Coronavírus: Número de mortos na Itália chega a 4.825; 793 em 24 horas

O país já superou o número de mortos na China.

Jornal GGN – A Itália anunciou mais 793 mortes neste sábado, dia 21, o segundo dia consecutivo de maior aumento diário em quatro semanas de epidemia. O país já superou o número de mortos na China. São 4.825 mortos na Itália.

Na Espanha, o número também teve aumento significativo, indo para mais de 1.300. No Irã, outro marco sombrio, de 1.500 mortos e o país está no início do Ano Novo Persa.

O número de mortos, na Europa, ultrapassou 5.000, com Itália, Espanha e Alemanha relatando um aumento acentuado de infecções.

No mundo todo, as mortes superaram 11.000 neste sábado, de acordo com dados coletados pela Universidade Johan Hopkins, nos Estados Unidos. Mais de 277.000 pessoas foram infectadas, e 88.000 se recuperaram.

Com informações do Al Jazeera.

Redação

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  1. Os médicos chineses que ajudaram a superar o coronavírus em Wuhan, o epicentro da pandemia, alertaram que o confinamento aplicado na Itália não é suficiente para conter o vírus e recomendaram a adoção de medidas muito mais severas. A equipe de nove especialistas da China, que trabalha desde quinta-feira em Milão para ajudar as autoridades italianas criticou duramente, depois de visitar a cidade, a leveza das restrições postas em prática no país e recomendou medidas mais rígidas para que todas as pessoas fiquem em casa, a única maneira, dizem eles, de impedir a propagação do vírus.—

    Equipe de contenção do coronavírus na China dá bronca na Itália: “Ainda há festas nos hotéis”(https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-03-21/equipe-de-contencao-do-coronavirus-na-china-da-bronca-na-italia-ainda-ha-festas-nos-hoteis.html)
    O vice-presidente da Cruz Vermelha chinesa critica a falta de rigor das políticas de confinamento
    EL PAÍS—Pandemia do coronavírus—Lorena Pacho—Roma – 21 mar 2020 – 11:47CET

    —-“As medidas adotadas são muito pouco rigorosas. Se não for alterado o modo de enfrentar esse problema, o vírus continuará circulando”, afirmou o vice-presidente da Cruz Vermelha chinesa, Yang Huichuan, em entrevista coletiva em Milão, capital da Lombardia, a região mais afetada, com 15.757 dos 41.035 casos no país. “A vida de nossos cidadãos é a coisa mais importante agora. Não há uma segunda chance quando se fala de vidas”, continuou Yang, que também é responsável pelo grupo de médicos chineses enviados à Itália.

    Yang expressou à mídia seu espanto com o número de pessoas que viu nas ruas de Milão, a capital econômica do país.“O transporte público continua funcionando, há muitas pessoas pelas ruas e ainda há jantares e festas em hotéis. Além disso, na área mais atingida pelo vírus, as pessoas não usam máscaras, criticou. Ele também observou que o quadro vivido agora na Itália, que já ultrapassou a China no número de mortes, e particularmente na Lombardia, é “muito semelhante” ao que de alguns meses atrás em Wuhan, foco do surto. “Somente após um mês de fechamento completo da cidade os hospitais puderam começar realmente começar a tratar os pacientes e superar o pico da doença”, alertou o médico. Ele recomendou que, para acabar com o contágio, é necessário “interromper toda atividade econômica e bloquear a mobilidade das pessoas”.

    Ele também destacou a importância de que todos os cidadãos, não apenas as autoridades e o pessoal de saúde, se envolvam na luta contra o vírus e sigam “de forma rigorosa as políticas de fechamento”. “Essa pandemia só vai parar se todas as pessoas ficarem em casa”, resumiu o médico. E aplaudiu o fato de que o mundo está se movendo “em direção a uma prática internacional de controle de doenças infecciosas”.

    O governador da Lombardia, Attilio Fontana, que há dias pede novas restrições ao Governo central, como a proibição expressa de sair de casa para passear ou praticar esportes ao ar livre e o envio do Exército para conter deslocamentos, anunciou nesta sexta-feira que 114 militares começarão patrulhar as ruas das cidades lombardas para controlar os movimentos das pessoas. “Infelizmente, ainda hoje os números não são bons, nem em termos de novos casos nem em termos de mortes. As cifras não se aproximam de uma mudança de tendência, ao contrário, estão aumentando de forma significativa”, alertou Fontana.

