Parlamentares querem reajuste salarial igual ao do Supremo

“Há colegas que não dependem do salário, mas outros dependem e passam necessidades”, diz candidato à presidência da Câmara
 
Deputado Fábio Ramalho. Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
 
Jornal GGN – O atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que concorre à reeleição na Casa, e o seu concorrente, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) defendem o reajuste salarial dos colegas. A apuração é do Estado de S.Paulo. Atualmente o salário bruto de cada deputado federal é de R$ 33,760, superior ao recebido pelo Presidente da República e pelo vice-presidente e ministros de Estado (R$ 30,934). 
 
O debate ganhou força por conta do aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de 16,38%, aprovado no Congresso. Com a mudança, os salários de cada magistrado da Corte saltará de R4 33,7 mil para R$ 39,3 mil. O valor serve como teto para o funcionalismo público do setor. 
 
Desde 2011 tramita na Casa uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), não reeleito, que propõe que senadores, deputados, ministros de Estado, presidente da República e vice, tenham salários idênticos aos dos ministros do Supremo. Em entrevista ao Estado, Marquezelli disse que a proposta é vantajosa porque limita o teto em todo o país para o funcionalismo público. O lado ruim, é que ajusta para cima. 
 
Sem falar especificamente da PEC, o candidato à presidência da Câmara, deputado Fábio Ramalho, vem defendendo o reajuste salarial de seus pares. “Há colegas que não dependem do salário, mas outros dependem e passam necessidades que a gente não sabe. É preciso dar ao parlamentar uma melhor qualidade de vida. Não é aumento de salário: é reajuste dentro da lei”, disse. 
 
Ainda, segundo o Estado de S.Paulo, Maia também é favorável ao reajuste. A eleição que irá definir a direção do Congresso acontecerá no dia 1º de Fevereiro. Pela regra das duas casas parlamentares, o aumento de salário para deputados e senadores pode ser aprovado em 2019 e entrar em vigor no mesmo ano. 
 
Em novembro, após a Câmara, o Senado aprovou o reajuste salário dos ministros do STF. O impacto calculado pelo reajuste, que irá beneficiar todo o funcionalismo público do setor judiciário, deve variar de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões por ano, às contas públicas. 
 
Quando questionado sobre o aumento em um momento de crise econômica no país, Ramalho usou o argumento de que bons salários evitam a corrupção:
 
“É melhor o parlamentar ser bem remunerado porque você pode cobrar dele a lisura, mas eu também defendo a reforma da Previdência, que conserta tudo isso”, sugerindo, assim, uma troca pelo reajuste dos parlamentares. 
 
Redação

2 Comentários

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  1. A lisura recomendada

    Ora, ora, nem se vá falar de lisura parlamentar neste nosso bananal pois que maior lisura que a deles não há.

    Eles tem a cara lisa e dura, envernizada com puríssimo óleo de linhaça e lustrada com óleo de peroba.

    Agora então, a serviço do Messias, eleito por obra e graça – mais obra do que graça, e que não é só ungido mas também untado, por que não molhar-lhes as mãos com mais essa benesse.

    Reajuste salarial?

    Eu também quero!

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