Receita Federal bloqueia bens de Eduardo Cunha

Parlamentar afastado também recebe multa de R$ 100 mil por inconsistência em sua declaração de 2010
 
 
Jornal GGN – O parlamentar cassado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve seus bens bloqueados pela Receita Federal, que também aplicou uma multa de R$ 100 mil sobre o deputado por concluir que os rendimentos declarados por Cunha, em 2010, não cobriam seus gastos. 
 
Essa é a segunda vez que o deputado é multado neste ano, a primeira vez foi no dia 6 de junho, pelo Banco Central, em R$ 1 milhão por ele ter omitido a existência de contas secretas no exterior. Outro recente revés sofrido por Cunha ocorreu no dia 14, quando o juiz Augusto César Pansini, da 6ª Vara Federal em Curitiba, decretou a quebra de sigilo fiscal desde 2007 e o bloqueio de bens de Cunha e de sua esposa, Cláudia Cordeiro Cruz. A defesa de Cunha está recorrendo a todas essas decisões.
 
Brasileiros
 
Após ter bens bloqueados, Cunha é multado pela Receita Federal
 
Ação aberta no final do ano passado concluiu que rendimentos declarados pelo deputado não cobrem seus gastos
 
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi multado em cerca de R$ 100 mil pela Receita Federal, por inconsistências em sua declaração de rendimentos do ano de 2010. No dia 6 de junho, o peemedebista já tinha sido multado em R$ 1 milhão pelo Banco Central por ter omitido a existência de contas secretas no exterior.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a multa aplicada pela Receita resultou de um auto de infração aberto em dezembro do ano passado: os auditores do órgão apontaram que houve gastos de Cunha que não estavam cobertos pelos seus rendimentos declarados em 2010. A defesa do peemedebista já entrou com recurso e o processo foi enviado ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
 
Essa foi a primeira derrota sofrida por Cunha na Receita Federal, que já havia quebrado seus sigilos por determinação do Supremo Tribunal Federal e enviado os dados à Operação Lava Jato.
 
Mas as multas aplicadas pela Receita e pelo Banco Central não foram os únicos revezes financeiros que Cunha sofreu neste mês. No dia 14, a Justiça Federal do Paraná decretou a indisponibilidade dos bens de Cunha e de sua mulher, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz. A decisão também quebrou o sigilo fiscal de Cunha desde o ano de 2007 e bloqueou os bens de empresas ligadas ao casal, como a C3 Produções Artísticas e Jornalística Ltda e C3 Atividades de Internet Ltda.
 
A ação que deu origem ao bloqueio dos bens de Cunha investiga a compra de direitos de exploração de poços de petróleo no Benin, em 2011, pela Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, o deputado recebeu US$ 1,5 milhão para que o negócio fosse concretizado.
 
Por meio de nota, o deputado Eduardo Cunha classificou a ação de “absurda”. A defesa do deputado já protocolou no Supremo Tribunal Federal um recurso pedindo que a decisão do juiz Augusto César Pansini, da 6ª Vara Federal em Curitiba, seja suspensa. O pedido está sob a relatoria do ministro Teori Zavaski.
 
O peemedebista já é réu em um processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, no qual é acusado de receber propina do esquema na Petrobras. Também já foi alvo de duas denúncias ao Supremo, também sobre o recebimento de propinas.
 
Nesta semana, Cunha teve a cassação do mandato aprovada no Conselho de Ética por 11 votos a 9. A decisão final caberá ao plenário da Casa.
Redação

4 Comentários

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  1. Penso que Cunha ficou tão

    Penso que Cunha ficou tão acuado que a única saída pra ele será se deixar prender pra ser o mais relevante delator dos últimos meses. 

    Como Lexotan é coisa do passado, Temer deve tá indo de Rovotril mesmo. 

     

  2. Inconsistência em declaração de 2010. São rápidos, hã??

    Quase, quase, passou batido, se não estou enganado com relação às regras da Receita.

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