Cunha diz que áudio contra ele é resultado de “briga de facção”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Sem dar mais detalhes sobre o que sabe acerca do áudio (uma fraude, segundo perícias técnicas) que o envolve nos esquemas investigado pela Operação Lava Jato, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), disse, nesta sexta-feira (23), que o material pode ser resultado de uma “briga de facções”. O parlamentar, favorito na disputa pela presidência da Câmara, se reúne novamente com o ministro José Eduardo Cardozo, no dia 27, para discutir o episódio.

Para Cunha, ‘montagem’ contra ele pode vir de uma ‘briga de facções’

Do Estadão

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) admitiu nesta sexta-feira, 23, que “está claro” que a gravação com conversa telefônica que teria objetivo de comprometer o peemedebista “é uma montagem”. O parlamentar encaminhou a gravação, atribuída a integrantes da Polícia Federal (PF), ao Ministério da Justiça pedindo a abertura de investigação porque disse ser vítima de “armação” em meio disputa acirrada com Arlindo Chinaglia (PT-SP) pela Presidência da Câmara. Cunha afirmou que a “montagem” pode ser resultado de uma “briga de facções”, sem especificar de onde são essas facções.

“Está claro, como eu sabia, que é uma montagem”, disse Cunha ao receber título de cidadão honorário de Belo Horizonte, na Câmara da capital. “Agora eles (PF) apurem onde aquela montagem ia aparecer, como ela surgiu e quem a fez. É importante esclarecer isso para a sociedade. Não dá mais para, em todo processo eleitoral, aparecerem coisas dessa natureza”, acrescentou o peemedebista. A divulgação da suposta armação aumentou a tensão entre Cunha e apoiadores da candidatura de Chinaglia, que seria beneficiado pelo envolvimento do peemedebista em denúncias.

Mas Cunha ressaltou que em nenhum momento “fez avaliação” da gravação, assim como não acusou “quem quer que seja” de estar por trás do caso. “Se eu estivesse acusando o governo (de envolvimento na armação), não teria entregue ao governo, através do Ministério da Justiça, para investigar. Se eu estivesse acusando o governo, teria entregue ao Ministério Público”, salientou. “Relatei o que me falaram. Não assumi a versão de quem me entregou”, completou, referindo-se ao policial federal que teria lhe entregue a gravação em seu escritório no Rio de Janeiro.

Eduardo Cunha alegou que o agente passou mais informações sobre o caso, mas que o peemedebista optou por não tornar públicas porque não “cometeria a irresponsabilidade de macular o nome de quem quer que seja sem prova”. “Relatei ao ministro da Justiça coisas mais que não falei publicamente, porque eu não queria expor nomes sem qualquer prova. Poderiam estar sendo vítimas de qualquer tipo de briga de facções. Não farei isso”, disse o deputado, que revelou ter nova audiência marcada para terça-feira, 27, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Cidadania honorária. O titulo de cidadão honorário de Belo Horizonte foi concedido a Eduardo Cunha por proposição do vereador e deputado federal eleito Marcelo Aro (PHS), que declarou apoio à candidatura peemedebista. Além do evento na Câmara, Cunha ainda se reuniu em almoço com apoiadores e ressaltou novamente que não está “traçando postura de oposição” ao governo federal. “O que nós não seremos também é submisso ao governo. Vamos garantir a governabilidade. A candidatura do PT é de submissão. Meu adversário do PT já foi presidente da Casa, já se comportou como submisso e essa é a postura dele. E a outra candidatura (Júlio Delgado, do PSB mineiro) representa a oposição. Justamente um terceiro turno eleitoral que não queremos”, disse.
 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. Não tem jeito,parece que para

    Não tem jeito,parece que para esse DUDU o céu,também e o limite.Cunha,o céu te aguarda,o céu te anseia.Vai DUDU!

  2. confessa a armação registrada

    confessa a armação registrada na gavação e,

    como é comum nos últimos tempos,

    acusa seus adversários, os mesmos curiosamente, da grande mídia.

    portanto, tem uma fortaleza praticamente inexpugnável

    em sua defesa cotidiana.

    mente e mentirá adoidado, como quiser, pois será defendido,

    em nome não se sabe de quê, exatamente.

    atua na busca da obscuridade, como sempre fazem os

    golpístas e os que devem algo à justiça.

    o histórico de indício contras ele na justiça é amplo o suficiente

    inclusive para condená-lo no stf

    e, consequentemente, cassá-lo.

    a ver.

    1. Tantas explicações inúteis…

      Comprovada tecnicamente a armação, bastaria dizer: “alguém armei, não sei quem fui” e deixar de tentar levantar suspeita sobre os seus adversários. É muita cara de pau desse cidadão honorário (?) de Belo Horizonte.

  3. Aguentar esse marginal como

    Aguentar esse marginal como presidente da câmara é uma temeirdade.

            Vc prova que ele é marginal ? Até o começo de fevereiro, não; Provar não provo,mas é marginal.

                 Já Renan é um marginal mais refinado.Tem requinte mais sofisticado.

                   Em suma: O Brasil corre seriamente o risco de ter dois presidentes( câmara e senado)com bandidos diplomados.

                        Por que o PT não corta de x o vínculo com eles? Pela governabilidade?

                           O povo saberá entender e apoiará o PT.Basta acreditar.

                             Mas nem o PT acredita nele mesmo.

                              Aí fica difícil.

  4. Título Honorário

    Cabe a pergunta. Será que falta cidadão que honre os Belo Horizontinos? Penso que nao? De cada dez mineiros quantos conhecem este individuo? E por ultimo, quanto custa o titulo honorario?

  5. Será que foram os militontos

    Será que foram os militontos do PT (de acordo com alguns) que votaram nesse candidato à deputado ? Ou seriam os milisabidos de outros partidos?

  6. O que este deputado fez por

    O que este deputado fez por BH para merecer o titulo de cidadão honorário?  Será que o tal Eduardo Cunha pagou algum honorário ao tal Marcelo Aro para receber esse ttítulo?

    Como mineiro e belorizontino de coração,  estou envergonhado pela concessão desse titulo a uma pessoa que responde a 17 processos no STF por crimes de falsificação de documentos a peculato.

    1. “O que este deputado fez por

      “O que este deputado fez por BH para merecer o titulo de cidadão honorário?”:

      Soltou grana na campanha de politicos.  Quem foram, isso eu nao sei, nao conheco nada de Minas.  Mas lembro me muito, muitissimo bem, que Minas eh uma merda.

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