Jornal GGN – Com o risco da reforma da Previdência não ser aprovada, hoje paralisada ainda na fase da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, e os primeiros descontroles do governo sobre o caso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu sinalizações de liberar recursos do Orçamento para os parlamentares aplicarem em estados e municípios.
No que chamou de “descentralizar recursos”, a proposta de Paulo Guedes foi transmitida aos deputados durante uma audiência na Câmara sobre a reforma da Previdência. Usando a bandeira já defendida por Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, desenterrou a promessa “mais Brasil, menos Brasília”, justamente em meio aos tropeços que sofre a proposta da reforma no Legislativo.
“Eu proponho, no pacto federativo, que haja justamente um empoderamento da classe política, no sentido de que não tem mais nada carimbado”, introduziu, sobre o tema. “Eu não gosto do carimbo [determinação prévia de liberação de recursos dentro do Orçamento]. Por outro lado, eu acho que ninguém mais legítimo para gastar o dinheiro do que um deputado que foi eleito, muito mais do que um ministro”.
Na explicação de Guedes para indicar aos parlamentares que ele está disposto a permitir uma maior liberdade do uso dos recursos da União pelos deputados federais, Guedes caracterizou o uso de R$ 10 a 15 milhões por um parlamentar como “levar um dinheirinho para a base dele”:
“O sujeito foi eleito, ele vem aqui, no Orçamento de R$ 1,5 trilhão, nos Orçamentos públicos são R$ 5 trilhões, e ele sai com R$ 10 milhões, R$ 15 milhões, e com esse aumento ele sai com um pouquinho mais, leva para a casa [em referência à aplicação desses recursos a nível regional]. Se somar tudo, dá algumas dezenas, não dá nem centenas de milhão, dentro de um orçamento de R$ 1 trilhão, eu vou dizer que está errado o deputado poder levar um dinheirinho para a base dele? Eu também não posso ir contra”.
A defesa dessa descentralização, no momento em que o governo enfrenta dificuldades para aprovar a reforma da Previdência ainda na CCJ, que foi atrasada para nova tentativa de votação somente após a Pascoa, não indica coincidência.
Da mesma forma, Guedes deu outro sinais de “recompensa” pela aprovação da pauta de seu interesse: falou em antecipar a Estados e municípios os recursos do leilão do petróleo do pré-sal, na Bacia de Campos, agendado para ocorrer no dia 28 de outubro.
Admitindo que o objetivo é angariar apoios regionais que impliquem em pressão dentro do Congresso, em uma espécie de “troca de favores, assim afirmou: “Estamos falando de, no mínimo, R$ 4 bilhões, podendo chegar a R$ 6 bilhões, uma possível antecipação da cessão onerosa. Depende da capacidade de aprovação das reformas”.
Assim, além da articulação a nível da Casa Civil dentro do governo Bolsonaro, por nomeações e cargos de segundo e terceiro escalões negociados em troca de apoio às reformas, mais especificamente a da Previdência, Guedes dá gestos visíveis de conceder “benefícios” a parlamentares, no que se refere a medidas econômicas, em troca da aprovação.
Na outra ponta, deputados governistas começam a abrir a possibilidade de se negociar outros trechos das mudanças nas aposentadorias, cedendo para conquistar outros apoios. Diante disso, há a possibilidade de o texto ser revisto ainda na CCJ, e a aprovação novamente adiada.
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O toma-lá-da-cá mudou o nome para troca de favores, assim pode.
E o povo deveria alertar que, quem votar essa trolha, será marcado nas proximas eleições.....
Os único favoráveis a esse idiotice são aqueles que não dependem de salarios e nem de aposentadorias, como muitos donos de emissoras de trash-tv .....
Ei, cadê a "NOVA POLÍTICA"?
Não deu certo?
Respeitoso kkkkkkkkkkkkk para o ministro e seu presidento.
A propina e suborno maqueado.
Isso mostra que não passam de uma quadrilha.