Congresso

Bolsonaro recebe medalha de “Mérito Legislativo” na Câmara

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro recebeu uma medalha de “Mérito Legislativo”, hoje na Câmara dos Deputados, com gritos de apoio e de vaias.

O “reconhecimento” é feito a autoridades e personalidades que tenham prestado relevantes serviços ao Legislativo, ou seja, ao Congresso, ou ao Brasil.

A medalha foi entregue pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), governista. A indicação da medalha foi feita também por outro govenista, o líder do PSL na Câmara, deputado Vitor Hugo.

Enquanto recebia a homenagem, deputados da oposição chamavam o presidente de “genocida”. A parlamentar Marília Arraes (PT-PE) decidiu fazer um discurso no Plenário, criticando a homenagem e também o mandatário.

Em sua fala, Arraes disse que o reconhecimento era “a mais alta comenda outorgada pela Câmara dos Deputados” e por seu “grande peso” possui “um significado profundo”.

“Nem sempre quem se intitula representante do povo e de sua vontade age em nome dele e como se espera em uma democracia”, completou.

No discurso, a deputada citou o relatório “The Global State Of Democracy 2021”, que mostra o Brasil em destacado ranking de democracia em declínio: foi o país que mais perdeu características democráticas no ano passado.

“O documento cita nominalmente o Presidente da República, apontando sua ameaça de descumprir decisões do STF, tentativas de apagamento de vozes críticas, divulgação de fake news, má gestão da pandemia, entre outros, de maneira que testou explicitamente as instituições democráticas brasileiras. Nestes tempos, portanto, a Medalha do Mérito Legislativo se reveste de um simbolismo ainda maior, pois o parlamento é o grande bastião da democracia.”

Abaixo, o discurso de Marília Arraes (PT-PE):

Em meio às críticas, o presidente Jair Bolsonaro fez um rápido pronunciamento, agradecendo aos governistas que o nominaram à medalha.

“Essa condecoração proposta pelo Major Vitor Hugo muito me honra, estou muito feliz. Meu amigo Lira, muito obrigado pela deferência e pela forma como se relaciona conosco”, afirmou.

Redação

Redação

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  • O nobre e medalhado mandatário trabalha em média duas horas por dia, metade das quais marcando presença em solenidades cívicas e militares.
    Assim, quando não dorme está comendo, dando medalha ou recebendo medalha, o verdadeiro alimento do seu ego.
    Não seria o caso de se recomendar ao presidente um tratamento psiquiátrico para mitigar os efeitos essa "síndrome do Muttley" que o consome?
    Trabalhar que é bom, nada. Nele, essa leseira é incurável.

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