O fator Kassab, por Janio de Freitas

 
O impossível, até aqui
 
Folha de S. Paulo
 
O PL articulado por Kassab abre perspectivas de mudanças importantes no funcionamento do Congresso
 
Já que o impossível acontece, não será tão extraordinário que afinal o faça entre nós. Pois é isso mesmo que se vislumbra, e, talvez como compensação por tanto tempo de mesmismo, o impossível em dose dupla.
 
Aos poucos se esboça uma conjugação de fatores voltada para consequências alheias às intenções que os geraram e os impulsionam. Como sobras que, além de imprevistas, passam a ser o principal.
 
Elemento decisivo em todas as situações políticas nos sinuosos 30 anos desde o fim da ditadura, o PMDB e sua potência estão sob fortes ameaças. Uma delas, de procedência interna. Como efeito colateral e subterrâneo, digamos, do objetivo peemedebista de manter a presidência da Câmara. Seu candidato natural, Eduardo Cunha, líder da bancada, tem relações ruins com o governo e não convive com o PT como o aliado que o PMDB diz ser. Sua campanha não explicita projeto político, ou mesmo propostas para melhor funcionamento da Casa, limitando-se à vulgaridade das promessas materiais, e mal definidas, para a massa dos deputados fisiológicos.
 
Mas Eduardo Cunha não evita a insinuação de que, se eleito (por ora, é o favorito), seu convívio com o governo promete ser igual ou pior que o atual. O nível e os desdobramentos mudarão, porém.
 
Nesse caso, em termos institucionais haverá a hostilidade entre dois poderes. Em termos partidários, o poder da Câmara conduzirá um segmento do partido a contrapor-se ao vice-presidente da República, que simboliza a aliança do PMDB com o governo. E se oporá, ainda, ao presidente do Senado e do Congresso, além de a senadores peemedebistas. Contingência partidária difícil, portanto, e tendente a desfecho traumático e enfraquecedor do PMDB.
 
A alternativa a um encaminhamento assim seria, ainda no caso de eleição de Eduardo Cunha, a inversão mútua das suas e das disposições do governo. Uma improbabilidade renitente, a julgar pelo que se conhece dos dois lados.
 
Em paralelo a esse PMDB em suspense, corre quase em silêncio a formação de mais um partido, o PL. Seria só isso mesmo, mais um partido, não fosse ideia e obra do mais surpreendente dos políticos surgidos nos tempos recentes. Já criador do bem sucedido PSD, Gilberto Kassab leva sua ousadia a uma operação de admirável criatividade política: um novo partido que, obtidas as esperadas adesões, se incorpora ao PSD e o torna uma força, no mínimo, equivalente à do PT e à do PMDB.
 
O PL poderá mostrar-se opção promissora para muita gente, mas seu alvo preferencial são peemedebistas. Para muitos dos quais representa a oportunidade de maior aproximação aos benefícios proporcionados pelo governo. Aquelas vantagens do governismo sempre disputadas com muitos concorrentes no PMDB e, em geral, ou destinadas aos de sempre ou insignificantes. Atração bem visível, o prestígio do ministro Gilberto Kassab e do PSD no governo não é menor que o do PMDB. Muito ao contrário, com bons motivos para isso: como aliados do governo, Kassab é sutil e leal, o PMDB é famélico e prepotente.
 
Nova distribuição das forças na Câmara, com a perda da condição de elemento decisivo pelo PMDB, muda a configuração política. Se acontecer, abre perspectivas para modificações importantes no funcionamento do Congresso e para a apreciação de muitas das aspirações que o PMDB bloqueia. A reforma política, por exemplo. Cujo primeiro passo estaria dado na própria redistribuição das forças partidárias no Congresso.
 
Ou seja, o impossível, até aqui.
 
Redação

44 Comentários

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  1. O que Janio ”esquece” ou

    O que Janio ”esquece” ou esquece mesmo( sem aspas) é que todo esse projeto é alimentado peloi PT pra se livtrar do PMDB.

             É impossível afirmar,mas não creio que depois de realizado o projeto,Kassab será mais bonzinho que o PMDB.

                 Ou seja, o PT esteve,está e estará sempre sitiado.

                          Com o passado apagado ,o presente e o futuro tendem a apagar tbm com qualquer ”aliado” que seja.

