Aprovação da reforma será uma vitória do Parlamento e não do governo, diz Maia

Presidente da Câmara se reúne hoje com lideranças parlamentares para definir procedimentos de votação; Maia quer aprovar pacote antes de fechar o semestre

Jornal GGN – “A Câmara organizou muito bem esse texto. Todos participaram. A construção do texto foi uma construção parlamentar, e a construção da vitória, se acontecer, será uma construção do Parlamento e não do governo”, declarou o presidente da Câmara Rodrigo Maia, em coletiva nesta segunda-feira (8), se referindo ao texto que sai da comissão especial.

O representante dos parlamentares disse que o governo ajudou no processo “mas, em alguns momentos”, o Planalto “atrapalhou”.

Maia prevê que, da mesma forma, o resultado da tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência (6/2019) no plenário dependerá agora mais dos esforços dos deputados, do que do governo.

“Sabemos que o governo não conseguiu uma maioria parlamentar e, pela primeira vez, o Parlamento tem construído as soluções econômicas do País”, defendeu.

O presidente da Câmara disse que a expectativa é que o texto comece a ser discutido no Plenário da casa nesta terça-feira (9), pela manhã, e que a votação seja iniciada no final do dia. Para ser aprovado, o pacote precisará da adesão de 2/3 (308 dos 513 deputados), em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre cada uma.

Segundo informações da Agência Câmara, Maia disse que, entre um turno e outro de votação, pode ser necessária a análise de redação final pela comissão especial para garantir a segurança jurídica da proposta e evitar a sua judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Segundo turno é uma outra discussão, primeiro tem que ganhar o primeiro turno, nessas votações, você não pode tratar do segundo passo sem entender qual o resultado do Plenário. Se o resultado for contundente, aí tem mais respaldo para pensar numa quebra de interstício”, comentou. Isso quer dizer que o número de cinco sessões entre um turno e outro de votação, pode ser reduzido.

“É uma emenda polêmica, talvez seja importante haver algumas horas de análise depois da sua aprovação no primeiro turno. Ela volta para a comissão especial para redação final antes do Plenário no segundo turno, para dar mais segurança jurídica e não ter ações no Supremo”, concluiu.

Maia participa nesta tarde (8) de uma reunião com as lideranças da Câmara para definir os procedimentos de votação da reforma. Ele alega que o pacote tem a aprovação de grande maioria da sociedade, por isso o texto será aprovado no Congresso.

*Com informações da Agência Câmara 

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O falso milagre econômico: Chile, um exemplo do fracasso das capitalizações

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Redação

12 Comentários

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  1. P.I.G. RODRIGO MAIA! TODOS QUE VOTAREM O FIM DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA, NÃO SERÁ ESQUECIDA PELO POVO! VOCÊS NÃO PASSARÃO NAS NOVAS ELEIÇÕES, BANDO DE ACHACADORES E CARAS DE PAU! VOCÊS NÃO RESPEITAM O POVO INCAUTO QUE ELEGEU VOCÊS!

  2. Sem que até agora se tenha esclarecido o povo sobre os impactos deste estelionato, aquele que lidera a vara no congresso vomita: “…que o pacote tem a aprovação de grande maioria da sociedade, por isso…”
    Como alguns já se manifestaram aqui nos comentários também me pergunto: que maioria da sociedade aprova tamanho estupro contra a previdência?
    Seria a sociedade dos empresários devedores da previdência ou dos militares, juizes, parlamentares, lideres de seitas religiosas e outras “societies” que mantêm, ou aumentarão, seus privilégios?
    Cretinice pura deste digno representante de uma parcela cretina do congresso. São crápulas que roubaram a previdência social, um dos poucos arcabouços de um povo esmagado por injustiças. São covardes, pois não cobraram os empresários que lesaram em bilhões a previdência.
    De alguma forma serão punidos por esta ignomínia.

  3. Tanto faz de quem seria a vitória política. A derrota econômica seria de quem trabalha para tentar viver, do empregado esteja em que cargo estiver, e a vitória econômica seria sempre de quem é dono de empresa.

  4. SAFADOS, TEM NOSSO VOTO PARA ACABAR CONOSCO, PARA REALMENTE VALER ESSA CACHORRADA VOCES TINHAM QUE CORTAR TODOS SEUS PREVILEGIOS.,

  5. As deputadas e aos deputados federais do Brasil.
    Desculpem pelos possíveis erros, desta carta apelo. Sou o Povo brasileiro e penso diferente de Rodrigo Maia. Eu entendo que se houver aprovação da reforma da previdência, o que acontecerá será uma grande traição das deputadas e deputados aos seus eleitores e a população trabalhadora honesta, que sempre foi cumpridora de seus deveres.
    Também será colocada na conta de quem votar a favor da reforma da previdência, a responsabilidade pela degradação, pela depreciação e pela deterioração da previdência social e também do mercado de trabalho.
    É muito grave a irresponsabilidade consciente, que deputadas e deputados estão prestes a cometer, em vista da repentina mudança de lado e, mais grave ainda, quando essa mudança se faz regada por denúncias de barganha de votos, a troco de polpudas verbas.
    Lembrem-se, deputadas e deputados, que se alguém não quer que ninguém saiba de determinada ação cometida é só não fazê-la, caso contrário…
    As senhoras deputadas e os senhores deputados são adultos, vacinados e com cultura suficiente para avaliar qual é o lado da razão, do certo e do justo, e qual é o lado do oportunismo, da injustiça e da traição fatal.
    Sabem sim e muito bem, que toda sorte de trabalhadoras e trabalhadores se encontram totalmente sem defesa, sem proteção, sem voz e sem qualquer tipo de força para fazer frente à potência da ambição e da ganância, que devem estar bombardeando suas mentes com tentações perigosas, injustas e desumanas.
    Solicitamos as senhoras deputadas e aos senhores deputados, que não nos abandonem e que permaneçam ao nosso lado, ainda que possam sofrer represálias do poder maior. Da nossa parte tenham a certeza e a nossa garantia, de que jamais se arrependerão por terem dignificado a representatividade que lhes conferimos e que, por nós, sempre será renovada.
    Atenciosamente,
    Povo trabalhador do Brasil

  6. Pimpão está de boa. Ao mesmo tempo que bota banca de articulador da política, avis rara nestes tempos bolsonarianos, vende-se como confiável ao establishment, como pró-mercado e como um interlocutor com a oposição. Dando uma no ferro e outra na ferradura vai em frente, sonhando alto. Está construindo imagem de candidato do centro, a terceira via da próxima eleição presidencial.
    Há que diga que é muita areia pro caminhãozinho dele, mas se habemus Bozus e estão alinhados no partidor só esperando a largada tipos como Dória e como – ao menos até ter sido atropelado por um “blogueiro sensacionalista” – Moro ex machina, por que não Pimpão? Afinal, não esqueçamos de Mario de Andrade, para quem somos a terra de Macunaíma.

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