GGN pergunta: Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) é contra o impeachment

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A equipe GGN perguntou a todos os 81 senadores o posicionamento de cada um sobre o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Além do voto “a favor” ou “contra”, a reportagem quis saber as razões que movem o posicionamento dos parlamentares. A assessoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) encaminhou um manifesto, que expõe todos os argumentos da parlamentar para votar contra o impedimento de Dilma.
 
Leia o posicionamento da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM):
 
1) Votará pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado?
Não.
 
2) Se aceito o processo, votará contra ou a favor do impeachment no Senado?
Contra.
 
3) Por quê?

IMPEACHMENT SEM CRIME É GOLPE
 
Eduardo Cunha conduziu processo de impeachment por vingança. Projeto da direita é tornar Temer, o conspirador, presidente do Brasil, e Cunha o vice-presidente do País
 
Sob o comando do vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ambos citados nas denúncias de corrupção da Operação Lava Jato, sendo o último réu no STF, a oposição golpista no País investiu pesado contra a democracia brasileira. Eles querem retirar do poder a presidenta Dilma, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos sem que ela tenha cometido um único crime. 
 
Para conseguir seus objetivos, os golpistas evocaram tudo menos o verdadeiro objeto da ação: seis decretos suplementares e o financiamento para os agricultores (Plano Safra de 2015), o que eles chamam de “pedalada fiscal”.
 
No tocante ao pagamento para os agricultores, não há ato da presidenta. Portanto não há crime de responsabilidade. Por não ter ato, a acusação alega que ela “conversava muito com o chefe do Tesouro Nacional”, por isso, ela teria determinado o pagamento.
 
Mesmo sem ato da presidenta, a operação não é irregular. O pagamento é feito por meio de um contrato de serviço. O Banco do Brasil paga aos agricultores e é reembolsado pelo Tesouro após a conferência.
 
É como se o cidadão atrasasse a prestação da escola do seu filho e depois pagasse com juros e correção. Portanto, não existe empréstimo por meio de operação de crédito como argumentaram os golpistas.
 
Eles ainda acusam a presidenta de editar seis decretos de suplementação sem a prévia autorização do Congresso. Não é verdade. O artigo 4º da Lei Orçamentária Anual (LOA) autoriza a abertura de créditos suplementares que não têm nada a ver com gastos, mas com planejamento. São remanejamentos de verbas do Orçamento.
 
Ou seja, despesas que estavam previstas no Orçamento da União foram canceladas e em razão destes cancelamentos foi possível suplementar o orçamento de outros órgãos públicos como a Justiça Eleitoral, Hospitais Universitários e Ministério da Justiça. Também foram editados decretos em razão de excesso de arrecadação e superávit financeiro.
 
É com base nessas denúncias frágeis que o Senado deverá fazer o julgamento da presidenta Dilma. Nessa Casa, mesmo sem provas, os golpistas continuam querendo retirá-la do poder para colocar um governo ilegítimo de Temer e Cunha, isso mesmo, este último vice-presidente.
 
Vamos à Luta! Todos em defesa da democracia!
 

Acompanhe no infográfico do GGN o voto a voto dos senadores, nessa primeira etapa, quando o plenário decide se aprova a proposta.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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