CPI do BNDES aprova a convocação do pecuarista José Bumlai

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Da Agência Brasil

Depois de uma longa controvérsia entre o governo e oposição, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES aprovou nesta quinta-feira (12) a convocação do pecuarista José Carlos Bumlai, suposto amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bumlai foi citado por delatores da Operação Lava Jato como tendo intermediado reuniões de Lula com empresários.

A convocação foi proposta por cinco parlamentares e defendida na reunião pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). No seu requerimento de convocação, Jordy citou notícia veiculada pela imprensa sobre um empréstimo supostamente irregular feito pelo BNDES a Bumlai para a construção da Usina São Fernando, no Mato Grosso do Sul. Essa usina estaria próxima da falência. A dívida de Bumlai com os bancos seria de R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 300 milhões seriam do BNDES e R$ 81 milhões do Banco do Brasil.

O PT tentou esvaziar a reunião para evitar a convocação, mas não conseguiu. O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) argumentou que a CPI já havia solicitado documentos sobre os empréstimos e que seria melhor analisá-los antes de convocar Bumlai. O deputado Arnaldo Jordy discordou: “Uma coisa não contradita a outra. O fato de não termos analisado suficientemente a documentação não implica a impossibilidade de ele vir para esclarecer”, argumentou.

Além de Jordy, os deputados que pediram a convocação de Bumlai foram: Augusto Coutinho (SD-PE), João Gualberto (PSDB-BA), Miguel Haddad (PSDB-SP) e Sergio Vidigal (PDT-ES).

Outras decisões

A CPI do BNDES também aprovou a convocação do ex-diretor da Petrobras Pedro Barusco e de diretores da Usiminas. Além disso, foram aprovados pedidos de cópias de contratos do BNDES com diversas empresas.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Pena que um dos únicos

    Pena que um dos únicos instrumentos à disposição do Parlamento para projetar seu Poder institucional seja tão mal utilizado como é o caso das CPIs. Estas viraram apenas mais opção nos embates politiqueiros. 

    Até aí tudo bem se quem pagasse a conta fosse as “vossas excrescências”. 

     

  2. Uma tal CPI só teria sentiddo

    Uma tal CPI só teria sentiddo se fosse para estudar todos os empréstimos desde quando foi fundado, um por um.

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