“Tropa de cheque” de Temer manobra na CCJ e revolta deputados

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que aguarda a leitura do parecer do deputado Sergio Zveiter sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Michel Temer, já começou com bate-boca. Isso porque, para garantir que terá os votos necessários à derrubada de um eventual relatório favorável à denúncia, o governo Temer decidiu trocar, à força, parlamentares que participam do colegiado.

Segundo Ivan Valente (PSOL), aliados do Planalto trocaram, nesta segunda (10), pelo menos 12 deputados que não fecharam acordo para salvar o Temer. Um deles, o Delegado Waldir, do PR, deixou a cadeira durante a sessão da CCJ aos berros.

“Este governo é bandido, é covarde”, disparou. “Cambada de bandido! Tá tudo grudado no saco do governo!”, disse em relação aos correligionários. “Quem manda é o Temer, esse bandido! É um lixo de governo! Quadrilha organizada!”, acrescentou. Até agora, o PR fez cinco mudanças na CCJ para beneficiar Temer.

 

Revoltado, o delegado Major Olímpio (SD) também se disse “arrancado” da CCJ por um governo “criminoso”. Ele afirmou que os deputados estão sendo “comercializados” pelas lideranças partidárias.

Um outro parlamentar que não pôde ser identificado gritou, fora do microfone, que Temer não tem “tropa de choque”, mas sim uma “tropa de cheque”, insinuando que o presidente tem usado cargos e emendas parlamentares para comprar votos em seu favor.

O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB), disse que é “prerrogativa” dos partidos, através de seus líderes, fazer trocas nas comissões permanentes, de acordo com a conveniência.

Pacheco também foi questionado por parlamentares de oposição a Temer por rejeitar os pedidos para que o procurador-geral da República seja ouvido durante a tramitação do processo. Ele também negou qualquer outro tipo de diligência. Em contrapartida, sinalizou que a defesa do presidente terá mais de uma oportunidade para se manifestar a favor do cliente.

Lideranças do PT informaram que vão recorrer da decisão.

Em breve, mais informações.

https://www.youtube.com/watch?v=lcpdBmHKfUM

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. O mesmo expediente usado no golpeachment

    Prezados,

    Só as carmelitas descalças e as velhinhas de Taubaté se ruborizam com esse expediente usado pelo governo golpista e quadrilheiro. É interessante observar como votaram esses deputados naquela noite da infâmia, em 17 de abril do ano passado, quando aceitram um pedido fraudulento de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff. 

    A pergunta que fica é: Não sabiam esses impolutos parlamentares quem eram Eduardo Cunha, Michel e demais quadrilheiros hoje no governo federal? Se sabiam, qual o preço que cobraram para empoderar a dupla Cunha-Temer? Se não sabiam, são completas betas, incpazes e despreparados para o exercício do mandatop parlamentar. Numa palavra: HIPÓCRITAS.

    As críticas acima, naturalmente, não se aplicam aos deputados que votaram contra o golpeachment.

  2. Ele ajudou ….

    “Quem manda é o Temer, esse bandido! É um lixo de governo! Quadrilha organizada!”

    Ese aí votou pelo impeachment de Dilma, ou seja, ajudou a colocar a “Quadrilha organizada!” onde ela está hoje.

    Tá reclamando agora porquê?

  3. Acho bom demais vendo os

    Acho bom demais vendo os golpistas se degladiando em público! KKKKKKKKKKKKK.

    É o desespero de quem tem a certeza que não se reelegerá.

  4. O Brasil ficará mais

    O Brasil ficará mais interessante se usar seu general para atacar e fechar a do golpista Rodrigo Maia.

    Enquanto os golpistas estiverem se matando uns aos outros o “povo forte” de Dilma Rousseff poderá organizar seu próprio retorno à força ao poder.

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