Partido Novo é braço do PSDB, do Judiciário e Rede Globo, diz Gleisi

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação

Da RBA

‘Partido Novo é braço do Alckmin e do PSDB’, diz Gleisi

Em discurso na tribuna do Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta do PT, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaça a eleição de 2018. “Lula é um risco para essa eleição, o risco de ganhar no primeiro turno.” Segundo ela, essa possibilidade move os setores conservadores na ofensiva contra ele.

“O ministro (Luís Roberto) Barroso teve o acinte de dizer que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é a voz final. Mas nada é tirado da jurisdição do Supremo Tribunal Federal. Nada, nenhuma matéria”, disse.

“Não bastasse isso, temos agora um conluio, desse tal de Partido Novo, que é um braço do Geraldo Alckmin, do PSDB, de setores do Judiciário e da Rede Globo, sempre presente para impedir o Lula.” O Partido Novo é uma legenda presente em várias ações contra o PT no Judiciário.

Ela protestou contra as tentativas do TSE de impedir os programas eleitorais do partido. “Aí já  foi demais, porque o TSE e os ministros, inclusive da Suprema Corte, ficariam muito expostos. Porque a situação do Judiciário no Brasil é de desrespeito em relação à opinião pública internacional. Principalmente depois dessa decisão da ONU não respeitada aqui, a opinião pública internacional olha com desconfiança para o Judiciário brasileiro e a democracia brasileira”, afirmou Gleisi.

Ela citou o dispositivo da Lei Eleitoral que garante os direitos políticos de um cidadão processado, enquanto seu direito defesa puder ser exercido, e também foi ignorado. “A Lei Eleitoral é clara em seu artigo 16-A ao dizer que o candidato que tem seu registro eleitoral indeferido pela Justiça eleitoral pode permanecer na disputa sub judice até o último recurso”, lembrou a senadora.

“Não tem nenhum candidato que foi proibido de disputar sub judice. Não existe isso.” Ontem o ex-prefeito e candidato a vice na coligação, Fernando Haddad, anunciou que o PT e a defesa de Lula estão entrando com recursos no STF e na ONU para exercer o direito do ex-presidente de ser candidato.

Gleisi voltou a mencionar a atuação conjunta de atores do atual  processo eleitoral: “A Globo não consegue derrotar o PT. Vocês vão ter que encarar a gente na urna. Não vão conseguir vencer. Até agora não conseguiram. Não temos medo desse processo, mas tenho que denunciar aqui o conluio entre setores do Judiciário, do Partido Novo e da Rede Globo”, desafiou. 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Só o partido “novo”? (mais velho que isso, só na Suméria…)

    Aliados ao golpe, à banca, a venda do país, à verdadeira bandidagem (corrupção inclusa), ao descaso pelo brasileiro fora eles, enfim, aos 518 anos de atraso, com alguns poucos períodos de progresso, estão os candidatos que não mudarão po##@ nenhuma disso tudo que voltou com Temer, que executa um programa do PSDB, iniciado com FHC e, mais antigamente, desde a primeira república, dos p(l)utocratas oligarcas que sempre empestearam este país cada vez mais atrasado.

    Alvaro Dias, Meirelles, Amoêdo, Alckmin, Bolsonaro (Paulo Guedes) e Marina (esta por ingenuidade e rancor) são todos opções da mesma tentativa de derrotar o progressismo.

    Desde a volta das eleições diretas para presidente, o que sempre tivemos foi uma po##@d@ de candidatos da Casa Grande populando as eleições para ao final poder escolher o mais “forte” para derrubar o progresso da sociedade brasileira.

    Vão tentando promover desde o preferido até o que lhes restar, conforme se desenham as pesquisas. Hoje vão investir em Alckmin, Amoêdo e Meirelles. Marina, se ela mostrar chances. Álvaro não tem chances.

    Se perceberem com o tempo que vai dar Bolsonaro mesmo, contra algum progressista, vão nele mesmo. Afinal, já foi até chamado à um prévio papinho “Marinado Global”. Se der “eles contra eles” (entre “eles”), aí podem ir no preferido.

