Após tumulto, Câmara retoma discussão da MP dos Portos

Após o tumulto de minutos atrás envolvendo os deputados Ronaldo Caiado (DEM), Antonhy Garotinho (PR) e Toninho Pinheiro (PP-MG) e que culminou com o encerramento da sessão, a Câmara retomou, há pouco, as discussões na terceira sessão do dia para tentar votar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. Neste momento, os parlamentares voltaram a apresentar pontos contra e a favor da votação da MP, que ainda precisa passar pelo Senado depois da Câmara para não perder validade, cujo prazo encerra na quinta-feira (16).

O incidente na sessão anterior aconteceu quando um parlamentar de Minas Gerais interrompeu a sessão com um cartaz em frente à mesa da Presidência, no exato momento em que o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) se defendia, na tribuna, das acusações de Ronaldo Caiado (DEM), que o acusou, pouco antes, de ser “chefe de quadrilha”. Uma nova sessão deverá ser aberta em instantes.

O líder do DEM na Câmara, o deputado Ronaldo Caiado, havia ocupado a tribuna da Câmara durante a sessão para acusar o líder do PR, Antonhy Garotinho, de ser chefe de quadrilha. “Com chefe de quadrilha, não se trata por excelência. Você é um chefe de quadrilha. Você não tem moral para enquadrar esta casa, para achincalhar estes parlamentares. Este chefe de quadrilha deveria estar preso”, disse Caiado. O parlamentar dos Democratas chegou a dizer que Garotinho fedia como “os porcos”.

O discurso do democrata, em tom acalorado e que levantou aplausos de parlamentares da oposição, veio pouco depois da primeira manifestação de Garotinho, em que o parlamentar carioca se defendia das críticas sobre o episódio da semana passada em que discutiu com o deputado Eduardo Cunha. Garotinho voltou então a responder ao deputado do DEM, também da tribuna, dizendo que, em nenhum momento, havia utilizado palavras de “baixo calão” contra os adversários.

“Não usei nenhuma palavra de baixo calão. Só disse que o argumento do PSDB e do DEM, que não votariam a MP, porque eu haveria falado mal contra a medida não era verdadeira. O que fiz foi dizer que minha crítica sempre foi e continua sendo à medida aglutinativa. Quando as pessoas não tem razão, elas partem para a agressão, para o roubo. Os que são fracos gostam de parecer fortes”, disse Garotinho. Foi quando o líder do PR afirmava que Caiado havia abandonado o ex-senador Demóstenes Torres que o incidente aconteceu.

Pouco antes da confusão, o presidente da Câmara, Henrique Alves, havia voltado a lamentar novos episódios de discussão entre os parlamentares em lugar da votação da MP. “Lamentável que uma cena que todos nós condenamos, volte a se repetir. Faço aqui um apelo que terei que dar como presidente da Casa”, disse. Os parlamentares agora aguardam para o início da terceira sessão do dia. Caso não seja votada pela Câmara e pelo Senado até quinta-feira (16), a MP perderá a validade.

O líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia, disse, à Agência Câmara, que não sabe se o incidente foi imprudência dos envolvidos ou “caso pensado” como forma de obstruir a sessão.

Redação

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