GGN pergunta: Senador Dário Berger (PMDB-SC) é a favor do impeachment

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A equipe GGN perguntou a todos os 81 senadores o posicionamento de cada um sobre o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Além do voto “a favor” ou “contra”, a reportagem quis saber as razões que movem o posicionamento dos parlamentares. O senador disse que a sua “tendência” é votar a favor do processo, “para que o Brasil saia desta estagnação econômica e institucional”. O parlamentar acredita que ajudará o país a “voltar a caminhar para frente”, sem o “atual governo” que, na sua visão, “não tem mais forças para conduzir nosso país”.

Leia o posicionamento do senador Dário Berger (PMDB-SC):

1) Votará pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado?
Eu já havia me pronunciado antes a favor da admissibilidade. Acredito que a votação na Câmara Federal, do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, deixou transparecer toda a insatisfação da sociedade brasileira com os rumos que foram tomados por esse Governo. Tanto no plenário, quanto nas ruas, ficou claro esse sentimento de mudança da nossa população e os parlamentares só representaram esse sentimento, através do seu voto e fazendo com que a responsabilidade possa seguir aqui no Senado Federal, onde está sendo analisado e será julgado de acordo com os trâmites legais e jurídicos desta Casa Legislativa.
 
2) Se aceito o processo, votará contra ou a favor do impeachment no Senado?
Como disse antes, a minha tendência é votar a favor do processo, para que o Brasil saia desta estagnação econômica e institucional.
 
3) Por quê?
Dentro da legalidade do processo, inclusive já ressaltado pelo próprio STF, o Brasil precisa voltar a caminhar para frente. Vamos ajudar nesse caminho acredito que o atual governo não tem mais forças para conduzir o nosso país. Mas tudo tem que ser feito passo a passo, respeitando a legalidade e o ritos do estado de Direito.

 
Acompanhe no infográfico do GGN o voto a voto dos senadores, nessa primeira etapa, quando o plenário decide se aprova a proposta.
 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

19 Comentários

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  1. O atual governo naõ tem força

    O atual governo naõ tem força porque vocês o minaram. Aqui em Florianópolis sabemos bem quem é o Sr. Dário Berger. Aliás, como ficou o caso Andrea Bocelli e a árvore de Natal milionária de 2009, aqui em Florianópolis?

  2. Ao “GGN pergunta”
    Três sugestões:

    1 – incluir na consolidação/tabulação dos votos as informações sobre o retorno dos senadores: dia/hora da solicitação e dia/hora da resposta (entendendo que esta consulta foi feita por meio eletrônico/por escrito) (*);

    2 – Aos que responderem a favor do impedimento, replicar com a pergunta do comentarista alexis (aplicar o mesmo procedimento em 1);

    3 – Tão logo a “linha de corte” seja atingida (30%?), divulgar o quadro no estado em que se encontra. Caso não se alcance o mínimo de respostas, divulgar 02 dias antes da votação da comissão de admissibilidade.

    (*) Para os senadores da comissão é aceitável, ainda que questionável, receber um posicionamento antecipado, pois sem ouvir a defesa configura juízo estritamente político.

    Para os demais, idem e muito mais grave pois que não houve ainda admissibilidade e em havendo, não aconteceram as investigações e ampla defesa.

    Mesmo vislumbrando um jogo já jogado, o registro cronológico pode ser importante para análise posterior.

    Obrigado.

  3. A voz das ruas e o clamor do

    A voz das ruas e o clamor do povo tem sido as razões de alguns golpistas para dizer sim ao impeachment. Como se os vermelhos não pertecessem ao Brasil. Vermelhos e não-vermelhos, afinal há uma enorme quantidade de brasileiros presos tão-só à quebra do regime democrático, e/ou ao fato de se tirar da Presidência uma mulher sem máculas, trocando-a por seres desprezíveis, arrolados em processos de crimes contra a ética, a probidade que exigem os cargos para os quais foram eleitos.

    Somente o povo esquecido, mas em número expressivo, reagindo nas ruas poderá dar um outro sentido a essa miséria que esses gansgsteres instauraram no País. 

  4. O senador está sofismando

    O processo de impeachment refere-se exclusivamente à acusação de pedaladas fiscais. A “insatisfação da sociedade brasileira” não é argumento para o impedimento de Dilma.

