Jucá diz que governo precisa cortar gastos para aprovar CPMF

Da Agência Brasil

O Congresso não aprovará medidas como a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), se o governo não fizer sua parte e mostrar o corte de gastos, disse hoje (11) o senador Romero Jucá (PMDB-PR). Ele não comentou a decisão do governo de adiar o contingenciamento (bloqueio) de verbas do Orçamento deste ano, mas cobrou engajamento do governo, após sair de reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

“O Congresso não vai votar, na minha avaliação, aumento de receita sem discussão da despesa e do que vai ocorrer no futuro. Apenas aumentar impostos não resolve o problema das contas públicas, senão vai ter que aumentar de novo daqui a um ano. Temos que aproveitar a crise atual e realmente construir uma solução duradoura, definitiva”, declarou Jucá, ao ser perguntado sobre o comprometimento da base aliada com a CPMF.

Embora o Orçamento deste ano estabeleça este ano meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de R$ 30,5 bilhões para a União, os estados e os municípios, Jucá disse defender a meta fiscal zero para 2016. Segundo ele, esse cenário é mais realista que a meta de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), mas exigirá bastante esforço por parte do governo.
 
“Sempre defendi uma meta zero [de superávit primário]. O governo deve fazer um grande esforço para ter déficit zero, o que já é um grande avanço tendo em vista o déficit do ano passado. Um superávit seria feito somente a partir do próximo ano. Discordei da meta de 0,5% [do PIB] desde o início porque o número não é factível”, destacou o senador.
 
Apesar de defender os cortes de gastos públicos, Jucá declarou que será bastante difícil para o governo contingenciar recursos porque o Congresso aprovou um Orçamento enxuto, sem margem para cortes. Segundo ele, a equipe econômica terá de tomar decisões difíceis e discutir o tamanho do Estado brasileiro.
 
“Acho que o Orçamento está bastante realista. Qualquer contingenciamento hoje será difícil porque, com um Orçamento engessado, sobra pouca coisa para cortar. Acho que não tem mais gordura. Agora, vai se cortar membro, é amputação. Não é lipoaspiração. Vamos ter que discutir efetivamente tamanho do Estado, que programas o governo deve fazer”, comentou.
 
O parlamentar disse ainda que o governo não deve mexer nas reservas cambiais, atualmente em torno de US$ 380 bilhões.
Redação

9 Comentários

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  1. O cara tem nas costas

    O cara tem nas costas acusações de corrupção, inclusive no caso da Petrobras, e quer fazer papel de bom samaritano? Quais os cortes de gastos de o Senado realizou? Quais medidas aprovou pra ajudar a fazer a ecônomia andar? Oportunistas e demagogos que só enganam os midiotas!

  2. Ótima idéia !

    Que tal eles começarem pelo legislativo e seus auxílios isto, auxílio aquilo, diminuir o nº de funcionários ? A seguir ir para o Judiciário e seus salários de príncipes, auxílio moradias, auxílio para mudança, auxílio toga,cadeiras especiais p/ os portadores de problemas de coluna durante o trabalho, pq fora eles nada sentem. Viagens aéreas de 1ª classe, quando não pegam carona de governadores estaduais.

    Seria uma grande e inestimável colaboração contribuição.

    Mas tirar algum dinheiro dos ricos, ah! não, isto tb não pode, só com uma achacadinha e olhe lá. Será que o dinheiro que os patrocinadores “não usarão mais” p/ torrar nas campanhas eleitorais, não será suficiente p/ a CPMF e melhorar a saúde, educação….?

    Este partideco do sr. Jucá, não sabe viver sem uma chantagem (zinha ou jão). Está entranhado em suas “entranhas”

     

     

  3. Legislativo e judiciário deve

    Legislativo e judiciário deve ser o foco do contingenciamento

    Principalmente o judiciário, que se parece com judiciário de país africano, com suas mordomias, regalias, armações, manipulações, e cheios de ” não me toque”

  4. Esse Jucá é muito primário,

    Esse Jucá é muito primário, quer dizer então que aprova a CPMF se o dinheiro sair dos programas sociais ??? . . . do lombo do povo  . . . .

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