Câmara gastou R$ 33 milhões em auxílio-mudança: a maioria já vivia em Brasília

Trata-se de R$ 33,7 mil que é destinado ao parlamentar no início e ao final da legislatura

Foto: Divulgação

Jornal GGN – Desde que a Justiça restabeleceu novamente o pagamento do auxílio-mudança a deputados federais e senadores, a quase totalidade dos parlamentares aceitou receber o benefício que funciona como uma ajuda aos congressistas eleitos que não vivem na capital federal.

Reportagem do Uol mostra que de 251 deputados que foram reeleitos, ou seja, que em tese não precisariam receber a ajuda porque já estavam instalados no Distrito Federal, somente 13 abriram mão de receber a quantia.

Trata-se de R$ 33,7 mil que é destinado ao parlamentar no início e ao final da legislatura, destinado a justamente essa movimentação e os custos gerados com a mudança de residência do deputado e senador que começa a atuar.

Entretanto, o benefício estava paralisado pelo juiz federal Pedro Esperanza Sudário, até que o magistrado de Sergipe, Ronivon de Aragão, decidiu desbloquear essa medida e liberou o pagamento aos deputados.

No total, foram depositados R$ 16 milhões que foram transferidos aos parlamentares, incluindo reeleitos que já moravam em Brasília. Pelos dados divulgados pela Câmara, apenas 13 deputados abriram mão do auxílio e outros 17 novatos.

Na primeira Casa Legislativa isso representa 5% dos deputados que se reelegeram e não quiseram receber a quantia da União.

De modo geral, o pagamento é feito automaticamente, exceto quando um parlamentar comunica formalmente à Mesa Diretora da Casa, antes do pagamento, que não irá receber o benefício. Ao todo, foram 30 parlamentares que não receberam.

Já no Senado, de um total de quatro, outros três ex-senadores que foram eleitos para a Câmara, permanecendo em Brasília, também contaram com o benefício: Aécio Neves (PSDB-MG), Lidice da Mata (PSB-BA) e José Medeiros (Pode-MT). A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi a única, deste grupo, que solicitou não ganhar os R$ 33,7 mil.

Ao fim de sua legislatura na Câmara, o próprio atual presidente, Jair Bolsonaro (PSL), também ganhou a quantia, quando passou a assumir o Palácio do Planalto. Ele recebeu o montante três dias antes de renunciar ao mandato, no dia 28 de dezembro.

Em números, a Câmara gastou R$ 17 milhões no auxílio-mudança a um total de 505 deputados no final de 2018 e mais R$ 16 milhões a 477 deputados no início deste ano.

Abaixo, a lista dos deputados que abdicaram do benefício em 2019:

Adriana Ventura (Novo-SP)
Alexis Fonteyne (Novo-SP)
Amaro Neto (PRB-ES)
Bilac Pinto (DEM-MG)
Bohn Gass (PT-RS)
Bia Kicis (PSL-DF)
Caroline de Toni (PSL-SC)
Darcísio Perondi (MDB-RS)
Diego Garcia (Pode-PR)
Fábio Trad (PSD-MS)
Gilson Marques (Novo-SC)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Gustavo Fruet (PDT-PR)
Heitor Schuch (PSB-RS)
Joice Hasselmann (PSL-SP)
Kim Kataguiri (DEM-SP)
Lincoln Portela (PR-MG)
Major Vitor Hugo (PSL-GO)
Marcel Van Hattem (Novo-RS)
Marcio Alvino (PR-SP)
Mauro Nazif (PSB-RO)
Patrus Ananias (PT-MG)
Paula Belmonte (PPS-DF)
Paulo Ganime (Novo-RJ)
Professor Israel Batista (PV-DF)
Rose Modesto (PSDB-MS)
Tereza Cristina (DEM-MS)
Tiago Mitraud (Novo-MG)
Vinícius Poit (Novo-SP)
Weliton Prado (PROS-MG)

Redação

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  1. Os vagabundos de terno, farda e toga deram o golpe “com o STF com tudo” para sequestrar o Estado brasileiro. Garantidos no poder, eles se fartam enquanto nos casebres dos pobres falta tudo (comida, saúde, emprego, esperança e principalmente raiva para virar a mesa).

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