liberalismo X Mercantilismo.

    O Brasil é muito inocênte.

    A fraude é que dá sabor e lucros no comércio internacional.

    Taí o Paraguay, nosso heróico vizinho para não me deixar mentir sozinho nesta.

    Nossos negociadores são honestos e sérios, não foram talhados e não trazem em seus DNAs o que é preciso para se vencer na competição internacional.

    Basta olhar os chineses que a China mandou para o Brasil, para ver como a coisa realmente funciona.

    Choque de realidade é o que falta no governo Dilma.

    Mas isto é chover no molhado.

  22. A professora de inglês

    A professora de inglês Thorstensen, da FGV – precisa de algumas aulas de fundamento da verdadeira natureza da economia.

    No caso de todos os pressupostos por ela referidos ao Brasil, as exportações se justificam como a fase de separar de si o produto das forças sociais para pagar os juros do investimento externo. A única vantagem seria expandir o emprego. Quando tal se consegue não existe mais benefício externo, se terá completado o problema de remate do investimento externo = você no meu lugar de valor.

    No momento, elevar as exportações com pleno emprego só ajuda a subir os salários e aumentar o custo da produção interna. Além disso, se o país exportar acima do equilíbrio da balança comercial o mercado financeiro cresce o olho para comer os dólares, e o BACEN aumentará ainda mais o juros da SELIC.

    O problema das nações é que, do ponto de vista da economia, não existe distinção de valor da produção entre o Estado e qualquer organização da sociedade, na medida que o Estado procura sua origem no investimento externo e quer ainda a capacidade de administração.

    Sem leis naturais nenhum poder humano pode controlar a pilhagem recíproca.  

     

     

  23. Conto de Fada ou Novela da Globo

        Avisa para a professora que rico só casa com pobre em contos de de fadas ou novela da globo. Sua entrevista foi bem fraquinha.  “O acordo do Mercosul com a União Europeia é a coisa mais prioritária. Só que metade do governo quer, metade não quer, porque a UE não vai abrir para a nossa agricultura”. Vamos vender inicialmente o que para UE? Claro que naquilo que ela (U) não é competitiva, ela não vai abrir.
        Recetemente vimos um artigo  do Samuel Pinheiro Guimarães com uma visão completamente diferente da professora. Ele já iniciava assim “Todo o noticiário sobre Mercosul, Aliança do Pacífico, Parceria Transpacífica e China tem a ver com um embate ideológico entre duas concepções de política de desenvolvimento econômico e social.” Minha alinho muito mais com a visão dele. É melhor ser graçom em festa de rico ou convidado em festa de pobre?

        

  24. Que desespero dos zumbis

    Que desespero dos zumbis neoliberais!! Depois do editor da veja, Aécio vai correr atrás dessa fessôra. 

  25. Saudosa da Alca

    O tea party em festa! Só falta a prof. defender a United Fruit (aka Chiquita Brands) como elemento de desenvolvimento regional sustentável e fator de independência e soberania nacional.

    Como o Mercosul incomoda.

     

  26. É tempo de faturar. A direita

    É tempo de faturar. A direita tonta tem a bolsa cheia ($$$), quem tiver algo pra falar mal do governo ou das políticas e parecer ser do contra $erá cooptado e vai fazer um bom pé de meia neste período pré-eleitoral, até as celebrifdades fora de moda e das luzes midiáticas estão a$$anhadí$$imas. são da turma do “pagando bem que mal faz”

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