Conselho de Ética deve votar cassação de Cunha

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A reunião do Conselho de Ética que deve votar a cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começou há pouco na Câmara dos Deputados. A deputado Tia Eron (PRB-BA), um dos votos mais aguardados, está presente na reunião. Acompanhe ao vivo:
 
https://www.youtube.com/watch?v=qHneYxdw3NQ width:700 height:394
 
A expectativa é que ocorra, ainda nesta terça (14), a votação do relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), mas a reunião também pode ser, novamente, adiada por novas denúncias do deputado afastado, incluindo a multa de R$ 1,13 milhão do Banco Central, a abertura da ação penal contra a sua esposa Cláudia Cruz, a nova denúncia sobre o envolvimento de Cunha na obra Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
 
Parlamentares aliados de Cunha, entretanto, tentam a todo custo não adiar, evitando que a adição de novas frentes contra o peemedebista. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) já afirmou, no início da reunião, que o possível adiamento seria um “golpe” e uma “manobra”. Para ele, deve se respeitar o regimento e o direito à ampla defesa. “Vamos votar hoje”, afirmou.
 
Marun foi um dos mais atuantes, nas últimas semanas, a sair em defesa do presidente afastado da Câmara. Foi por meio do aliado que o peemedebista também tentou pressionar o atual presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), que publicamente é favorável ao afastamento de Cunha.
 
Por outro lado, defensores da saída definitiva de Cunha também são contra adiar, novamente, a votação. O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que a medida seria mais uma forma de protelação e o colegiado deve arcar com a decisão que tomar. “O melhor seria abrir uma nova representação”, defendeu, para o caso de novas denúncias.
 
Com os posicionamentos, a votação deve ocorrer ainda nesta terça-feira. 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Temer é Cunha

    Tia Eron vai votar em conformidade com o acordo fechado pelo presidente de seu partido PRB com Michel Temer.

    Ao que tudo indica, Temer vai salvar seu sócio Eduardo Cunha.

  2. Por muito menos Dirceu até

    Por muito menos Dirceu até hoje não passa de um bode expiatório, sendo humilhado e jogado na lama sem que se prove, ao menos, que ele tenha acumulado fortunas. 

    Por muito menos, Delcídio já foi pra casa, depois de preso e de delatar pra ver se se salvava da cassação.

    Quem achar que E. C. vai ser cassado deve estar sofrendo de alguma patologia. Primeiro porque só está em pauta a lavagem de alguns poucos milhões nos bancos suíços.

    Quanto ao resto da roubalheira, vai ficando cada vez mais difícil para E. C. se livrar de um inquérito e posterior prisão. 

    A estas alturas tem muita gente se borrando de medo porque, se preso, o malandro, ruim como sabe ser, vai mostrar a cara feia para os seus colegas. 

  3. Fogo Na Lona do Circo?

    Nasssif: ainda estou pagando prá ver. A “ética” do Congresso brasileiro tem nuanças que mais aproxima-se da turma de Ali Babá que das lições de Aristóteles. E não vamos esquecer que Cunha prometeu, pelo menos, 150 cabeças de outros colegas embarcados na mesdma canoa. Este número fica igual a, exatamente, 40,3225% dos 372 apoiadores do ex-presidente da Câmara. Se imaginarmos que dos 150 arrolados, metade (que têm cúmplices) tabém botarem a boca no trombone, o número pode elevar-se a uns 275 membros da Casa, sem contar com prováveis senadores, especialmente, daqueles 55. Cogita-se da possibilidade de respingar no Judiciário e no MP. Como se vê e ouve, a trama é ampla e a canalha imensurável. 

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