Tudo o que está acontecendo está deixando claro que o mainstream “gestão” não pode anteceder a tão desgastada noção “função política” dos governantes e representantes parlamentares da população.
Portanto, vamos refletir quando limitamos o governo em função da gestão, termo que foi apropriado pelo neoliberalismo para enfraquecer a função política do Estado.
Vamos também refletir, que o mainstream PIB, PIB, crescer, crescer, atende igualmente ao desejo neoliberal de priorizar a indústria, o agrobusiness. São eles que defenderam a indústria automotiva de carros particulares em detrimento do transporte coletivo, são eles que defendem o latifúndio contra as pequenas propriedades rurais, são eles que colocaram o povo em segundo plano.
O Brasil mesmo com crescimento de PIB baixo vem diminuindo a cada ano a taxa de desemprego, melhorando os salários e direitos do que estão na base social. Portanto, crescer é uma coisa, desenvolver é outra. Na década de setenta o PIB brasileira bombava e a taxa de desemprego aumentava, as condições sociais pioraram em muito mesmo com o PIB recorde.
Também, vamos fazer um freio de arrumação para afirmar que a ideia lançada por Dilma para que o congresso aprovasse a convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva não foi um erro, ao contrário, esse pronunciamento chamou à responsabilidade toda a parte inerte da sociedade que provocou os movimentos, exatamente os nossos poderes. A partir da proposta de Dilma entraram no jogo o legislativo e o judiciário, o executivo não estava mais só na sala com o o bode.
Sobre o recuo?
O próprio blog recentemente trouxe uma série de post analisando a política e a economia com base no jogo de xadrez. O avanço e o recuo podem ser, muitas vezes, estratégicos.
O governo demonstrou que acordou para a política e os defensores da gestão, redução da máquina, os que defendem o crescimento independentemente dos avanços sociais e do desenvolvimento do povo, perderam.
Leia aqui na íntegra a matéria A estratégia para enfrentar a crise
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