Nesta quarta, deputados e senadores lançam Frente em defesa da soberania nacional

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Foto: Divulgação

Jornal GGN – Na próxima quarta-feira (21), mais de 200 deputados e 18 senadores irão lançar a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. O objetivo da frente é unir os parlamentares contra medidas adotadas pelo governo de Michel Temer e que são consideradas um atentado à soberania do Brasil.

Entre as medidas criticadas, estão o desmonte da Petrobras, o esvaziamento da indústria nacional, a permissão da venda de terras para estrangeiros, a internacionalização de serviços públicos como saúde e educação e a abertura do Brasil ao oligopólio internacional de insumos agrícolas, além da adoção de uma política externa classificada como submissa.

Em sua comissão executiva, a Frente Parlamentar conta com os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputados Patrus Ananias (PT-MG),  Glauber Braga (Psol-RJ), Celso Pansera (PMDB-RJ), Afonso Motta (PDT-RS) e Odorico Monteiro (PSB-CE).

Em manifesto, a Frente defende a exploração eficiente dos recursos minerais, a construção de infraestrutura para desenvolver o país, a contribuição da agricultura para a alimentação do povo e para as exportações, um sistema de crédito que favoreça o capital produtivo nacional, uma política externa independente, entre outros pontos.

Também participarão do ato de lançamento da Frente os ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim.

Leia a íntegra do manifesto abaixo:

MANIFESTO PELA SOBERANIA NACIONAL

1. O fundamento da democracia brasileira é a soberania, inscrito solenemente no Artigo 1° da Constituição.

2. Este mesmo Artigo Primeiro estabelece solenemente que todo Poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.

3. A soberania é o direito inalienável e a capacidade da sociedade brasileira de se organizar de acordo com sua história e características sociais para promover o desenvolvimento de todo o seu povo, de forma justa, próspera, democrática e fraterna.

4. Esta soberania não pode ser limitada por políticas ocasionais que a comprometam e que dificultem a autodeterminação do Brasil e sua capacidade de resistir a tentativas de interferência externa.

5. A renúncia a certos direitos invioláveis, tais como o direito de organizar seu Estado e sua sociedade de forma a promover o desenvolvimento, é inadmissível.

6. Assim, cabe ao Congresso Nacional, integrado por representantes eleitos pelo povo brasileiro, garantir a soberania, o desenvolvimento e a independência nacional.

7. A organização de uma Frente Parlamentar de Defesa da Soberania se justifica na medida que Estados subdesenvolvidos como o nosso enfrentam sempre a ação de Estados mais poderosos para que reduzam sua soberania, enquanto esses Estados defendem e preservam com todo o empenho sua própria soberania.

8. Os eixos principais de ação da Frente Parlamentar serão a defesa

· da exploração eficiente dos recursos naturais, entre eles o petróleo, para a promoção do desenvolvimento;

· da construção de uma infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento;

· da contribuição da agricultura para a alimentação do povo e as exportações;

· do capital produtivo nacional e de um sistema de crédito que tenha como objetivo seu fortalecimento;

· do emprego e do salário do trabalhador brasileiro;

· de um sistema tributário mais justo;

· de Forças Armadas capazes de defender nossa soberania;

· de uma política externa independente.

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Redação

11 Comentários

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  1. mais uma frente contra isso e

    mais uma frente contra isso e aquilo a nos defender. e hoje fux diz, se verdade, que, no final, tudo da jbs contra o usurpador pode acaber em nada, se revistas no plenário stf as denúncias com vídeos, áudios e mais provas. do alto dos tronos onde se sentam, governadores e prefeitos, parlamentars e juízes e assemelhados, com ou sem concurso (20 mil cargos comissionados só esfera federal?), mpf e pf, todos com seus direitos adquiridos (ou gigantescos salários nos comissionados), seus penduricalhos, do alto de suas autoridades ou de quem se autoriza, falam e discursam, assinam e baixam ordens, todos com seus soldos garantidos, suas mordomias desnecessárias e injustivicáveis, brincando de fazer o que dizem as leis, regimentos e coisas afins, jogando uma partida na qual são os donos da bola, protegidos por seus deuses (o dinheiro que tudo compra), seus capatazes, seus guardas da esquina e por um bando de imbecis: nós, que susportamos (aguentamos e damos suporte) calados o desfile desse carnaval dos barões famintos. nesse estado de exceção – que aliás sempre fomos – queremos crer que nossa capacidade de engolir seco já se esgota. chega de contornos, de palavras jogadas para uma plateia inerme. queremos crer que basta uma faísca.

  2. Sem o BNDES e o retorno da

    Sem o BNDES e o retorno da Petrobrás e do Pré-Sal nas respectivas condições de 2013  não haverá condição alguma de entrarmos como nação no jogo mundial. 

    O fato acima é ainda mais verdadeiro com a efetivação do desmonte da Odebrecht e Friboi.

    Se a possibilidade da Formação Bruta de Capital Fixo não voltar a ser superior a 20% e dependente de decisão do Governo/Estado via recursos do BNDES não haverá superação, no prazo o mais curto possível, da atual recessão que segue o caminho de se transformar em depressão.

    Engº José Bráulio Lopes de Almeida 

  3. Ingerência dos EUA

    Tem colunista aqui no GGN que acha que o Império Estadunidense nada teve a ver com o golpe de 2016 e que o historiador Moniz Bandeira é um paranóico ou mentiroso.

    Então o que teria ido fazer no Planalto o chefe da CIA no Brasil? Certamente dar instruções aos seus subalternos que perderam o controle do golpe planejado na matriz da CIA:

     

    https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/301958/Etchegoyen-se-reuniu-com-chefe-da-CIA-e-entregou-identidade-de-agente.htm

  4. Pé na bunda!

    Vamos dar um pé na bunda e expurgar da política os deputados, deputadas, senadores e senadoras que votaram pelo impeachment de Dilma e para os que votaram a favor e hipocritamente defendem as reformas da previdência e do trabalho. Sejam de esquerda, centro ou direita, não merecem o nosso voto e muito menos a reeleição. Vamos guardar bem os resultados das votações e divulgar (estrondosamente) o nome de todos e todas que trairam o povo trabalhador, os eleitores e o país. Não devemos dar trégua nas divulgações de todos os traidores, para que toda a população saiba o nome de todos, de todas e dos partidos políticos que pertecem.

  5. Esses parlamentares precisam

    Esses parlamentares precisam ser bem contundentes quanto aos fatos esdrúxulos que vimos sabendo nos últimos meses, sobre essa venda de terras a estrangeiros, ou aos intrusos militares americanos na selva amazônica, que rezo pra ser mentira.

    Não podemos esperar nada da imprensa, então cabe a eles esclarecerem o povo sobre essas ações de governo que ficam às sombras, sem que maioria entenda a gravidade do momento, que não se reduz às roubalheiras de Temer e seus comparsas. Não adianta dizer essas coisas dentro do Congresso, se não terá repercussão na mídia tradicional. É preciso mais movimentos nas ruas com gente qualificada par informar a população sobre esses pontos nebulosos.

  6. Frente em Defesa da Soberania Nacional

    Penso que a frente é bem vinda , mas deveria defender principalmente a nossa Soberania Econômica !

    A ameaça a nossa Soberania Econômica ocorre quando mais de 45% do Orçamento da União está comprometido com o pagamento do juros e serviço da Divida Pública ! A posse dos títulos públicos brasileiros estão nas mãos dos bancos e fundos internacionais e são remunerados com as maiores taxas de juros do mundo ! Ademais , apenas um cartel ultrarestrito de bancos estrangeiros têm autorização para comercializa-los ! Estamos presos a engrenagem perversa do capitalismo financeiro internacional , responsável por girar mais de 700 trilhões de dólares de capital fictício em todos os centros especulativos do mundo! 

    Sem Soberania para investirmos no que o Brasil é o nosso precisa, liberando o Orçamento da União das amarras da agiotagem internacional , jamais seremos uma Pátria Livre ! 

     

     

     

     

    1. Soberania cultural e intelectual

      Bom dia!