    Outros governadores de diferentes regiões também fazem pressão em Roma para reforçar as restrições. A Sicília e a Campânia também pediram patrulhas militares, para as quais o Executivo deu aval. O presidente do Vêneto, Luca Zaia, estabeleceu que quem for levar seus animais de estimação para passear não pode se afastar mais de 200 metros de sua casa. E sugeriu que as forças policiais possam controlar os movimentos das pessoas mediante a localização de seus telefones celulares, seguindo o exemplo de países como China, Coreia do Sul e Israel.

    O governador de Friuli Venezia Giulia, Massimiliano Fedriga, decretou por conta própria a proibição de caminhar ou praticar esportes ao ar livre e o fechamento no domingo de todas as atividades comerciais, exceto farmácias e quiosques. A Prefeitura da capital também anunciou que, a partir deste final de semana, a polícia abandonará a técnica de controles aleatórios e parará todos os veículos que circulam na cidade para verificar o motivo do deslocamento.

    Os ministros da Defesa e do Interior, Lorenzo Guerini e Luciana Lamorgese, indicaram que mais de 20.000 agentes e soldados das forças armadas e das forças de segurança do Estado estão disponíveis para participar da luta contra o coronavírus. “A melhor garantia de um resultado positivo seria que cada um de nós se tornasse seu próprio controlador”, disse Lamorgese em entrevista ao jornal La Repubblica, em que também confirmou que não está descartada a aplicação de novas restrições se não for respeitada a ordem de ficar em casa e sair somente para o estritamente necessário.

    Em Roma, dois conventos foram isolados depois que sessenta freiras deram positivo para coronavírus. As autoridades iniciaram um estudo epidemiológico para determinar como as infecções ocorreram. Um deles é dedicado ao cuidado dos doentes e o outro, ao ensino.

    https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-03-21/equipe-de-contencao-do-coronavirus-na-china-da-bronca-na-italia-ainda-ha-festas-nos-hoteis.html

  2. “Essa pandemia só vai parar se todas as pessoas ficarem em casa”, resumiu o médico.
    Ele também observou que o quadro vivido agora na Itália, que já ultrapassou a China no número de mortes, e particularmente na Lombardia, é “muito semelhante” ao que de alguns meses atrás em Wuhan, foco do surto.

  3. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), 28,6% dos italianos tinha 60 anos ou mais em 2015. Já na Coreia do Sul, eram apenas 18,5% no mesmo período.

    O impacto dessa disparidade é mostrado nas análises de mortes pelo novo coronavírus em cada local. Na Itália, 90% das mais de mil mortes pela doença são de pessoas com 70 anos ou mais.

    Ao mesmo tempo, o surto da doença na Coreia do Sul ocorreu entre pessoas mais novas. Apenas 20% dos casos no país foram detectados nas pessoas que estão na faixa dos 60 anos. O grupo mais afetado é de jovens com cerca de 20 anos de idade, que contabilizam quase 30% de todos os casos.

    Depois, há a questão do gênero. A divisão por sexo dos casos no mundo de COVID-19 é cerca de 50% para cada lado, mas há diferenças, entre eles, com relação à sobrevivência. De acordo com os dados do surto na China – epicentro da doença -, a taxa média de mortalidade é de 4,7% em homens e 2,8% em mulheres. A notícia é boa para a Coreia do Sul, onde 62% dos casos ocorreram em mulheres.

    Fumar é outro fator claramente associado à baixa sobrevivência. As taxas de fumantes são semelhantes entre os dois países: 24% entre italianos e 27% entre sul-coreanos. E as diferenças de gênero entre os fumantes são grandes: na Itália, 28% dos homens e 20% das mulheres fumam; na Coreia do Sul, esse número é 50% e menos de 5%, respectivamente.

    Balanço

    Em outras palavras, na Coreia do Sul a doença afeta principalmente os mais novos e mulheres não-fumantes, enquanto na Itália atinge, em maior parte, os mais velhos, muitos dos quais são fumantes. (Não há dados distintos sobre a doença entre homens e mulheres dentre os casos da Itália.)

