Berzoini diz que governo tem mais de 200 votos contra o impeachment

Da Agência Brasil

Depois de partidos como o PP e o PRB oficializarem a saída do governo e o apoio ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o governo ainda acredita que terá votos suficientes para derrubar o processo no próximo domingo (17), e dar início a uma nova base de governo que dê governabilidade para os próximos passos.

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse que o governo está preocupado não apenas com a votação de domingo, mas também em “dar estabilidade ao país.  A gente sabe que vários partidos da base têm hoje um tensionamento interno grande. Nós estamos trabalhando na fase de reta final, é deputado por deputado, caso por caso”, disse. Segundo ele, Dilma tem feito um “corpo a corpo” e procurado deputados que querem ouvir a sua opinião e seus argumentos.
 
Para discutir o assunto, a presidenta se reuniu no início da tarde de hoje (13), com líderes partidários e ministros do seu governo, inclusive do PMDB, partido que saiu da base aliada no último dia 29 de março. Participaram do encontro deputados que têm feito defesa aguerrida do mandato dela, como Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Sílvio Costa (PTdoB-PE), além dos peemedebistas Marcelo Castro (Saúde), Helder Barbalho (Portos) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR).

 

De acordo com Berzoini, o Planalto busca demonstrar que o pedido de impeachemnt é improcedente com base em argumentos, e não com “toma lá, dá cá”. Ele repetiu as defesas do governo de que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e que o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO) aprovado pelos deputados que compõem a comissão do impeachment na segunda-feira (11) politizou um exame que é “fundamentalmente de mérito”.

“A conversa com o Congresso é absolutamente direta, transparente, no sentido de mostrar que nós não podemos brincar com a democracia, e que é hora de ter um juízo absolutamente desprovido de paixões. Não se trata de gostar ou não do governo, de apoiar ou não a presidenta, trata-se de cuidar da democracia, que é um bem fundamental de todo povo brasileiro”, afirmou Berzoini.

O ministro defendeu também que a decisão de domingo, no plenário da Câmara,  não deve se transformar em uma “eleição indireta” sem a participação do povo. Após o encontro, a presidenta fez um discurso em que propôs um “grande pacto” e “diálogo nacional” com todos os seguimentos da sociedade, caso o impeachment seja derrotado.

“Estamos convencidos que teremos no domingo número suficiente para barrar o golpe e criar as condições para construir uma nova base de governo, capaz de dar governabilidade no momento seguinte. Na nossa avaliação, a base hoje é superior a 200 votos sendo trabalhada de maneira muito rigorosa e criteriosa pelas lideranças”, disse Berzoini.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani, também esteve no Palácio do Planalto. Ontem (12), Pansera disse que os três ministros do PMDB que têm mandato de deputado vão se licenciar dos cargos para participar da votação. Segundo Berzoini, o retorno deles não é apenas para garantir os votos, mas para fazer, a partir de amanhã (14), um enfrentamento político sobre a questão.

Redação

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Sei não…

    Sei não… Se quem estiver tomando conta disso aí, tiver a mesma visão e capacidade política de quem cuidou da candidatura à presidência da câmara em prol do Arlindo Chinaglia, a Dilma está ferrada…

    Óbviamente não sou jurista, mas acho sensato o conselho dado pelo Walter Maierovitch contido em outro post hoje aqui no GGN. O governo deveria jogar logo esse assunto para o colo do STF. As tais “pedaladas” podem configurar má prática contábil, mas além de haver inúmeros precedentes federais, estaduais e municipais (neste EXATO momento vários governadores e prefeitos estão “pedalando” impunemente), a prática em si não configura corrupção, atentado contra a lei orçamentária ou roubo.

    Um abraço.

  2. agora?

    Precisava chamar a J Feghali e o Silvio C. há cinco anos atráz. Preferiu a conversa bonita do Mercadante e Zé Cardoso, fritar ovo na globo, abraçar os donos da Folha. Francamente!

  3. Se olharmos os sinais

    Se olharmos os sinais emitidos pela Imprensa Corporativa Corrupta que vem massivamente dizendo que o Governo NÃO TEM os votos necessários, podemos inferir sim que o Impeachment não será aprovado.

    Mas isso pouco importa na realidade. Terminado esse processo, o Gangster Cunha virá com a abertura de outro processo de impeachment, e essa mesma imprensa dirá que o governo só ganhou pq COMPROU os deputados (a lá FHC) e por aí vai…

    Se o covarde, omisso e inacreditável STF continuar se eximindo de qualquer responsabilidade sobre o marginal que preside o Congresso, nada mudará neste país. 

    A Destruição vai acontinuar.

     

    1. Cúmplices de Eduardo Cunha ?

      Por que os Ministros do Supremo não cumprem com sua obrigação (guardiães da Constituição) com a celeridade que o momento histórico exige ?

      Apenas Covardia ou são cúmplices de Eduardo Cunha ?

    2. Concordo com você,não há na

      Concordo com você,não há na imprensa de direita o OLÉ!!!! de partida ganha. Os meios de comunicação da direita estão meio na encolha. Não têm certeza de nada me parece. Se o povo do Rio descer o morro no domingo e for dançar funck em Copacabana como ouvi dizer que farão, será  a glória. Domingo estarei na minha sexta manifestação desde dezembro, no Vale do Anhangabaú,se ficar em casa morro de nervosoEntão todos na rua,mostrando ao mundo que podemos até sermos pegos pelas armações dos americanos, mas que não ficaremos passivos.

    3. Bingo.

      Eduardo Cunha espera um “efeito manada” dos deputados, segundo parece.

      Ora, até a imprensa já deu a dica, tá pior que novela.

      Pq começar com parlamentares de regiões do país a favor do impíchim?

      A pergunta é retórica.

       

  4. Comentário.

    O Pacto Plutocrata Panamá Papers tá a fim de se salvar fazendo aquilo que as suas bases (sic) querem. OK, sabemos quem são os deputados, quem são suas bases. Ora.

    Será que as bases vão jogar bombas no escritório nefasto de uma offshore que tem sede no Panamá (entendo agora pq o Panamá foi invadido pela armada norte-americana há anos…).

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador