Citado na Lava Jato, Eunício Oliveira deve concorrer com Requião pelo comando do Senado

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A presidência do Senado deve ser disputada em 2017 por um nome apoiado pelo governo Michel Temer, e outro, pelo grupo de oposição. No primeiro caso, Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, pretende assumir o cargo que hoje está com Renan Calheiros e já está em tratativas com Temer. Ele pretende oferecer cargos na mesa ao PT e PSDB para conquistar vantagem sobre Romero Jucá, outro nome cotado no PMDB. Liderando a esquerda, Roberto Requião, do PMDB do Paraná, deve ser o concorrente de Eunício.

Eunício aparece na lista da Odebrecht, com o codinome de “Índio”, e supostamente recebeu R$ 2,1 milhões para defender medidas de interesse da construtora. Apesar disso, ele promete uma linha de atuação oposta a que foi adotada por Renan Calheiros nos últimos meses, de confronto direto com o Ministério Público e o Judiciário, em aparente retaliação à Lava Jato.

Hoje, Eunício é líder da bancada do PMDB no Senado. Ele pretende deixar esse posto para Raimundo Lira (PMDB-PB). Mas Renan, que pretende presidir a Comissão de Constituição e Justiça (o cargo mais importante do Senado, para quem ficou de fora da Mesa Diretora), também pretende ser o líder, caso não consiga o comando da CCJ.

Nos bastidores, segundo informações do jornal O Globo, Renan tenta emplacar Romero Jucá como seu substituto. Parte do PMDB teme que se Renan fizer o sucessor, consiga manter a influência na presidência do Senado e pautar temas que podem trazer problemas para a Casa – como o projeto de abuso de autoridade e as 10 medidas anticorrupção, aprovada pela Câmara em contrariedade ao que foi proposto pelo Ministério Público Federal.

“Eunício esteve com Temer na última semana, avaliando o quadro no Senado. Ele teve que desmentir informações de que estaria desistindo de disputar. Raimundo Lira quer ser o líder do PMDB, cargo também cobiçado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Mas Lira ganhou pontos como presidente da comissão de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O nome do PSDB na chapa de Eunício deve ser o do líder Paulo Bauer (SC). A ideia nas negociações é que o PT indique José Pimentel (CE) para Mesa. Mas Lindbergh Farias (PT-RJ) e outros senadores da oposição ameaçam lançar candidatura alternativa ao comando do Senado. Roberto Requião (PMDB-PR) seria o candidato dissidente das esquerdas.”

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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