Deputado descendente da família imperial quer excluir feriado nacional que homenageia Tiradentes

Luiz Philippe de Orleans e Bragança propôs PL para trocar 21 de abril, em homenagem ao inconfidente mineiro Tiradentes, pelo dia 22 de abril, descobrimento do Brasil.

O deputado Federal e descendente da família imperial brasileira, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, propôs, na Câmara dos Deputados, o PL 6.460/19, para excluir do rol de feriados nacionais o dia 21 de abril e, em troca, incluir o dia seguinte, 22 de abril, em referência ao descobrimento do Brasil.

21 de abril marca a data de morte de Tiradentes, ícone na luta da Inconfidência Mineira, cujo objetivo era a desvinculação do Brasil e a Coroa Portuguesa.

Segundo o parlamentar, o dia 22 de abril é uma data histórica relacionada ao descobrimento oficial do Brasil e defende que “essa data possui uma legitimidade histórica e relevância na constituição de nossa identidade nacional, razão pela qual deve ser considerada feriado em todo o país”.

Troca de feriado

O texto da proposição pretende alterar a lei 662/49, que estabelece os dias de feriados nacionais.

Para que não haja mais de um feriado no mesmo dia, o deputado sugere a revogação do feriado de 21 de abril, relativo à morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, em 1792.

Tiradentes foi símbolo da Inconfidência Mineira, mas, para Orleans e Bragança, a data foi apenas uma “criação do regime republicano, instalado no Brasil através de um golpe militar que baniu a família imperial brasileira. A República recém-instalada necessitava de símbolos e personagens históricos para sua legitimação perante o conjunto da população brasileira”.

Na justificativa, o parlamentar defende que o descobrimento do Brasil já foi considerado feriado nacional em outra ocasião e fixado pelo decreto 155-B de 1890. A comemoração se dava no dia 3 de maio, por se considerar que este foi o dia em que os portugueses aportaram em terras tupiniquins.

No entanto, Orleans e Bragança defende que “com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, que trouxe consigo exemplar da Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota, constatou-se que a data correta seria 22 de abril”. De acordo com a justificativa do projeto:

“A presente proposição legislativa pretende modificar essa lei, restituindo-se como feriado nacional o dia 22 de abril, data histórica relativa ao descobrimento oficial do Brasil. Consideramos que essa data possui uma legitimidade histórica e relevância na constituição de nossa identidade nacional, razão pela qual a mesma deve ser considerada feriado em todo o Brasil”

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Cultura e posteriormente, pela CCJ.

21 de abril

tTiradentes nasceu em 12 de novembro de 1746 e era o quarto de sete filhos. Foi dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil. Participou de um dos principais movimentos de contestação do poder que a coroa portuguesa exercia sobre o Brasil Colônia, a Inconfidência Mineira, entre os anos de 1788 e 1789.

Devido à sua participação no movimento, Tiradentes foi preso e enforcado no dia 21 de abril.

Tiradentes é oficialmente patrono da nação brasileira desde 1965, quando o então presidente Castelo Branco sancionou a lei 4.897/65.

De acordo com a justificativa do PL 216/63, que eu origem à lei, a medida em que países da América foram se emancipando do imperialismo colonial, foram surgindo representantes do patriotismo. Neste sentindo, Tiradentes participou ativamente da emancipação brasileira, representando o ideal de liberdade e independência.

A bandeira do Estado de Minas Gerais traz o lema dos inconfidentes mineiros: Libertas quæ sera tamen – Liberdade ainda que tardia.

Redação

14 Comentários

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  1. Segundo o imbecil criado pela avó,
    a data seria apenas uma “… criação do regime republicano, instalado no Brasil através de um golpe militar que baniu a família imperial brasileira.”
    O mal foi que não baniu toda e pra sempre, ficou por aí um ou outro idiota

  2. Segundo o imbecil criado pela avó,
    a data seria apenas uma “… criação do regime republicano, instalado no Brasil através de um golpe militar que baniu a família imperial brasileira.”
    O mal foi que não baniu toda, e pra sempre. Ficou por aí um ou outro idiota que ainda chegou ao congresso junto com mais um monte de estrumes nacionais nas últimas eleições.

  3. Estamos em tempo de tampa de privada.
    Abriram-se todas nos banheiros públicos e fétidos que são as casas onde se reúnem os representantes de nossa república.
    Exceções para os raros momentos em que se dão descarga.

  4. Foi em diamantina onde nasceu j.k.
    E a princesa leopoldina lá resolveu se casar
    Mas chica da silva tinha outros pretendentes
    E obrigou a princesa a se casar com tiradentes

  5. Por mais tosco que seja o deputado herdeiro, não é uma chuva de tosquice que vai fazer o devido contraponto nos comentários. Quem declarou a independência foi Dom Pedro I mesmo. Se é a República, e somente a República, que merece a devida reverência pelo Brasil emancipado, isso é outra discussão.

    O deputado herdeiro é tão tosco que sequer honra o posto de herdeiro. É panfleteiro político de direita e, portanto, age como um divisionista, uma aberração que jamais veremos partindo de qualquer monarca inglês, por exemplo. Onde já se viu um monarca fomentando o divisionismo da nação? Impensável. Considerando os herdeiros vivos, talvez uns 50 anos sejam necessários para que o comportamento tosco fique no passado (começando pra ontem).

    E, além disso, assim como muitos outros brasileiros, ele acha que passar borracha na história, fazer revisionismo, é bom para o país. Ele quer fazer o mesmo que os republicanos, que ele tanto odeia, fizeram. O brasileiro tem que largar essa mania.

  6. Herdeiro de merda…príncipe só se for da “zona.” Já elegeram esse vagabundo pra ficar mamando nas tetas do Estado…agora esses vagabundos de “família imperial” querem o que? Vão trabalhar seus sanguessugas…

  7. Ele não está errado não. O Tiradentes não é símbolo da Nação. É símbolo da República. Tanto que o feriado de Tiradentes só surgiu depois da Proclamação da República.

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