Temer desiste de reforma trabalhista e foca na Previdência e teto dos gastos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O governo Temer decidiu adotar o slogan “cada dia uma agonia” e deixou de lado a ideia de pautar uma reforma trabalhista antes de entregar as prioridades ao ajuste fiscal: a PEC que estabelece um teto para gastos públicos por 20 anos e a reforma da Previdência. A ideia é concluir o primeiro projeto ainda este ano e fazer a reforma com uma idade mínima para aposentadoria em 2017.

A reforma trabalhista vai ficar para quem vier após as eleições de 2018, diz a colunista Helena Chagas. Segundo ela, o governo entende que não conseguiria entregar todas as demandas em dois anos e, portanto, continuar abrindo o leque de propostas impopulares é suicídio político.

Segundo informações de Lauro Jardim, o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha comandou ontem à noite em seu gabinete a primeira reunião com as agências de propaganda responsáveis por formatar uma campanha que explique a reforma da Previdência. O objetivo, mais do que esclarecer, é reduzir a resistência ao projeto.

Ainda segundo Helena Chagas, Temer deve se agarrar apenas à proposta de terceirização, porque já está na metade do caminho – começou tramitando no Congresso no governo Dilma.

Por Helena Chagas

Reforma trabalhista vai para o espaço

Em Os Divergentes

Lideranças dos principais partidos da base governista estão fechando um acordo com o Planalto: ninguém fala mais tão cedo em reforma trabalhista. A única exceção é o projeto que regulamenta a terceirização, que já foi votado na Câmara e está no meio do caminho, esperando aprovação do Senado, há mais de um ano. Pode ser que este entre na pauta até dezembro. Outras modificações na legislação trabalhista vão ficar para as calendas.

O argumento principal dos negociadores do Congresso é na base do cada dia com sua agonia. Ninguém consegue aprovar no Legislativo tudo o que quer na hora em que quer e é preciso haver prioridades. Para o Planalto, as prioridades neste momento são, claramente, a PEC do teto dos gastos públicos, que querem votar ainda este ano, e reforma da Previdência, no ano que vem.

Se conseguirem cumprir essas metas – o que, convenhamos, será dificílimo – os governistas já se darão por satisfeitos. Limite de gastos por 20 anos e idade mínima para aposentadoria já representam revoluções em termos de ajuste fiscal. Quem conseguir isso vira santo e vai para o céu na religião do mercado.

É totalmente sem sentido, e um gesto políticamente suicida, portanto, ficar falando agora em mudar legislação trabalhista, entende a turma mais realista. Isso é assunto para quem se eleger em 2018.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Ah não. Que pena!
    Eu ainda

    Ah não. Que pena!

    Eu ainda estou torcendo para vir essa “reforma trabalhista”.

    Sério mesmo!

    Minha aposta era a de que com essa “reforma trabalhista”.

    Estou torcendo para  , como diz o o ditado, “ver o incêndio se alastrar com os bombeiros de greve”.

     

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