                             Triste fim pra quem teve um espetacular começo.

    1. Sitio

      Anarquista,

      não é o PT que esta sitiado. Eh o sistema politico-eleitoal brasileiro que produz essa aberração. Enquanto foir assim, qualquer partido no poder que não tiver uma base importante e forte e a midia e o judiciario amparando, sera sempre refém desse sistema perverso do toma-la-da-ca. Por isso a necessidade da Reforma Politica, que tanta polêmica causa.

  2. Um partido que não tem

    Um partido que não tem ideologia, visão de mundo, estrategia de Pais, propostas de Governo é um ABORTO POLITICO.

    Não tem logica, a expressão “partido” deriva de parte, parte da politica, parte que significa objetivos proprios desse partido. O “esquema” Kassab é na realidade um bandeira de conveniencia, como os navios com bandeira da Liberia ou do Panamá mas que não tem nada a ver com nenhum desses paises, apenas alugam a bandeira.

    Kassab é um reles corretor, compr, vende, aluga e faz leasing de politicos, é uma aberração que só pode existir no pantano politico brasileiro, é como um ramo de negocio, tem sirios libaneses no ramo de armarinhos, confecção, tecelagem, construção civil, radio e tv, papel, revenda de automoveis e tem outro no ramo da politica, é um ramo de negocio,  como o Janio  entra nessa conversa de 25 de março, ele não enxerga ?

    Kassab, como todo levantino esperto, viu uma oportunidade, uma brecha no vazio completo da Camara e oferece seus serviços de corretor, alicia, dá mais votos ao Governo e apresenta a fatura para pagar em 30 ou 45 dias fora o mês,

    é um negociante de bazar, desses que se encontra por todo mundo arabe, não acrescenta nada ao Governo, só o desmoraliza mais, é o fim da linha do fisiologismo sem sequer um disfarce.

    Mas o PMDB não é assim? Claro que não, por mais fisiologico que seja o PMDB tem historia, cadastro, curriculo, legenga, tradição, não é uma lojinha vagabunda onde se faz qualquer negocio. Kassab é o NADA politico, não tem enm conteudo algum, foi um pessimo prefeito de São Paulo, escorraçado pelos paulistanos, deixou m legago pavoroso que permitiu a eleição de Haddad como contraponto e agora o PT vai abraça-lo? Qual o futuro de Pais com semelhantes criaturas?

    1. Prezado André
      O governo esta

      Prezado André

      O governo esta pedindo socorro, o dia fatídico é 01/02/205, qualquer ajuda é bem vinda.

      Logo, tem que negociar, até com o diabo (s).

      Abração.

      1. O preço ai no caso equivale a

        O preço ai no caso equivale a vender a mãe no bordel, dá ansia de vomito. Porque escolheram o Chinaglia? Se o candidato do Governo fosse de outro partido aliado e não do PT, poderiam ter o apoio da oposição, onde Cunha é mal visto, isso é politica com P, não se vender ao Kassab.

        Na queda do Severino Cavalcanti o PT apoiou Aldo Rebelo, que fez uma excelente Presidencia da Camara, aquilo sim foi Politica de inteligencia e estrategia. Mas isso exige cerebors, hoje não tem ninguem para fazer jogo de inteligencia.

         

        1. E que problema teria veder a

          E que problema teria veder a mãe no bordeu???? . . . . Depois desta tal de Delação Premiada conceitos urgem serem revistos . . . . vai que a velha gosta???!!!!!! . . . a minha não, lógico . . . . . .

        2. Severino e o achaque de vinte mil reais.

          Acorda, André. Você se esqueceu do “fator Severino”. Quem o elegeu Presidente da Câmara? PSDB, PFL e parte do PMDB. Para derrotar o PT, o PSDB topa tudo, até vender a filha algemada a um bordeu de terceira. Abraços.

          1. Negativo. Aldo Rebelo é do PC

            Negativo. Aldo Rebelo é do PC do B, partido historico da base aliada do PT, desde a primeira eleição de Lula, foi eleio presidente da Camara com votos de todos os partidos mas especialmente do PT.

    2. Toda Democracia possui

      Toda Democracia possui políticos profissionais, isso não é exclusivo do Brasil. Denunciar o Kassab por ser um político fisiológico ao memso tempo em que se louva o PMDB e sua “história” é não ter noção do ridículo.