    Mas desde a eleição de Collor isto nunca aconteceu. 

    Além disso, não podemos esquecer neste imbróglio todo que:

    1) Temos que eleger também um parlamento federal decente, 28 parlamentos estaduais decentes e 28 executivos estaduais decentes. A oferta de candidatos é desesperadora, dos mesmos e dos seus herdeiros, sejam parentes ou afilhados.

    2) Há um candidato fortíssimo e que tede a ser decisivo: a cada vez mais temível urna eletrônica inauditável.

    Talvez seja por isso tudo que um crente na democracia como eu não esteja conseguindo mais enxergá-la direito.

    Talvez seja porque minha velhice já esteja afetando a minha visão…

  2. Partido Novo: banqueiros e Itaú montam seu próprio partido

     

    Estamos às portas do dia da votação praticamente sem conheceros quem é quem nessa farsa eleitoral….o eleitor não tem noção de quem é essa gente, o tal Novo que de novo não tem nada conseguiu, a partir do apoio as Jornadas de 2013, que resultuaram no golpe, angariar muitos desavisados: parte encontra-se no tal “novo” e parte vai de Bolsonaro…cruzisss

    Segue post da Carta Campinas:

    Partido Novo: banqueiros e Itaú montam seu próprio partido político para governar o Brasil

     

     

    O Brasil chegou a 73 partidos em processo de formação este ano no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    A criação de partido político virou uma espécie de lobby de setores econômicos e sociais. Cada segmento da sociedade parece querer ter seu partido.

    O chamado Partido Novo, que tem como candidato à Presidência da República o banqueiro João Amoedo (ex-diretor do Banco BBA, sócio do banco Fináustria, e ex-diretor do Itaú) é um bom exemplo. Na verdade, o Partido Novo é o partido dos velhos banqueiros e do setor financeiro, capitalizado principalmente pelo Itaú. O banqueiro candidato pelo partido declarou que tem um patrimônio de R$ 425 milhões. Isso mesmo, esse valor é o declarado, legalizado.

    Segundo matéria publicada no Valor Econômico, para driblar a atual legislação que proíbe financiamento de pessoa jurídica aos partidos, os caciques do banco Itaú bancam, em peso, os custos da “nova” agremiação. O Partido Novo pode ser chamado de PIU (Partido Itaú Unibanco). Veja os banqueiros que financiam o Partido Novo.

    Os financiadores do novo partido diz o jornal Valor: João Dionísio Amoêdo: R$4,5 milhões; Jayme Garfinkel (fundador e acionista da Porto Seguro): R$250 mil; Cecília Socupira (filha do dono da 3G Caítal, do grupo Itaú): R$250 mil; Pedro Moreira Salles (Presidente do conselho do Itaú Unibanco): R$150 mil; Eduardo Mazzilli (vice-presidente do Itaú): R$100 mil; Fernão Bracher (fundador do BBA, comprado pelo Itaú): R$50 mil; Israel Vainboim (ex-presidente do Unibanco): R$25 mil e Fábio Barbosa Ex-presidente do Santander e presidente da Itaú Social): R$15 mil.

    O povo precisa abrir o olho. O “novo” partido tem velhos figurões do grande capital e ideias antigas e reacionárias do século XVIII. (Carta Campinas/ SP Bancarios)

      

    http://cartacampinas.com.br/2018/08/partido-novo-banqueiros-e-itau-montam-seu-proprio-partido-politico-para-governar-o-brasil/

  3. Tragédia nacional

    Estamos às portas do dia da votação praticamente sem conheceros quem é quem nessa farsa eleitoral….o eleitor não tem noção de quem é essa gente, o tal Novo que de novo não tem nada conseguiu, a partir do apoio as Jornadas de 2013, que resultaram no golpe parlamentar-midiático-judicial, esses banqueiros conseguiram angariar muitos desavisados para seus planos políticos regressistas: parte encontra-se no tal “novo” que é mais velho do caranguejo andar prá trás, outra parte está com o Bolssonauro e outra parte fecha com o maior partido deste espectro ideológico escravocrata: a Globo….

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