      Quando vejo o amigo falar mais uma vez em soberania econômica, evidentemente está coberto de razão. No entanto, penso que já seja hora de considerarmos as raízes dessa não soberania, e aí entendo que entre elas está a nossa dependência cultural e intelectual de outros países, como consequência de estratégias levadas a efeito aqui mesmo, em nosso próprio território. Para reverter esse quadro seria necessário o amplo debate em torno de nossa história cultural no sentido de entender que o que temos é a nossas mentes amarradas e nossos pensamentos sobre o país cerceados por inúmeras e antigas ações de governo, que desde o Marques de Pombal no sec XVIII e depois em 1838 com a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro dedicam estratégias de estado e de inteligência visando ao controle ideológico do país. Uma das ações desse instituto que funciona até hoje foi o lançamento do concurso “Como se deve escrever a história do Brasil”.  Entendendo as ações de Pombal e a iniciativa de Pedro II como “políticas públicas” de controle ideológico que se estendem até o “escola sem partido” dos dias de hoje, fica fácil entender a nossa não soberania econômica. Resumindo, há no Brasil uma tradição antiga de falseamento ou de silenciamento histórico que dificulta a formação de um campo crítico e reflexivo relacionado às realidades e necessidades práticas do país, incluindo a economia, claro, mas que deve incluir antes, a meu ver, a espécie que move a economia, que é a espécie humana em contato com a sua realidade física, ambiental e mental.

  7. Estou achando OTIMO  que

    Estou achando OTIMO  que esta:  …  “comissão executiva, a Frente Parlamentar conta com os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputados Patrus Ananias (PT-MG),  Glauber Braga (Psol-RJ), Celso Pansera (PMDB-RJ), Afonso Motta (PDT-RS) e Odorico Monteiro (PSB-CE).” … e, claro agora quero ver estes ditos Parlamentares Patriotas QUEBRAREM OS OVOS PARA FAZER O OMELETE TÃO ESPERADO DESDE 2003, afinal chegou a hora de ir para o pau com a IMPLANTAÇÃO DO REFERENDO REVOGARORIO PARA DESFAZER E RETOMAR TUDO QUE FOI DOADO ATRAVES DAS PRIVATIZAÇÕES !!! Tambem, Srs. e Sras. Parlamentares, penso que ficou faltando um ITEM MUITO SIGNIFICATIVO E CARO AO Povo Brasileiro que se trata do SISTEMA DA DIVIDA – Com AUDITORIA DA DIVIDA – para vermos aonde ha as FALCATRUAS DO BANCO CENTRAL e ai vou acreditar mais nesta FRENTE PARLAMENTAR … !!!

  8. A maior perda de soberania é

    A maior perda de soberania é o Acordo Judiciario Brasil EUA de 2001, o Governo do PT nada fez e pior, terceirizou a execução do acordo fora do Ministerio da Justiça que era a autoridade NOMEADA no Acordo e transferiu esse poder para a PGR que

    desde então se relaciona diretamente com o Departamento de Justiça dos EUA,  sem prestar contas ao Poder Executivo.

  9. Como qualquer ser vivo a

    Como qualquer ser vivo a “democracia” não pode viver SEM o substrato material mínimo necessário. E esta condição material mínima EXIGE que cada um garanta e respeite o direito do mais humilde ter uma vida digna como se direito seu fosse.

    Pronto!… aí está colocada e escrita a pedra angular de uma democracia autêntica e não simplesmente nominal.

    Olhando, hoje, a situação em que os GOLPISTAS colocaram o Brasil – na UTI – ; e se permitirmos ainda irão leva-lo à morte, tirando-lhe os aparelhos que ainda funcionam e continuando a lhe administrar veneno na veia, chegamos à conclusão que salvá-lo implica em não tergiversar no diagnóstico e na terapia necessários:

    -Deposição do presidente ilegítimo;

    -Reconhecimento de que os atores do GOLPE estão confortavelmente instalados no Congresso Nacional, nos conglomerados de Mídia e em parcela do Poder Judiciário e do Ministério Público federal e estaduais;

    -Referendo Revogatório de todas as ações legislativas e administrativas do governo ilegítimo (Emenda Constitucional 55/2016; Lei 4567/2016; Lei 13.429/2017; MP 746/2016; MP 759/2016; Paralisação das atuais reformas Trabalhista e Previdenciária, etc.).

    -Eleições Diretas para Presidência e para o Congresso ( Senado e Câmara Federal);

    -Auditoria da dívida do Estado Brasileiro;

    -e aplicação do programa defendidos pela FPMDSN – Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional.

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