    Outro ponto: o STF se pronunciou sobre o rito e não sobre o mérito da acusação. Usar o argumento da “legalidade” e do respeito aos “ritos do Estado de Direito” para destituir a presidente é sofismar deliberadamente, com intuito de confundir a população.

  5. Mas que droga de julgador é

    Mas que droga de julgador é esse que condena por razões não expostas na denúncia? Seria o mesmo que condenar um motorista por acidente de trânsito porque o carro não era da marca GM, ou porque o motorista estava em atraso com as prestações.

    Farsa! 

  6. Governo Temer

    O impeachment vai passar no Senado a não ser qu8e uma revolta popular se inicie, como parece que está acontecendo. O que ninguém fala é que o empresariado parou de investir de forma proposital no governo Dilma e agora está por trás do possível governo Temer. Só que aqueles que já começaram a entender que o programa Ponte para o Futuro afetará suas vidas vão reagir e eles são a maioria do país, trabalhadores,sem teto, sem terra, pensionistas,aposentados pequenos e médios agricultores, logo fico impresionada com a calma dos senadores que não pensam o que seus atos acarretarão.Eles serão responsáveis pelo que poderá acontecer no país..

  7. Esse demagogo não tem

    Esse demagogo não tem condições de julgar quem quer que seja, faria melhor explicar ao menos parte das inúmeras irregularidades cometidas em suas gestões frente as prefeituras de São José e Florianópolis, especialmente as ligadas a Operação Moeda Verde da policia federal;  estranhamente o processo sofre atrasos em cima de atrasos, já ocorrendo a vergonhosa prescrição de irregularidades que beneficiaram elementos acusados como o então prefeito hoje infelizmente senador.

    Sobre a operação declarou na época a delegada Júlia Vergara, responsável pela investigação na PF:  “os 20 funcionários públicos citados no inquérito, inclusive o prefeito, um vereador e quatro secretários municipais de Florianópolis, formavam uma quadrilha de servidores associada para a prática de crimes contra a administração pública e contra o meio ambiente”.

    fontes:

    http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2014/10/parte-dos-crimes-da-operacao-moeda-verde-prescrevem-na-justica-pela-demora-em-julgar-processo-4631364.html

    http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2014/12/oito-anos-depois-entenda-a-denuncia-do-ministerio-publico-federal-sobre-a-operacao-moeda-verde-em-florianopolis-4665010.html

    https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Moeda_Verde

    http://moedaverde.blogspot.com.br/2007/05/resumo-moeda-verde-3105.html

    http://deolhonacapital.blogspot.com.br/2009/01/irregularidades-no-mercado.html

    Que explique também outras bandalheiras como a contratação irregular e milionária de certa árvore de natal, coisa já condenada, contratação e pagamento de show do cantor italiano Andrea Bocelli que nunca ocorreu, sem falar da especulação imobiliária patrocinada, etc.,etc.

  8. Combinado com os russso!…

    …. para que o Brasil saia desta estagnação econômica e institucional….

     

    De que planeta é este senhor?

  9. juticamandoueledevolverdinheiro
    Nao consegue nem formular um argumento sobre o que se trata o assunto e fica com um discurso de caminhar para frente….

    Sai do Caminho Golpita!

    A justiça ja te mandou devolver a Florianópolis pelo Show e árvore de natal que nunca se realizaram.
    Fantasmas!

    Você desmerece o povo brasileiro nessa casa.
    Era ficha suja e por subterfugios se elegeu.
    Vergonhoso!

  10. políticos pequenos

    Santa Catarina está mal. Com exceção de Décio Lima e Pedro Uczai (votei nele), os demais entrarão para a história do golpe na democracia brasileira.  Lamentável o nível dos políticos catarinenses. Sem crime de responsabilidade é golpe. Pedaladas não justificam a violenta defenestração de Dilma, uma mulher que todo mundo sabe que é honesta. 

  11. Hipocrisia

    Na realidade, o que o senador quer cassar não é o mandato da Presidenta, é o voto de 54 milhoes de brasileiros que votaram nela. O povo não quer a cassação. Esta é uma grande falacia criada pela oposição, apoiada pela midia.

