Após caso de Gilmar, STF articula junto ao Congresso restringir poder da Receita

Secretário especial Marcos Cintra disse que "foi um vazamento lamentável" e deu indicações de que os rendimentos de Gilmar não seriam ilegais

Foto: Divulgação

Jornal GGN – Após o vazamento de dados sobre a investigação contra o ministro Gilmar Mendes pela Receita Federal, o órgão afirma que os responsáveis serão punidos, enquanto o próprio ministro e parlamentares querem acabar com o grupo especial que investiga PEP (Pessoas Expostas Politicamente).

Nesta segunda (25), o secretário especial Marcos Cintra disse que “foi um vazamento lamentável”, que está sendo apurado “de onde e como vazou” e que haverá “ações punitivas”. Por outro lado, o secretário deu indicações de que os rendimentos de Gilmar não seriam ilegais.

“Aquilo [as contas de Gilmar] está tranquilo, não tem problema algum”, disse, sem confirmar a conclusão do relatório do grupo especial da Receita.

O ministro foi identificado como uma das 134 pessoas expostas politicamente que tiveram um maior filtro da Receita por um grupo do órgão para identificar se os rendimentos estariam relacionados a lavagem de dinheiro.

O relatório com mira em Gilmar apontou possibilidades de “corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência por parte do ministro Gilmar Mendes e familiares”.

Logo após a divulgação do caso pela imprensa, Gilmar criticou duramente a medida e o vazamento e disse que terá como missão no Supremo lutar para que esse grupo especial de fiscalização de PEP seja extinto.

“Minha missão no Supremo é defender direitos fundamentais. Esse é um caso de atentado a direitos fundamentais. Se estão fazendo isso com um ministro do Supremo, imagine o que estão fazendo com o cidadão comum?”, questionou.

O caso correu também nos bastidores do Congresso, com parlamentares defendendo debater um projeto que limite os poderes de atuação da Receita. De acordo com o Broadcast, do Estadão, sete ministros do STF também teriam criticado a situação e estariam articulando junto a parlamentares a apresentação de um projeto de lei.

Redação

8 Comentários

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  1. Mas será que nenhum deputado ou senador vai se articular para conseguir, no Parlamento, uma convocação de Gilmar Mendes para que cobrem dele um esclarecimento essencial: AFINAL, QUEM FOI O MINISTRO CHANTAGEADO E POR QUEM? POIS SE CHANTAGEM A UM MINISTRO DO STF NÃO FOR CRIME E NÃO FOR PUNIDO, PODE FECHAR ESSA MERDA. QUEM É MAIS CRIMINOSO: O ACUSADOR (CHANTAGEADOR) OU O ACUSADO (MINISTRO)? e DAÍ, PRESIDENTE TÓFOLI, O GENERAL VILAS BOAS O CHANTAGEOU OU NÃO NAQUELA DECISÃO EM QUE VOCÊ PREJUDICOU MAIS UMA VEZ LULA? GENERAL PODE PRESSIONAR (LEIA-SE CHANTAGEAR) O STF? QUE LEI DÁ ESSE DIREITO AO GENERAL? ENFIM, OS QUE LEMOS ESTES BLOGS PRECISAMOS COBRAR AÇÕES DE DEPUTADOS E SENADORES DA ESQUERDA NO SENTIDO DE TENTAR MORALIZAR VERDADEIRAMENTE ESSE ARREMEDO DE JUSTIÇA QUE TEMOS…..

  2. Os filhosdumasputas dos golpistas maçons tucanos & aliados estão tão a vontade, que todos os dias dão um showzinho… É o golpe em andamento, com manutenção total da ditadura “militar – jurídica – parlamentar – midiática – evangélica … “. Cadê o pôrra do queiróz?? Será que o fachin enfiou no rabo dele junto com a lista da odebrecht da zelotes e do hsbc???

  3. Se a Receita errou, por que não processa os funcionários e a RF?
    Tem a esfera administrativa e civil pra punir… Eles acham a punição branda? Isto é só uma desculpa pra criar lei pra limitar a atuação da RF?

  4. Eis o problema numero 1 do Brasil na atualidade: cada um só trata de se defender depois de atacado ou ameaçado, ignorando os ataques e ameaças aos outros. Lembro-me bem quando das primeiras arbitrariedades do mensalão do PT: Lula, Dilma e todos os outros se calaram. Mas não só eles. Também os nossos liberais se calaram, os juristas em geral, muita gente que importa, que depois sofreu na propria pele o que na época sofreram os primeiros condenados arbitrariamente.

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