Eu sou o PMDB da seriedade, não da ‘Ponte para o Futuro’, diz Requião

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Fotos públicas
 
Jornal GGN – Roberto Requião (PMDB-PR) também foi alvo de pedido de expulsão pelo Diretório Nacional da legenda, assim como a senadora Kátia Abreu (TO), mas terá seu caso analisado pela Comissão de Ética e e Disciplina do PMDB. No partido desde a década de 1980, Requião afirmou ser “o peemedebista mais fiel neste Congresso Nacional”, mas “do PMDB da seriedade”.
 
“É evidente que eu não sou do PMDB da ‘Ponte para o Futuro'”, disse o senador, destacando que o que mudou não foi sua fidelidade, mas os projetos e ideias do partido, hoje comandados por parlamentares “submetidos aos interesses” do governo de Michel Temer.
 
https://www.youtube.com/watch?v=O-9HhFXxD3g&feature=youtu.be width:700 height:394
 
Em tom de crítica aos seus correligionários, como vem fazendo desde que o então vice-presidente assumiu a cadeira de Dilma Rousseff, com o processo de impeachment, Requião usou o plenário nesta quarta-feira (16) para anunciar que protocolou pedidos de expulsão a quem deveriam ser alvos de afastamento pelo PMDB: o ex-deputado Eduardo Cunha, preso pela Operação Lava Jato, e o senador Romero Jucá (RR).
 
“Eu sou do velho MDB de guerra; do PMDB do Ulysses Guimarães, que tinha, como princípio, não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem rouba. Eu sou do PMDB nacionalista e desenvolvimentista, do documento ‘Esperança e Mudança’. Eu sou do PMDB com um projeto nacional, do PMDB da seriedade”, disse.
 
Em seguida, comunicou que irá contestar o documento que pede a sua saída do PMDB. Para Cunha, Requião pediu a expulsão da sigla e para Jucá, caso seja investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato.
 
Para Roberto Requião, se a sua saída se configurar, assim como a da senadora Kátia Abreu (TO), significaria que o PMDB acabou: “Eu quero travar a discussão definitiva: existe, ainda, o velho MDB de guerra? Ele é capaz de ressuscitar pelas bases e tomar uma atitude que resgate essa situação terrível de estar representado em pesquisas de opinião com 1%, portanto rejeitado por 99%? Ou o meu partido acabou? Se acabou não precisam pedir a minha expulsão”, disse.
 
 
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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Seriedade

    Se o caro senador pudesse apontar os nomes dos seus pares que compõem o “PMDB da seriedade” seria muito interessante para o bem do país. Missão difícil mas, pelas suas palavras , não humanamentte impossível.

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