Lira pode levar proposta rejeitada de voto impresso ao plenário

A derrota de Bolsonaro na comissão já era esperada, o que levou governistas a tentarem manobras para adiar a votação, como a que aconteceu às vésperas do recesso parlamentar.

Jornal GGN – A comissão especial da Câmara rejeitou ontem, 5, a PEC 135/19 que torna o voto impresso obrigatório. É uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro que ameaça diuturnamente a realização das eleições de 2022, caso o texto não seja aprovado. Mas, apesar da derrota, o jogo ainda não acabou, pois Arthur Lira, presidente da Câmara e aliado de Bolsonaro, já havia avisado que pode levar a matéria ao plenário.

O relator da PEC, Filipe Barros (PSL-PR) apresentou nova versão na quarta, 4, prevendo impressão do comprovante de votação e a volta da contagem manual dos votos. Por este texto, a função do TSE é enfraquecida na investigação de irregularidades e traz a volta do voto impresso. E o texto valeria imediatamente, mesmo se aprovado a poucos dias do pleito, caindo a norma de que precisaria antecedência de um ano para implementação de qualquer modificação.

O argumento usado pelos governistas foi um vazamento feito pelo presidente Bolsonaro de inquérito da Polícia Federal sobre suposto ataque hacker ao software de votações do TSE. A oposição se manteve na defesa de que as urnas são seguras e que a PEC é pretexto para golpe de Estado.

A derrota de Bolsonaro na comissão já era esperada, o que levou governistas a tentarem manobras para adiar a votação, como a que aconteceu às vésperas do recesso parlamentar.

Mas Lira veio em socorro das pretensões do presidente. Horas antes da votação ele afirmou que a PEC pode ser avaliada pelo plenário se a comissão especial ultrapassar as 40 sessões sem conseguir aprovar ou mesmo se for rejeitada.

Bia Kicis, autora da PEC, protestou contra a derrota mas celebrou a declaração de Lira, de que poderia ir a plenário.

Redação

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