      A histórica do PMDB começa com os políticos profissionais de Minas Gerais, ainda no fim do Império. Maior colégio eleitoral do país, MG compensava sua fraqueza econômica valendo-se de seu peso político. Mesmo com o crescimento populacional derivado da expansão de sua economia, SP não conseguiu alterar o coeficiente eleitoral, dada a resistência dos mineiros. O apoio de MG cobrava a implementação de projetos no estado e, principalmente, a disponibilidade de cargos para seus apaniguados. Essa era a essência do Pacto de Ouro Fino, que perdurou por boa parte da República Velha.

      O PDS do período varguista era a acomodação dos fisiologistas mineiros na nova estrutura partidária. Era o partido oficial, o partido do governo. Com a instauração do bipartidarismo, os políticos do PDS e parte dos políticos oriundos do trabalhismo foram se alojar no MDB, a oposição consentida. Com a redemocratização, grande parte do trabalhismo abandonou o MDB para formar novos partidos, como o PT, PDT, etc., ficando o PMDB com a estrutura fisiológica.

      Qual a ideologia do PMDB?

      A ideologia do PMDB é ser governo, assim como o antiogo PFL, o PSDB e os demais partidos conservadores brasileiros. Ser conservador no Brasil é parasitar no governo, por isso esses partidos não sabem fazer oposição e minguam quando ficam distantes das tetas do Estado(vide o PFL). Essas contradições são equacionadas na ideologia do bacharelismo, basta contrastar a realidade dos maiores defensores do neoliberalismo no Brasil, como Rede Globo, PFL, PSDB, etc. instituições formada spor pessoas que não sobreviveriam uma semana sem os recursos do Estado.

      1. Sua analise historica é boa.

        Sua analise historica é boa. O partido a que vc se refere é o PSD – Partido Social Democrata e não PDS.

        Faço alguns reparos. O PMDB não é só a conta de votos na Camara. O PMDB tem Governadores, Prefeitos e Senadores em elevada quantidade, algo que o Kassab não tem. O grupo de votos do Kassab é atraido exclusivamente por vantagens, não há a ligação da historia comum, estão com ele apenas para dividir o butim. É um aliado fragil e perigoso,

        não há nenhum “bond” , nenhum elo em comum entre esses votantes. Kassab é careiro, o PMDB é barateiro, a conta de Kassab se for por causa dele que Cunha perde, será carissima, BNDES, BB ou CEF.

        Há dois preços a considerar, a vitoria do PMDB e o da derrota do PMDB. Se este perder tambem haverá uma conta a pagar porque o PMDB se considerará traido, é o aliado “”natural”” do PT, tanto que tem a Vice Presidencia e o amargo da derrota será em algum momento colocado na mesa.

        Na politica há axiomas, um deles é que o aliado velho  é conhecido, o de ocasião pode ser uma surpresa.

        1. Isso, o PSD, obrigado pela

          Isso, o PSD, obrigado pela correção.

          O partido do Kassab também terá governadores e prefeitos, vi uma notícia essa semana falando, se não me engano, em 3 governadores e mil prefeitos, algo assim.

          Não vejo essa identidade no PMDB, muito pelo contrário, é um partido conhecido por ser fragmentado, parte é oposição, parte governo, era até chamado de aglomerado de capitanias, e sempre foi assim.

          Também não vejo essa diferença de preços, o Kassab ser caro e o PMDB ser barato, na verdade, com mais opções, a tendência é cair o preço do fisiologismo. O PMDB sempre mirou nos ministérios com maiores verbas, como Transportes, com mais uma opção, haverá maior margem para o governo barganhar apoio.

          Sobre o axioma, o PMDB é de fato um velho conhecido, velho conhecido por trair seus aliados, por descumprir acordos, por ser um aliado frágil e instável. Mais uma vez o contraste com o Kassab, que possui um histórico de lealdade com seus aliados.

          Há mais um ponto forte de convergência entre o Kssab e o PT: São Paulo. O PT já se deu conta de que nunca(ou pelo menos no futuro visível) governará SP, o maior reduto anti-petista do país. Daí que não há conflito de interesses nas pretensões de Kassab ao Palácio dos Bandeirantes, na verdade há convergência. É uma vantagem para o PT que o maior estado do país deixe de ser governado pelo PSDB.

