Jornal GGN – Os sucessivos pedidos de testagens replicados no começo da pandemia do coronavírus pela OMS (Organização Mundial da Saúde) foram atropelados pelo avanço da doença no Brasil, e acabaram se perdendo em promessas.
Uma das principais promessas feitas pelo governo federal envolve a estimativa de oferecer 46 milhões de testes até setembro, sendo 24 milhões de testes moleculares (que apuram a existência de material genético do vírus em amostras das vias respiratórias) e 22 milhões de testes rápidos (que estuda a existência de anticorpos a partir de amostras de sangue). Contudo, apenas 12,3 milhões desses testes foram distribuídos aos estados.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, considerando a população de 210 milhões de pessoas no Brasil, a testagem realizada ainda é extremamente baixa (1,2 milhão de testes moleculares foram realizados no SUS, e outros 2,1 milhões foram feitos na rede privada de saúde).
Em meio a uma oferta restrita de testes, o Brasil é o segundo país do mundo no total de casos registrados da Covid-19, chegando a 1,8 milhão de pessoas infectadas, mas especialistas dizem que o país ainda tem uma subnotificação expressiva.