  12. Irmãos Berger (Fonte: DCM)

    A longa ficha suja do PMDB de Santa Catarina, o primeiro a romper com o governo. Por Aline Torres

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-longa-ficha-suja-do-pmdb-de-santa-catarina-o-primeiro-a-romper-com-o-governo-por-aline-torres/

    Postado em 30 Mar 2016 por :  Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina, no rompimento do partido com o governo

    Dário Berger (esq.), do PMDB de SC, no rompimento do partido com o governo

    O primeiro diretório do PMDB a tramar o rompimento com o governo Dilma Rousseff foi o catarinense. Há 16 dias. Foi uma espécie de teste antes do grande ato.

    O PMDB continua sendo o partido mais forte de Santa Catarina – mesmo após a morte do principal líder, o senador Luiz Henrique da Silveira em 2015 -, e pretende engolir o Estado, elegendo 250 prefeitos. Para as outras siglas sobrariam 45 municípios.

    O discurso para a vitória é moralista. O partido investirá no resgate da decência política como manobra ao eleitorado. As campanhas se mostram exitosas. A população que marcha em verde e amarelo não percebe que Temer integra o governo. Aliás, os peemedebistas debandaram. Temer não.

    A maquiagem também é capaz de camuflar salientes evidências. O PMDB é acusado de saques à Petrobras. Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, é o homem do meio bilhão e o presidente do Senado, Renan Calheiros é alvo de três inquéritos no STF ligados à Lava Jato.

    Honradez se prova com o abandono. No dia 14 de março eles pediram as contas.

    O primeiro golpe do partido em âmbito estadual foi articulado pelo senador Dário Berger e pelo vice-presidente Temer, parceiros no fortalecimento da imagem da sigla.

    Na ocasião, Djalma Berger, irmão do senador, deixou a Eletrosul, a maior estatal federal do Sul do país. Um dia depois se arrependeu. Quis o cargo de volta. Era tarde.

    “Amigos, acabamos de tomar uma decisão importante. Ouvimos o clamor do nosso estado e do nosso povo. Estamos juntos por um Brasil melhor. PMDB/SC é o primeiro a desembarcar do Governo Federal”, publicou o senador Dário Berger

    O paradoxo é que os irmãos Berger (Dário, Djalma e Dilmo) nunca estiveram à sombra da corrupção. Ao contrário, listam volumosas denúncias. O senador integra a alta cúpula do PMDB, é vice-presidente do partido em Santa Catarina e um dos principais articuladores de Temer na Caravana da Unidade, que deseja passar a faixa presidencial para um correligionário ao forçar o impeachment.

    Formado em administração de empresas pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Dário começou a vida política com 320 votos. Foi eleito suplente de vereador em São José, na Grande Florianópolis, onde foi prefeito mais tarde, entre 1997 e 2004.

    Antes de terminar o mandato renunciou à prefeitura de São José para concorrer como prefeito em Florianópolis (a 15,3 km de distância). Venceu duas vezes. Prefeito por 16 anos foi acusado cinco vezes por improbidade administrativa.

    Em março de 2009, um parecer do procurador Regional Eleitoral de Santa Catarina Claudio Dutra Fontella pediu sua cassação. A decisão considerou que ele infringiu a Constituição ao ser eleito no município de São José, trocar de domicílio eleitoral e ser reeleito como prefeito em Florianópolis, sendo que a lei permite somente uma reeleição.

    Dário manteve-se no cargo. Não foi a primeira vez que teve problemas com a Justiça Eleitoral. Em 2004, a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina provou que o político era sócio de quatro empresas, não duas conforme tinha declarado.

    Um delas, a SLC, dona da Auto Viação do Vale, foi investigada por irregularidades nas licitações dos transportes. A empresa recebeu mais de meio milhão, com dispensa de licitação, da secretaria de Estado da Fazenda.

    Em 2003, os Berger já faturavam R$ 29 milhões ao ano com seus negócios.

    Mas foi em 2007 que seu nome espantou as manchetes nacionais. Foi citado como uma das lideranças da Máfia Verde, negociação de licenças ambientais para empreendimentos imobiliários em áreas de proteção.

    E em 2009, a Casvig, empresa dos irmãos Berger, foi contratada para serviços de vigilância da Secretaria Estadual de Educação. A contratação foi considerada ilegal.