          Kassab foi o Alckmin do PFL, foi ele quem estruturou o partido no estado, Kassab possui a maior malha de apoio político no estado de SP, atrás apenas do Alckmin. Em 2018, com Alckmin fora da disputa paulista, Kassab será o candidato mais forte para o Palácio dos Bandeirantes, enfrentará a máquina política tucana(sem Alckmin e com o desgaste de décadas de PSDB no governo), e terá no PT um aliado natural.

          1. O PSD tem 2 Governadores e

            O PSD tem 2 Governadores e 497 Prefeitos. A hipotese de Kassab ser um candidato viabel ao Palacio dos Bandeirantes é bem remota, especialmente depois de ser carimbado como aliado fudamenal do PT, já era remota antes disso por causa de sua má administração como Prefeito de São Paulo, uma coisa é ser bom como aliciador de deputados, outra coisa e ter imagem de solidez politica.

          2. Não falava do PSD, mas do PL,

            Não falava do PSD, mas do PL, A notícia falava em negociações com governadores e senadores de outros partidos, que migrariam para o PL.

            A política de São Paulo é provinciana, o PSDB está há mais de 20 anos fazendo uma má administração e governo no estado e nem por isso deixa de eleger seus candidatos. Serra foi um péssimo prefeito, mentiu(firmando em cartório)ao eleitor, e mesmo assim se elegeu governador.

            O que move a política paulista é a capilaridade via máquina pública, baseada no clientelismo. O PSDB tem isso(graças ao Alckmin), o Kassab também. A apropximação com o PT é secundária, ou nem isso. Até o Alckmin vem se aproximando dos petistas, sem que isso comprometa sua votação. Alckmin nunca fez política com base no anti-petismo, e o Serra não é ninguém sem o apoio de um articulador como o Alckmin. Vide como, na campanha para a prefeitura, quando Serra quis revidar a derrota sofrida por Alckmin para indicação das eleições presidenciais, a quem ele recorreu?Exatamente, Gilberto Kassab, o outro grande articulador político do estado de SP.

            A política de SP é baseada nas prefeituras, é isso que o Alckmin faz quando governador. Por que você acha que o Kassab escolheu o Ministério das Cidades?Ele vai usar a máquina ministerial federal para fortalecer sua posição no interior do Estado de SP, e se alinhar ao Haddad na capital, preparando sua candidatura para 2018.

            Alckmin é o rei da política paulista, Kassab o príncipe. 

    3. Sem racismo.

      NÃO GOSTO DO KASSAB. Foi um péssimo prefeito de São Paulo. Não o queria no ministério, mas Dilma enxergou mais longe. Melhor Kassab no ministério do que Cunha presidente da Câmara, e portanto, segundo sucessor da Presidência da República. Kassab é o espertalhão, Cunha, o mundo cão. Mas uma coisa, caro André Araújo, é seu tom racista e preconceituoso. Nenhum árabe é de compra e venda, os que fizeram sucesso em São Paulo trabalharam muito. Chegavam de manhã cedinho às suas lojas na Rua 25 de Março, trabalhavam o dia inteiro e comiam de marmita. Colocoram os filhos na USP, como Kassab (Politécnica) e Haddad (Faculdade de Direito). E Nassif, ECA-USP). esses descendentes de sírios, libaneses e árabes em geral que fazem sucesso, o fazem à custa de seu próprio esforço. Os descendentes de sírios, libaneses e do Oriente Próximo em geral merecem todo o respeito como merecem todos os outros brasileiros, que sejam descendentes de pretos, japoneses, judeus, não importa, devem ser analisados pelo que fazem e fizeram, e não pela ascendência.Racismo, não, racismo, nunca!

      1. Meu caro, não preciso de

        Meu caro, não preciso de lições nesse campo. Meu avô Jorge Haddad foi o primeiro dono de jornal arabe de São Paulo e lider da comunidade, isso antes da Primeira Guerra, o avô dele, Nasif al Yaziji (veja na Wikepedia) foi um dos maiores intelectuais sirio libaneses do Secilo XIX e fundador do Partido Baath. Meus primos irmãos Richard e Jane Antoun são

        autores fundamentais em inglês sobre fundamentalismo , Richard Antoun escreveu o livro mais vendido nos EUA sobre o fundamentalismo arabe,  Professor Emérito da Universidade de Nova York.

