Jornal GGN – Depois do anúncio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de romper com o governo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já se adiantou e informou que a postura não atrapalhará o ajuste fiscal.
O tema fica delicado porque a ação do Palácio do Planalto para reestruturar a economia brasileira necessita de apoio do Congresso, por meio da aprovação de projetos de lei e medidas provisórias que são submetidas aos deputados e senadores. Uma dessas pautas é o da desoneração da folha de pagamentos, que tramita como projeto de lei no Senado, e ainda precisará da aprovação da Câmara.
Independentemente disso, Levy reiterou que Cunha “sempre mostrou muita imparcialidade” como presidente da Casa Legislativa na votação de temas relacionados ao ajuste e acredita que Cunha “saberá separar seu papel” como presidente da Câmara e como parlamentar de oposição.
“O papel dele é quase como o de um magistrado. Já era assim antes e tenho certeza de que no cumprimento das funções vai continuar igual”, disse o ministro da Fazenda, em declaração após participar de uma reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), no Rio de Janeiro.
A decisão de Cunha, que ocorre no último dia antes do recesso parlamentar, deixa incertezas no Planalto, que ainda não sabe como enfrentará o Congresso sob o comando de um deputado declaradamente de oposição. Levy lembrou que o adiamento da votação das medidas do ajuste, que será retomada apenas em agosto, traz “um pouco de incerteza” e aumenta o período em que o país deverá ficar sob o aperto fiscal.
Por outro lado, disse que não é possível afirmar se o atraso da aprovação das medidas terá impacto na meta fiscal para o ano.
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