    Essas distinções demográficas básicas, de certa forma explicam as diferenças no número de mortos entre esses dois países e também ajudam a explicar porque Seattle, com o surto da deonça em casas de repouso, é responsável por grande parte das mortes pelo novo coronavírus nos EUA.
    Por que a Itália soma tantas mortes a mais que a Coreia do Sul por coronavírus
    Kent Sepkowitz Da CNN—18 de Março de 2020 às 19:10—(https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2020/03/18/por-que-a-italia-tem-tantas-mortes-a-mais-que-a-coreia-do-sul)
    Enquanto a pandemia do novo coronavírus continua em uma escalada no mundo, grande parte da atenção nos Estados Unidos e em outros países tem se voltado para melhorar a disponibilidade dos testes de diagnóstico. Além de saber que eles reduzem efetivamente o risco de transmissão (ao identificar os infectados), muitos especialistas começam a associar a realização de mais testes à estatística de maior preocupação: sobrevivência à doença.

    A conexão parece direta. Considere dois países com um grande número de pessoas infectadas pelo COVID-19: Coreia do Sul e Itália.

    Na Coreia do Sul, a quantidade de testes realizados é muito alta (3.692 testes a cada 1 milhão de pessoas, até o dia 8 de março), e a taxa de mortalidade entre os infectados de lá é muito baixa (cerca de 0,6%, ou 66 mortos, no último balanço).

    A Itália, por sua vez, testa 826 pessoas a cada 1 milhão, e a taxa de mortalidade pelo vírus no país é cerca de 10 vezes maior, com mais de mil mortos pela doença.

    Mas é preciso saber que mais testes salvam vidas ao prevenir uma nova infecção, não apenas ao permitir que médicos internem um paciente mais cedo. O chamado “tratamento antecipado” funciona quando há medicamento eficaz contra a doença. Antibióticos com antecedência, a pessoa vive, se esperar muito, a pessoa morre.

    O novo coronavírus, contudo, não tem tratamento específico. Na verdade, a síndrome da falha rápida e progressiva dos pulmões, que parece matar as pessoas infectadas pela COVID-19, é uma condição clínica familiar. Muitas infecções podem causar o mesmo problema e especialistas de unidades de terapia intensiva (UTI) tratam isso há anos.

    Então, por que a Coreia do Sul tem menos mortes que a Itália? Seria apenas porque mais testes colocam os casos leves no grupo de pessoas “infectadas”, diluindo o impacto estatístico?

    Dificilmente. No momento, é por causa das muitas diferenças entre os pacientes afetados. Logo e cada vez mais, será também em razão de hospitais, médicos e enfermeiros sobrecarregados.

    Idade e gênero

    Muita coisa já foi escrita sobre como a população da Itália se difere de grande parte do mundo. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), 28,6% dos italianos tinha 60 anos ou mais em 2015. Já na Coreia do Sul, eram apenas 18,5% no mesmo período.

    O impacto dessa disparidade é mostrado nas análises de mortes pelo novo coronavírus em cada local. Na Itália, 90% das mais de mil mortes pela doença são de pessoas com 70 anos ou mais.

    Ao mesmo tempo, o surto da doença na Coreia do Sul ocorreu entre pessoas mais novas. Apenas 20% dos casos no país foram detectados nas pessoas que estão na faixa dos 60 anos. O grupo mais afetado é de jovens com cerca de 20 anos de idade, que contabilizam quase 30% de todos os casos.

    Depois, há a questão do gênero. A divisão por sexo dos casos no mundo de COVID-19 é cerca de 50% para cada lado, mas há diferenças, entre eles, com relação à sobrevivência. De acordo com os dados do surto na China – epicentro da doença -, a taxa média de mortalidade é de 4,7% em homens e 2,8% em mulheres. A notícia é boa para a Coreia do Sul, onde 62% dos casos ocorreram em mulheres.

    Fumar é outro fator claramente associado à baixa sobrevivência. As taxas de fumantes são semelhantes entre os dois países: 24% entre italianos e 27% entre sul-coreanos. E as diferenças de gênero entre os fumantes são grandes: na Itália, 28% dos homens e 20% das mulheres fumam; na Coreia do Sul, esse número é 50% e menos de 5%, respectivamente.