        Comentar a trajetoria de uma etnia, seja japonês, alemão, russo ou italiano não é racismo. Se assim for acaba a sociologia, a atntropologia, a historia, nada pode ser falado ou descrito, ninguem disse que arabe não é trabalhador e sim que são

        profissionais da compra e venda, da negociação e da transação.

  3. Penso como Jânio

    Penso como Jânio, a luta incessante dos congressistas para levarem respostas concretas as suas bases de apoio vai alvoroçar todas as cartas  desse jogo, por hora marcado. Também vejo Kassab como um negociador leal, e isso não quer dizer que dirá sim a tudo. E se o PT ainda assim reinasse sozinho na Câmara, seria ilusão achar que todas as suas pautas teriam unanimidade entre os próprios. Aguardemos.

  4. Dividir para governar

    Não o PT, mas a presença do PT no poder transformou o outrora influente PFL num partido nanico e o outrora elegantíssimo PSDB num pardieiro de jihadistas histéricos. Agora, ao que tudo indica, a reeleição de Dilma deve rachar o gigante PMDB, o ainda mais poderoso partido da era democrática.

    A estratégia petista está correta. Espero que Kassab seja bem sucedido e empurre de vez a banda podre do PMDB para o abismo. Governista que trabalha contra o governo não deve governar.

    A ambição sem limites ou escrúpulos de Serra destruiu o PSDB. Cunha está fazendo o mesmo com o PMDB.

    Ambos são corruptos, fisiológicos e amorais. Ambos se colocam acima dos interesses dos partidos ou da nação. Ambos conseguem uma ou outra migalha no curto prazo, com poder de propina ou chantagem. Depois somem na poeira.

    No fim, a decadência dos indecentes torna o país melhor. O partido de Kassab pode crescer mas duvido que se torne tão grande quanto o PMDB (seria trocar 6 por meia dúzia).

    1. Kassab foi Presidente do PFL

      Kassab foi Presidente do PFL de São Paulo por anos, o PFL era a antitese do PT, como agora ele pode ser aliado do PT?

      Vai arrumar os votos para eleição da Camara e depois? Qual vai ser a fatura? Porque o PT acha que ele é melhor que o PMDB? Pode ser muito pior, o PT está trocando a mlher antiga cheio de defeitos mas que ele conhece bem e sabe como  é por uma mercenaria que se vende no varejo e cujo comportamento futuro ele nem sequer pode imaginar.

      Porque em 2018 o mesmo elemento não pode se vender ao PSDB, do qual ele já foi aliado?

      Ou ele pode apoiar o PT e querer ser Vice Presidente, a ambição dele não conhece limites, a noção de politica dele é a corretagem, com todos seus defeitos o PMDB tem mais consistencia e interesse na estabilidade do regime.

      Me parece que essa invenção do Kassab tem a cara do Mercadante, uma visão da politica como expedientes de ocasião.

      1. Seu comentário é

        Seu comentário é completamente equivocado, Kassab possui uma característica marcante: não é ideológico, joga a política realista.

        O PT não vai trocar sei por meia dúzia ao “trocar” o PMDB pelo partido do Kassab, simplesmente porque essa troca não vai acontecer. O que acontecerá que é haverá dois PMDBs, partidos eminentemente fisiológicos, competindo pelas benesses do governo. O PT(ou qualquer governo)terá mais escolha.

        O PMDB se acomodou em sua posição, e a politicagem descarada do Cunha é prova disso. Cunha representa um tipo de fisiologismo antigo em vias de desaparecer, Kassab é a cara do novo fisiologismo. Outra característica de Kassab é sua lealdade, Kassab não dá facadas pelas costas, muda de lado, mas sem trair o antigo aliado. Nunca traiu Serra(pelo contrário), não traiu Dilma, o fisiologismo de Kassab acrescenta estabilidade ao sistema partidário brasileiro, Kassab é previsível, ele avisa sua posição.

      2. Acho que a conta do
        Acho que a conta do Mercadante é trocar um partido gigante por 2 médios em 2018. Dividir para conquistar.
        Concordo: é visão de ocasião, Kassab era adversário até anteontem, mas não vejo alternativa ao jogo pesado da oposição-mídia-judiciário.

  5. A luz no fim do tunel é o

    A luz no fim do tunel é o kassb? e ainda estão esperando para chamar uma constituinte exclusiva para a urgentissima reforma poçlitica? É o fim……………..