    Os Berger foram acusados de favorecerem seus interesses privados. A empresa sugou dos cofres públicos R$ 140 milhões. A prefeitura também contratou sem licitação a empresa Palco Sul Eventos LTDA, comprometendo-se a pagar R$ 3,7 milhões para a construção de uma árvore de Natal. Entretanto, a Palco Sul ilegalmente terceirizou os serviços a outras empresas, viabilizando o projeto da árvore com apenas R$ 1,696 milhões, confirmando o superfaturamento da obra.

    Por esse motivo, a primeira semana de janeiro de 2010 começou tumultuada. O Secretário de Turismo Mário Cavallazi pediu exoneração do cargo pressionado pelo alvoroço natalino. Poucos meses depois, o MP/SC ajuizou ação por remanejo de R$13 milhões do orçamento municipal de diversas secretarias para pagamento da árvore de Natal e de um show que não aconteceu.  Para esses entretenimentos foram gastos quase R$ 6 milhões.

    No ano seguinte, Dário foi condenado por improbidade administrativa pela construção da Avenida Beira-Mar Norte de São José. A obra foi superfaturada e houve fraudes em licitações. O político foi condenado a devolver R$ 463 mil para prefeitura.

    Deste episódio até 2015, Dário Berger protagonizou um escândalo por ano. Contratos ilegais, milionários, máfia dos pardais, bloqueio de R$ 2, 5 milhões da sua conta pelo MP e condenação pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto com o show do tenor italiano Andrea Bocelli, que não aconteceu.

    Descobertas diversas fraudes na contratação do cantor, estão envolvidos o governo de Santa Catarina, na gestão de Luiz Henrique da Silveira, padrinho político de Dário, a prefeitura da Florianópolis e o desaparecimento de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos.

    Apesar do histórico, Dário, como outros articuladores do PMDB, promete jogo limpo na política para angariar as massas. Lembrando que Michel Temer prometeu a presidência da Eletrosul para um peemedebista e derrubou o experiente engenheiro Márcio Zimmermann em troca de fortalecimento político.

    Dário, seu aliado, pressionou para que o presidente da estatal fosse o irmão. Depois, tomou o cargo de volta e retribuiu os favores. Ontem, ao lado de Cunha bradou “Brasil pra frente, Temer presidente”.

    OS IRMÃOS BERGER

    Djalma foi prefeito de São José entre 2009 e 2012, deputado federal e em julho do ano passado assumiu a Eletrosul. É denunciado como integrante da Máfia Verde, por desviar milhões da estrutura viária de Florianópolis, quando era secretário de Obras, na gestão do seu irmão, por obras fantasmas e superfaturamentos.

    Outra episodia marcante da sua carreira foi às vésperas do pleito, no início de outubro de 2012, ele incentivou 200 famílias a invadirem um terreno da Imobiliária Suvec, em São José. Prometeu assentamento em troca de votos. Após as eleições, entretanto, as famílias foram despejadas violentamente. Mais de 200 policiais militares participaram da expulsão. Os desabrigados formaram atualmente a Ocupação Contestado.

    Em 2013, o juiz Roberto Marius Fávero condenou Djalma a oito anos de inelegibilidade por ter usado a máquina pública em benefício de sua campanha.

    Dilmo é considerado o administrador dos bens da família Berger.

    Também foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva na Operação Moeda Verde. Em 2010, foi sua vez de passar por cima da natureza.

    Mas, após dois anos, ele e a esposa Cristine foram condenados a recuperar o dano ambiental provocado pela construção da mansão dentro do mar, na praia de Coqueiros, em Florianópolis. Além da demolição, deveriam pagar multa de R$ 100 mil.

    A obra foi aprovada por dois órgãos da prefeitura. A Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) e a Susp (Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos). Na época, o prefeito da Capital catarinense era Dário.

    No ano passado, Dilmo foi preso por peculato eletrônico na Operação Trojan. O nome é referência aos programas maliciosos que entram disfarçados de legítimos nos computadores. O esquema envolveu 24 funcionários da Prefeitura de Florianópolis, que cancelavam débitos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), reduziam o valor venal de imóveis, alteravam as alíquotas de cobrança do ITBI (Imposto sobre a Transmissão Onerosa de Bens Imóveis) e da concessão de CND (Certidão Negativa de Débitos) e em troca recebiam propina. Eles também transferiam imóveis públicos (prédios, praças, terrenos) para empresas e pessoas físicas.

    A residência no nome de Dilmo também teve o valor alterado. Segundo a investigação, Dário Berger era prefeito de Florianópolis na época da fraude.

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