Deputado do PT pressiona Maia para decidir sobre auxílio

Leo Brito (PT-AC) apresentou uma sugestão de pauta para a mesa do presidente da Câmara proibir auxílio-moradia a parlamentares com casa própria no DF 
 
Audiência Pública. Dep. Leo de Brito (PT-AC)
(Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)
 
Jornal GGN – O deputado Leo Brito (PT-AC) apresentou nesta terça-feira (06) uma sugestão na mesa da presidência da Câmara para alterar o pagamento de auxílio moradia, mais especificamente, proibir a concessão do benefício para deputados que já tenham imóvel próprio no Distrito Federal. Pela regra atual, o dinheiro é autorizado apenas quando não houver vaga em apartamentos funcionais.
 
“A modificação visa atender aos princípios da economicidade e da moralidade administrativa para com o patrimônio público”, declarou o parlamentar no documento.
 
Segundo apuração da Folha de S.Paulo, 167 dos 594 deputados federais e senadores recebem atualmente ajuda financeira para moradia (em espécie ou reembolso), sendo que 13 deles recebem o benefício mesmo declarando casa própria em Brasília, incluindo o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e seu filho mais velho Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). Ainda, durante o registro da candidatura em 2014, todos os 13 parlamentares declararam à Justiça Eleitoral terem mais de R$ 1 milhão.
 
Como funciona o pagamento 
 
Os deputados têm duas opções para acessar o auxílio-moradia: por reembolso apresentando recibo (R$ 4.253) ou em dinheiro, com desconto no Imposto de Renda (R$ 3.083). Já os senadores recebem apenas mediante reembolso (R$ 5.500). O salário médio dos parlamentares hoje no Brasil é R$ 33,7 mil e cada um tem a disposição R$ 102 mil para pagar salários de assessores e verba que varia entre R$ 30,8 mil a R$ 45,6 mil para custear despesas gerais, como aluguel de escritório, combustível e alimentação. 
 
A polêmica do auxílio-moradia começou após o jornal Folha de S.Paulo revelar que o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, e sua esposa recebem auxílio-moradia mesmo os dois morando juntos e em casa própria. 
 
“Vi a notícia dando contra deste absurdo e temos que começar dando o exemplo de casa, no Poder Legislativo”, disse o deputado Leo de Brito.
 
*Com informações da Folha e do G1
 
Redação

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