  6. O país não aguenta mais…

    Uma reforma política (ainda que tímida) é urgente e inadiável.

    É livre a criação de partidos, mas que seja extinta a coligação proporcional.

    O sistema proporcional lista aberta pode continuar, desde que proiba o financiamento privado.

  7. Kassab , Edurado Cunho,

    Kassab , Edurado Cunho, Pezao, Cabral, Garotino, Cezar Maia e todo esse lixo da nova politica Brasileiro são coisas EXTREMAMENTE DANOSAS aos interesses do Brasil

    Diante da iminencia de Eduardo Cunha ser o novo lider da camera dos deputados eu mesmo se pudesse colocario o Chinaglia no lugar dele, em que pese todos os porens e ressaslvas que tenho ao PT considero que trata-se de uma questão onde o interesse do pais vem em primeiro lugar…

    1. Coincidência

      Não por acaso, boa parte dos políticos que você citou são daqui do Rio, onde a política consegue piorar de nível a cada eleição. Um quadro desanimador.

    2. prazer em conhecê-lo melhor e/ou mais, leonidas…

      excelente sacada, com a qual concordo plenamente

      se o PT deixar acontecer, acreditando que vai se beneficiar com a nova configuração, só vai se ferrar mais ainda

  8. Se Kassab é leal, então ele é

    Se Kassab é leal, então ele é é peça chave do triunfo de Serra. Não se iludam, o plano está cada vez maior e mais articulado, só o povo que atrapalha, porque não conseguiu mais acreditar no PSDB (no plano nacional, ressalto). Não vou ficar nada admirada se em 2018, Kassab for candidato como vice do Serra. Apesar de esperto e negociador, ele deve sua carreira política a quem mesmo? Derrotado que come pelas beiradas como Serra, tem mais futuro do que o pequeno prícipe de Minas Gerais. Mas, não creio que ele chegue à presidência. Pelo menos, não aposto nesse horror.

  9. Esse partido do Kassab será

    Esse partido do Kassab será tão ruim ou pior que o PMDB.

    Fidelidade e amor entre politicos é igual nota de três.

    Entre ficar com um ruim conhecido, e um pior desconhecido, é melhor ficar com o ruim conhecido, até porque, já conhecemos as suas maldades.

    O governo/PT tem que ter cuidado  com canto da sereia kassab, eles podem morrer afogados.

  10. Kassab descobriu a mina de

    Kassab descobriu a mina de ouro: montar partidos novos.

    Sai fora das limitações de troca de legendas, e consegue atrais os descontentes de varias agremiacoes.

    E está se mostrando um agil e esperto politico e, como todo politico, busca o poder.

    Se conseguir equilibrar as forças divergentes, e montar um partido menos fisiologico que o PMDB,  terá conseguido ser a força que esta faltando para desmontar  esse jogo insensato do PMDB, que joga todas as fichas num desclassificado para presidente da camara federal.

    Talvez sonhem com o impeachment da presidenta. Corolario: Michel Temer presidente da republica.
    E com Cunha presidente da camara, será um salve-se quem puder. O país entra em uma crise profunda, provocada pela revolta dos movimentos sociais. 

     

  11. não me leia

    .Esse cara é o ”estrategista” , creio que ele vai ficar na linha de frente ,caso o PMDB chore mais por leite foi uma bela escolha , não se pode esquecer do ”partido novo” que reúne millenium, globo, endireita brasil,mises [ a massa ultra cheirosa do psdb]. enfim no momento em que a Presidente deve estar mais reclusa. Quando a direita faz ultrasonografia, análise psicológica bate rebate entre blogs ….até os de esquerda que AINDA seguem a agenda nos chamados ”jogos bolivarianos” , Eu aconselharia a todos tentarem o jogo ”recluso” , estamos em momentos de ccc onde até quem poderia dar apoio, opta pelo caminho fácil de atacar .

  12. Continuo vendo as estruturas

    Continuo vendo as estruturas sociais se movendo. A incerteza que está tremendo sob os pés dos operadores políticos é a emergência insofismável do furúnculo que é o financiamento de campanha.

    Está difícil captar recursos para os partidos, ao passo que as estripulias com fundos públicos estao cada vez mais vigiadas. O “mercado” está “avesso ao risco”, por um lado, e a democracia está cada vez mais atenta. Os “negocistas do Estado” estão sem chão.

