Governo não consegue emendas para cobrir cortes no Orçamento

Jornal GGN – De acordo com assessores da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o governou não conseguiu convencer os parlamentares a cobrir, com suas emendas orçamentárias, os cortes propostos pela União no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e na saúde para 2016. 

Das mais de 7 mil emendas individuas apresentadas ao Orçamento do próximo ano, totalizando R$ 9,1 bilhões, foram identificadas pelos técnicos apenas R$ 250 milhões em propostas que atendem a programas do governo ndas duas áreas, ou seja, menos de 5% do que era esperado pela equipe econômica.

O governo estimava que as emendas cobrissem um corte de R$ 7,6 bilhões em ações de saúde e no PAC nas despesas programadas para o ano que vem. 

Da Folha

Governo falha em sua tentativa de cobrir cortes no Orçamento

Levantamento feito por assessores da Comissão Mista de Orçamento do Congresso indica que fracassou o esforço do governo de convencer os parlamentares a cobrir, com suas emendas orçamentárias, cortes propostos pela União no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e na saúde para 2016.

De um total de 7.234 emendas individuais apresentadas ao Orçamento do ano que vem, no valor de R$ 9,1 bilhões, foram detectadas pelos técnicos apenas cerca de R$ 250 milhões em propostas que atendem a programas do governo nas duas áreas –menos de 5% do almejado pela equipe econômica.

O governo esperava que as emendas cobrissem um corte de R$ 7,6 bilhões nas despesas programadas para 2016 em ações de saúde e no PAC. A tesourada, de R$ 3,8 bilhões para cada uma das áreas, foi anunciada em setembro como parte de um pacote de ajuste para tentar garantir um resultado superavitário para as contas do ano que vem.

Para estimular o direcionamento das emendas e preservar assim programas do Executivo, o governo encaminhou ao Congresso uma relação de projetos que poderiam ser de interesse dos parlamentares. Também determinou que essas emendas específicas ficariam livres do risco de bloqueio.

O prazo para a apresentação das emendas foi encerrado na semana passada.

“Acho que o governo fez uma tentativa boa. Mas na emenda o parlamentar sempre vai atender o pedido do prefeito do município em que é votado”, afirmou o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator-geral do Orçamento de 2016. Segundo ele, as sugestões de direcionamento do Executivo foram atendidas nos casos em que houve “coincidência” com as demandas dos prefeitos.

A proposta orçamentária encaminhada pelo governo ao Congresso no final de agosto estabelecia uma despesa de R$ 42,4 bilhões para o PAC e de R$ 90,1 bilhões para a Saúde. É sobre esses valores que serão feitos os cortes.

Cortes de gastos – Impacto, em R$ bilhões

AJUSTE

No total, o projeto orçamentário do governo para 2016 previa um deficit de R$ 30,5 bilhões nas contas da União, buraco equivalente a 0,5% do PIB.

A proposta, no entanto, foi muito mal recebida pelo mercado e levou a agência de classificação de risco Standard & Poor’s a tirar o selo de bom pagador do Brasil.

Propostas do governo para evitar deficit em 2016 – Em R$ trilhões

Para tentar reverter o quadro, o governo anunciou um pacote de ajuste para garantir que as contas fechem o ano que vem com um superavit de 0,7% do PIB.

Do lado da despesa, além de cortar os gastos com PAC e saúde, a equipe econômica adiou o reajuste do funcionalismo, suspendeu concursos públicos e definiu que o FGTS passará a cobrir uma parcela maior do subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida, entre outras medidas.

O cerne do ajuste, no entanto, é o projeto de recriação da CPMF, que pode render R$ 32 bilhões ao ano para a União. A aprovação do tributo depende do Congresso, onde o governo vive uma grave crise com sua base de apoio.

O relator Ricardo Barros tem até o dia 4 de novembro para apresentar um relatório preliminar à Comissão Mista do Orçamento. Mas, em meio à indefinição do cenário para o ano que vem, e concentrado na revisão das contas deste ano, o governo ainda não encaminhou ao Congresso uma mensagem modificando oficialmente sua proposta orçamentária de 2016. 

Redação

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