Base de Dilma tenta retardar instalação de CPIs pela oposição

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A base de governo da presidente Dilma Rousseff (PT) deflagou uma estratégia para tentar retardar a instalação de CPIs pela oposição. Nesta quarta-feira (4), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou que recebeu mais três requerimentos de investigações parlamentares, sendo dois do PT e PP. O Psol também entrou com um pedido. No dia anterior, o PSDB entregou mais de 180 assinaturas que apoiam uma nova CPI da Petrobras. 

Segundo o regimento interno da Câmara, apenas cinco CPIs podem tramitar ao mesmo tempo, a não ser que um projeto de resolução com apoio de um terço da Casa defina a urgência de outra CPI. Ao todo, já são quatro requerimentos. A oposição à Dilma ainda pretende instalar CPIs para desgastar o governo com a situação energética, o BNDES, fundos de pensão e outras estatais.

O deputado Ricardo Barros (PP) pediu a criação de uma CPI para investigar a divulgação de pesquisas eleitorais e seu reflexo no resultado das eleições, a partir do processo eleitoral de 2000. Ivan Valente (Psol) que apurar denúncias de irregularidades nos serviços de planos de saúde prestados por empresas e instituições privadas.

Já o deputado Paulo Teixeira (PT) quer investigar “as causas e razões da violência no Brasil e propor medidas para sua redução”. Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, esta é a única que ainda não teve a conferência das assinaturas mínimas necessárias, que são 171.

Os pedidos de CPI são protocolados na Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara e deve ter objeto definido, a ser analisado por Eduardo Cunha. Caso seja rejeitado, o proponente tem até cinco sessões para recorrer ao Plenário. A CPI, após formada, pode funcionar durante o recesso parlamentar. Independente disso, tem prazo definido: 120 dias, com possibilidade de prorrogação no Plenário por mais 60. Ou seja, cada CPI pode levar até seis meses para encerrar os trabalhos e dar oportunidade de uma nova ser emplacada.

CPI da Petrobras

O presidente da Câmara Eduardo Cunha decidiu deixar para esta quinta-feira (5) a discussão sobre a nova CPI da Petrobras. Na ementa, o deputado Carlos Sampaio (PSDB) afirma que a comissão vai investigar a prática de atos ilícitos e irregularidades no âmbito da empresa entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e “gestão temerária” na construção de refinarias no Brasil; à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos; ao superfaturamento e gestão na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e às irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.

Com informações da Agência Câmara

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. se houver umaa cpi da

    se houver umaa cpi da petrobrás tem de ser de pelo menos

    os últimos vinte anos e não, como quer sampaio, de 2005 para ca´..

    muito engraçadinho, ele.

  2. Nassif: fechou o cerco sobre

    Nassif: fechou o cerco sobre o “impedimento” da Presidenta Dilma, bastar ver o pronunciamento de FHC, Serra e os boatos sofre que até o Vice-Presidente Temer. Assim sendo, quem fica para contar a história, o pmdb, que dominará tudo. PT. nunca mais, é isto que a burguesia deseja, então seja feita a vontade da mesma. Aguardemos.

  3. Oportunidade de pôr os pingos nos is

    A instalação de uma CPI seria interessante para o governo demonstrar o quanto os tucanos são corruptos, estão no centro da corrupção na Petrobras, inclusive tendo Paulo Costa sido nomeado por FHC, expor o progresso e a verdadeira situação da empresa nesses últimos anos de governo do PT. No desgoverno tucano tentaram doá-la por 15 bilhões. Youssef também é tucano, operava para essa turma e ficou rico  por conta do seu amigo íntimo Álvaro Dias. Temos que resgatar o caso REPSOL por exemplo. Cansamos de ser enganados! Pau nesses picaretas falastrões.

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