Cunha confia que plenário do STF não aceitará pedido de afastamento da Câmara

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – Acusado de cobrar pessoalmente cerca de 5 milhões de dólares em propina a partir de contratos da Petrobras para bancar campanha eleitoral em 2011, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), teme ser alvo de um pedido de afastamento do cargo que ocupa hoje – o terceiro na linha de sucessão presidencial – pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Um eventual requerimento de Janot nesse sentido – já alardeado nos corredores de Brasília – deverá ser feito ao Supremo Tribunal Federal, sem necessidade de passar pelo crivo do Congresso. Como Cunha é presidente da Câmara, além de foro privilegiado, ele tem outra regalia: todos os processos a seu respeito devem ser analisados pelo colegiado de 11 ministros Supremo, e não apenas por turmas menores.

Segundo informações da Folha deste sábado (25), Cunha deu sinais de que confia que os ministros do STF irão rejeitar o pedido de Janot. “A eventual denúncia, se ocorrer, terá de ser apreciada pelo plenário do STF. Não cogito qualquer afastamento”, afirmou ao jornal.

O peemedebista ainda ironizou a informação de que o governo já especula junto ao PMDB um nome para substituir Cunha na presidência da Câmara. “Se o Planalto tivesse força para fazer alguém, o presidente teria sido Arlindo Chinaglia e não eu.” Chinaglia era o candidato do PT derrotado na disputa pelo comando da Câmara.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

14 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Congresso viciado em dinheiro

    Eduardo Cunha venceu a eleição para a presidência da Câmara, do Arlindo Chinaglia-PT e do Chico Alencar-PSOL, simplesmente comprando sua maioria com a promessa de providenciar uma   ‘Verba Parlamentar Suplementar’   de um milhão e setecentos mil reais, para cada ilustre deputado, promessa cumprida.

  2. É que ele é religioso e está

    É que ele é religioso e está com o poder de deus. Não o poder do Deus tradicional, mas aquele oriundo dos que elegem o dinheiro como o deus do poder e que tem em Brasília uma de suas principais catedrais. E Eduardo Cunha tem muito, muito dinheiro para comprar voto de juiz.

  3. Não é só o cargo que o
    Não é só o cargo que o Eduardo Cunha deve perder. Ele deve perder o mandato e a liberdade como o João Paulo Cunha. Justiça igual para ambos é o que deve distribuir o STF.

  4. infelizmente

    Infelizmente este evangelico , meliante , foi eleito por vários fatores, mas na minha opinião , o principal deles foi a questão da Presidente não ter atuado no processo. Com o Presidente Lula , jamais, este picareta venceria.

    Cada dia que passa , fico mais desanimado, com a Presidente que elegí !

  5. Dizem que da cabeça de juiz,

    Dizem que da cabeça de juiz, pode sair de tudo. Então, não me arrisco a palpitar sobre os votos dos 11 ministros do STF, com uma única e “honrosa” exceção: Gilmar Mendes. Desse eu já conheço o voto antes mesmo dele redigir.

  6. O meliante tem razão ! Se

    O meliante tem razão ! Se fosse dez mil reais de caixa dois de campanha de algum petista (tipo Luizinho) estaria ferrado, mas o meliante é acusado de roubo de CINCO MILHÕES DE DÓLARES !!

    Dá pra comprar uma bela cobertura em Boca Raton  e ainda dividir uma merreca com meia duzia de ministrinhos .

    “Acusado de cobrar pessoalmente cerca de 5 milhões de dólares em propina…”

  7. Há muita controvérsia

    Há muita controvérsia jurídica acerca do afastamento dos presidentes das casas legislativas. A meu ver, está descartada qualquer possibilidade de pedido de afastamento pelo PGR Junot nessa fase ainda só das delações. Seria necessário primeiro juntar provas materiais do alegado pelo delator e na sequência, se for o caso, entrar com a denúncia contra ele no STF.

    Que ninguém se engane: Cunha é esperto. A mais recente prova dessa esperteza é essa briga que comprou com o governo. Ora, ele bem sabe que, mesmo que pudesse e conviesse, jamais a presidente iria instrumentalizar o Ministério Público com vista a prejudicá-lo. O que ele usa é uma típica estratégia diversionista se valendo da impopularidade do governo e do PT. 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador