Telmário Mota é o primeiro senador a defender Dilma

Jornal GGN – O senador Telmário Mota foi o primeiro a defender a presidente Dilma na votação pela admissibilidade do processo de impeachment no Senado Federal. Ele disse que estamos vivendo um momento “histórico e vergonhoso”. “Nunca se ouviu falar tanto em democracia. No entanto, essa democracia não está sendo respeitada. Porque o voto democrático nas urnas nesse momento está sendo retirado dos milhares e milhares de eleitores que tomaram uma decisão”, disse.

Para ele, o impeachment é um projeto de tomada de poder, que abrirá precedente e prejudicará a população. “Esse processo de impeachment da presidente começou pela ótica do revanchismo da oposição, principalmente do PSDB. Passou pelo ódio e a vingança do denunciado por corrupção Eduardo Cunha. E hoje poderá ser concluído com a contribuição de muitos oportunistas e alguns traidores”.

De acordo com ele, a presidente não cometeu nenhum crime. “A presidente Dilma não roubou, não desviou dinheiro, não cometeu crime de responsabilidade. É bom lembrar que a meta fiscal tem o prazo de um ano. Esta Casa não pode trabalhar com pegadinhas. Em dezembro os créditos foram anistiados nesta Casa. E quando falo de pedaladas, que é o Plano Safra, sequer tem a digital, a assinatura da presidente. Quem determina a parte contábil e financeira é o Conselho Monetário Nacional, o Ministério da Fazenda”, afirmou Mota.

Segundo o senador, o governo investiu no Plano Safra R$ 995 bilhões. “Sabe qual foi o retorno? R$ 2 trilhões. Esse plano é responsável por 53% da nossa exportação, por 30% do emprego formal deste país, por ter colocado no campo 60 mil novas máquinas, enquanto FHC colocou 27, Lula colocou 37. Quando o campo não planta a cidade não janta”.

Mota disse que o impeachment nasceu do revanchismo do PSDB, derrotado nas eleições. “Quem assinou esse processo foi o advogado Flávio Henrique Costa Pereira, coordenador jurídico nacional do PSDB. O PSDB tem bons advogados, mas esse é tão bom que é capaz de fazer de uma vírgula dois pontos, ou seja, da mentira verdade. Só ele assinou? Não. Teve mais um. Outro grande advogado, doutor Miguel Reale Júnior. Ele é filiado ao PSDB. Desde 1990. Alguém mais assinou? Assinou, a doutora Janaína Paschoal, por ‘amor à pátria’. Mas ela também ganhou R$ 45 mil para fazer isso. 45 é o número do PSDB. E suas marcas estão em toda essa caminhada. Mas o processo saiu da Câmara, veio pra cá. Agora o relator é uma pessoa neutra. Ah não, o relator é o Antonio Anastasia, do PSDB. O relatório dele trouxe coisas novas? Não. Nada de novo. Ficou na retórica, não conseguiu caracterizar o crime de responsabilidade da nossa presidente. Portanto, lhe faltou isenção, imparcialidade”.

Telmário Mota disse que Dilma vai pagar por ter investido contra os poderosos. E o país sairá pior desse processo. “Hoje, o que nós estamos vendo é uma verdadeira repartição já para o futuro governo. Saiu hoje aqui no jornal O Globo. A relação de 14 prováveis ministros. Desses, sete ministros envolvidos em corrupção. É esse o futuro? É esse o futuro do Brasil? Vocês que foram para a rua pedir um país diferente, nós estamos vendo um país que está votando a ponte para a desgraça, não para o futuro. Eles colocaram no dia da votação na Câmara ‘Tchau Querida’. Pois é. Tchau democracia, tchau respeito às urnas”.

Redação

3 Comentários

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  1. Primeiro senador favorável à Dilma, lembrei

    que ontem assisti uma pequena parte de Sergio Reis, hj deputado federal, dando uma entrevista que Dilma precisa sair pois vejam só:

    “Meu filho caçula,  e seus  dois filhos meus netos e esposa, foram morar em Portugal, pois aqui não dá mais.Veja que absurdo.”

    Absurdo dirão os pobres,excluidos dessa sociedade em que vivemos e que sofrerão muito mais diante o que nos agiuarda.

    Portugal será pouco para quem não consegue nem voltar ao Estado de origem.  Estou triste e vejo a rua parada, sem taxi

    circulando talvez estejam atocaiados no Anhangabau para bater em motorista de carro preto, algumas lojas fechadas, etc.

    Ainda poderemos ver Cunha leve livre, e solto e até voltando. Difícil acreditar para quem viveu 64.

    Parabéns senador Telmario Mota. 

    Pobre Brasil.

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