Aécio foi primeiro a articular urgência do pacote anticorrupção, diz jornal

Jornal GGN – O senador Aécio Neves foi o primeiro a articular a urgência da votação do pacote anticorrupção no Senado, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Apesar do resultado da votação, onde nenhum senador tucano votou para acelerar a votação do pacote, interlocutores dizem que o PSDB prometeu votos no requerimento e foi o principal articulador da urgência.

O jornal afirma que Aécio, presidente do partido, tentou costurar o acordo ao longo da tarde de ontem com líderes do PMDB, PT, PSD, PP e PTC. A assessoria do senador mineiro negou que ele tenha participado de qualquer reunião para tratar do assunto.

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, tentou conduzir a manobra da proposta que foi aprovada nesta semana na Câmara. No fim, ele acabou derrotado por 44 votos a 14. O Estadão diz que Renan quis levar a votação adiante porque confiava no acordo, mas os líderes partidários teriam desistido diante da reação do plenário.

 

Leia a matéria abaixo:

Do Estadão
 
PSDB foi principal articulador de urgência de pacote anticorrupção
 
Interlocutores garantem que Aécio Neves (MG) foi o primeiro a articular a urgência da votação, mas PSDB não cumpriu acordo; senador nega

Nenhum senador do PSDB votou a favor da manobra para acelerar a votação do pacote anticorrupção no Senado. O resultado da votação, entretanto, disfarça os acordos costurados ao longo da tarde dessa quarta-feira, 30. Interlocutores que participaram das reuniões garantem: Aécio Neves (MG) foi o primeiro a articular a urgência da votação e o PSDB prometeu votos no requerimento, mas não cumpriu.

O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG) trabalhou ao longo da tarde para costurar o acordo, que foi fechado com lideranças do PMDB, PT, PSD, PP e PTC. O tucano foi o principal articulador do pedido de urgência, afirmam fontes. Se fosse aprovado o requerimento, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é relator do abuso de autoridade, assumiria também o pacote anticorrupção para apresentar parecer favorável a todas as modificações feitas na Câmara. De acordo com o Ministério Público, o projeto foi desvirtuado pelos deputados.

Na noite desta quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduziu a manobra. O peemedebista, que não costuma perder votações e, quando observa clima desfavorável, prefere suspendê-las, acabou derrotado por 44 votos a 14. À primeira vista, Renan pareceu sozinho em sua articulação. Mas, na realidade, líderes que participaram do acordo acabaram desistindo diante da reação do plenário. Renan insistiu na votação porque confiou no acordo firmado mais cedo. 

Senadores que estiveram no jantar natalino na casa de Eunício Oliveira (PMDB-CE) após a votação relataram que houve constrangimento entre aqueles que prometeram o voto, mas não entregaram.

Reação. A estratégia era que o requerimento fosse votado sem alarde. Ao dar início à votação, Renan não mencionou do que se tratava. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), ciente da manobra — e contrário à ela —, pediu que o conteúdo do requerimento fosse esclarecido.

Ao saberem que se tratava de pedido de urgência para o pacote anticorrupção, muitos senadores se voltaram contra a iniciativa. A reação do plenário não deixou outra alternativa aos articuladores da manobra se não abandonar a estratégia.

Senadores que participaram do acordo criticaram os líderes do PMDB, Eunício Oliveira (CE) e do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), que nem sequer estiveram presentes na votação para garantir a estratégia firmada. O líder do PSD, Omar Aziz (AC), que assinou o requerimento de urgência, também não estava no plenário no momento da votação.

As maiores críticas, entretanto, recaíram sobre o PSDB. De acordo com um dos senadores que participou das reuniões para a manobra, a bancada tucana foi orientada a votar fechada contra o requerimento de urgência quando Aécio notou que iria perder. Desta forma, o partido sairia insuspeito.

Outro lado. A assessoria do senador Aécio Neves negou que ele tenha participado de qualquer reunião para tratar do assunto. Renan Calheiros, por sua vez, argumenta que não é autor do requerimento de urgência e que apenas cumpriu seu papel, como presidente do Senado, de colocar a proposta em votação.

O senador Romero Jucá disse desconhecer qualquer articulação para acelerar o pacote anticorrupção e afirmou que estava no Palácio do Planalto no momento da discussão, razão pela qual também não participou da votação. Jucá chegou ao plenário já no fim dos desentendimentos.

O senador Omar Aziz, que assinou o pedido de urgência, afirmou que participou de reuniões para tratar do assunto, mas que a vontade do plenário é soberana. Ele avalia que, apesar da tentativa de urgência, a resolução final da questão foi a melhor possível e que agora o pacote vai tramitar com tranquilidade pelas comissões do Senado.

Redação

4 Comentários

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  1. A pressa é inimiga da perfeição

    Porque Aécio teria tanta pressa em aprovar no Senado o pacote anti-corrupção da forma que foi aprovado pela Câmara?

    Será que o Aécio tem o rabo preso? Será que seu passado não o absolve?

    Ele acha que vai perder a blindagem judicial-midiática?

    1. “Será que o Aécio tem o rabo

      “Será que o Aécio tem o rabo preso?”:

      DEPOIS de 15 anos ou mais de rumores e fofocas a respeito de Aecio, so posso concluir que o judiciario mineiro INTEIRINHO esta sob comando de politicos traficantes de cocaina pro mercado norte americano que A DO RAM estar sob comando de politicos traficantes de cocaina pro mercado norte americano.

      NAO.  Essas mil libras de cocaina no helicoptero nao vao passar nao.  Eu nao vou deixar.

  2. A melhor medida para se acabar com a corrupção…

    … e, de quebra, eliminar a impunidade…

    … é não declarar que houve crimes nem corrupção!

    Tudo no papel.

    O multidelatado Aécio é comparável com aquele buraco que matou gente durante a construção da pior linha de metrô sob a gestão tucana (que ainda não acabou) em São Paulo, a linha Amarela, e ninguém foi condenado, preso… um buraco aberto pelo Espírito Santo, pois Deus quis, ou coisa que valha.

    O nome do Aécio só apareceu para não ficar aquele clima constrangedor quando vem aquele silêncio.

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