    Neste instante ser governista é “estratégia dominante” para a sobrevivência política.

    Aqueles que estão “na beira do precipício” vão fazer de tudo pra sobreviver ou dar a “volta por cima”. Essa ala do PMDB – e também do PP, PR, PTB… – que se criou à base de chantagem política está desesperada sem saber se fica com Cunha , com a têta ou com os dois.

    A típica história do passarinho na mão ou dois voando…

    É jogo pesado onde os donos da comunicação estão jogando todas as fichas para continuar tangendo a boiada. Esse é o verdadeiro e atual “poder desequilibrador” – como José Murilo de Carvalho em outro momento se referiu aos militares.

    O Judiciário? Ah, o Judiciário “advoga” para qualquer lado que o vento soprar. Não há consciência democrática na nossa cultura bacharelesca; nunca houve. Raimundo Faoro já demonstrou isso.

    Basta notar um Gilmar Mendes, epígono da direita atual, que julga contra a Lei, contra a Lei, só por causa da “cara” do réu.

    Continuo também perplexo com o campo acadêmico completamente alienado, alienado, como se estivessem assistindo a um fla x flu despretensioso.

    Só falta convocarem “os jovens” depois de ouvirem o Hino Nacional ser entoado após a eleição do Presidente da Câmara.

  13. “Eduardo Cunha não evita a

    “Eduardo Cunha não evita a insinuação de que, se eleito (por ora, é o favorito), seu convívio com o governo promete ser igual ou pior que o atual. O nível e os desdobramentos mudarão, porém”:

    Impossivel.  O “s” de “isso” nao deixa qualquer duvida.  Ele se ama tanto que beija ate espelhos. Ele eh a cara do PMDB.  So pensa em si mesmo…

     

    (Ah, voce nao ouviu o “isso” ainda?  Que pena.  Eu ouvi.)

     

     

    (A policia federal tambem ouviu.  SE fossem menos burros ja teriam pedido a cassassao dele.)

  14. Marina, Por Que Não Contrata Logo o Kassab?

    O que Jânio escreve, para variar, faz muito sentido, mas mais sentido faria, Marina contratá-lo como consultor para que a criação do partido desejado para chamar de seu, até agora sem sucesso, finalmente aconteça, né, dona Néca?  

  15. Kassab e seus dois partidos.

    O Ministro das Cidades tem a chave do cofre pras Prefeituras. Projetos de infraestrutura das cidades, creches, programas habitacionais, mobilidade urbana, isso tudo passa pelo Orçamento do Ministério das Cidades. As próximas eleições são para Prefeitos. É essencial para os Deputados Estaduais estarem de bem com os Prefeitos, e as bases. A água, mesmo em tempo de seca, naturalmente, corre para o mar. E em tempos de farinha pouca, meu pirão primeiro.

    Ora, o ACM Neto quer um lugar ao sol, e não será no DEMo. A recriação do PL irá levar ao fim do DEMo, um partido nascido para viver nas burras do Governo. E o DEMo se assumirá como o partido da direita radical.

    A filosofia política manifestada por Kassab é: se hay Gobieno, soy a favor. E, pelo menos nessa legislatura, o PSD/PL – o velho Centrão – cobrarão um preço menor à Presidenta Dilma que o gigante PMDB – a grande confederação de caciques regionais -, pois chegam agora ao Governo Federal. Logo, para o Dilma – e qualquer governante de plantão, é bom ter alguém capaz de se parecer mais fiel que outro no Parlamento. Como teve FFHH, com o PFL e o PMDB dividindo a preferência de quem seria o melhor parceiro do Governo no Congresso.

  16. Derrotar Cunha é imprescindível…

    Para derrotar o fisiológico traíra, capaz de causar o impeachment da presidenta vale, vale tudo. Esse tal de Cunha não pode ganhar a presidência da Câmera. A governabilidade ficaria sob risco. Viveremos anos de intranquilidade sem fim. Fora Cunha! Vivas a quem puder contribuir para derrotá-lo

    1. Novo? Ele circula há 25 anos

      Novo? Ele circula há 25 anos na politica de São Paulo, presidente do PFL paulista, deputado federal no 4º mandato, pode ser novo para você.

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