África vacinou somente cerca de 3,5% da população

Na África, 9 doses de vacinas foram administradas para cada 100 habitantes, contra 118 nos Estados Unidos, 104 na Europa, 85 na Ásia, 84 na América Latina e Caribe, 69 na Oceania e 54 no Oriente Médio.

África é o continente onde o ‘apartheid vacinal’ se revela mais intenso deixando em evidência como os benefícios da ciência ainda são para poucos. Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Os baixos índices de vacinação no continente africano preocupam. Segundo dados desta terça, dia 14, cerca de 3,5% da população foi totalmente imunizada contra o Covid-19. O anúncio foi feito pelo diretor do centro africano de controle e prevenção de doenças (África CDC), John Nkengasong, durante coletiva de imprensa. O índice é bem inferior ao objetivo de 60% da população devidamente imunizada.

O enviado especial da União Africana (UA) para o Covid-19, Strive Masiyima, clamou aos fabricantes para que facilitem a venda de imunizantes para a região, que recebe doações internacionais bem abaixo do necessário.

Ele instou os fabricantes a facilitar a venda, pois não querem o continente dependente de doações de vacinas, e sim comprar os imunizantes necessários.

Strive frisou que a União Africana criou um Fundo para aquisição de imunizantes (Avat) e que os fabricantes têm a responsabilidade moral de vender doses para os países da região. “Esses fabricantes sabem muito bem que nunca nos deram o acesso apropriado às vacinas”, disse ele.

O enviado da União Africana pediu à comunidade internacional que quebre as patentes sobre as vacinas e insistiu que é urgente que os países suspendam as ‘restrições de exportações de vacinas e seus insumos’.

Na África, 9 doses de vacinas foram administradas para cada 100 habitantes, contra 118 nos Estados Unidos, 104 na Europa, 85 na Ásia, 84 na América Latina e Caribe, 69 na Oceania e 54 no Oriente Médio.

Masiyiwa também pediu à comunidade internacional que quebre as patentes sobre os imunizantes, mesmo se insistiu que o mais urgente agora é que os países suspendam as “restrições de exportações de vacinas de seus insumos”.

O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que os países africanos foram abandonados pelo resto do mundo. A OMS espera imunizar ao menos 40% da população do continente até o final do ano e pediu, de novo, que os países ricos não comecem as campanhas pela terceira dose da vacina por enquanto.

A OMS defende uma ampla distribuição das doses de vacinas em todos os países, e não somente nas nações mais ricas.

Com informações da RFI.

Redação

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