    Balanço

    Em outras palavras, na Coreia do Sul a doença afeta principalmente os mais novos e mulheres não-fumantes, enquanto na Itália atinge, em maior parte, os mais velhos, muitos dos quais são fumantes. (Não há dados distintos sobre a doença entre homens e mulheres dentre os casos da Itália.)

    Essas distinções demográficas básicas, de certa forma explicam as diferenças no número de mortos entre esses dois países e também ajudam a explicar porque Seattle, com o surto da deonça em casas de repouso, é responsável por grande parte das mortes pelo novo coronavírus nos EUA.

    Para entender exatamente e que está acontecendo, é necessário ter dados atualizados diariamente para incluir informações sobre idade e sexo. A falta de um programa eficaz de testes nos EUA é uma grande falha e tem levado (e levará) a mais transmissões da COVID-19.

    Mas é importante reconhecer que sobreviver à infecção é um assunto completamente diferente, e necessita investimentos, treinamentos e conhecimento muito diverso.

    É preciso se preparar melhor. E dadas as diferenças gritantes da letalidade da epidemia na Coreia do Sul e na Itália, este é o momento de montar uma equipe de geriatras, cientistas sociais, especialistas em UTI e outros especialistas, para explicar as melhores maneiras de se proteger e tratar, com mais eficácia, o novo coronavírus em idosos.

    https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2020/03/18/por-que-a-italia-tem-tantas-mortes-a-mais-que-a-coreia-do-sul

  4. Baixa letalidade do coronavírus na Alemanha: três hipóteses sobre o fenômeno
    País tem 19.000 casos e apenas 68 mortos, de acordo com os dados deste sábado. Detecção precoce e menos pessoas morando com idosos estão entre os fatores
    -EL PAÍS –A crise do coronavírus—–Borja Andrino—–Daniele Grasso—Kiko Llaneras—-22 mar 2020 – 01:39CET(https://brasil.elpais.com/brasil/2020/03/20/ciencia/1584729408_422864.html)

    Os números do coronavírus na Alemanha escondem um enigma: o país tem 19.000 casos confirmados e somente 68 mortos. Isso deixa uma taxa de letalidade de 0,36% muito inferior à da França (2%), Espanha (4%) e Itália (8%). Sabemos que essa diferença tem a influência da capacidade da Alemanha de fazer milhares de testes. Mas deve existir algo mais. A taxa de letalidade alemã também é excepcionalmente baixa se comparada com a Coreia do Sul (1%), cuja capacidade de diagnóstico também é considerada alta. Então como se explica o caso alemão? Na sexta-feira o porta-voz do Ministério da Saúde espanhol, Fernando Simón, disse que não sabem. E as autoridades alemãs também não têm uma explicação definitiva. Mas existem pelo menos três hipóteses:
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    1. É possível que o surto do vírus tenha surgido mais tarde na Alemanha. O primeiro surto local de contágios dentro da Europa foi detectado na Itália e estava muito avançado quando emergiu: por isso os mortos apareceram rápido lá. Só se passou uma semana do infectado número 20 ao morto número 20. Isso sugere que o surto estava ativo há semanas, porque a doença demora de duas a três semanas para provocar a morte.

    O alarme na Itália fez com que os países europeus dobrassem seus esforços de detecção. Na Espanha se multiplicaram os casos detectados de um surto que, na verdade, já estava no país.

    Também foram detectados os primeiros casos na Alemanha, mas seu surto estava certamente em uma fase incipiente. “A Alemanha reconheceu seu surto muito cedo. Duas ou três semanas antes do que alguns países vizinhos”, disse o virologista Christian Drosten à revista Zeit. “Isso ocorreu porque fizemos muitos diagnósticos, testamos muito. Certamente perdemos casos nessa primeira fase. Mas não acho que tenhamos perdido um surto importante”.

    Isso pode explicar sua taxa de mortalidade inferior. Por dois motivos. Primeiro, porque se a Alemanha detectou os casos desde o começo, terá detectado mais infectados jovens, que são os primeiros a se contaminar (viajam mais e têm mais contato com estrangeiros). Os jovens resistem melhor ao vírus. As mortes são mais comuns quando o vírus avança e pessoas mais velhas se contaminam.

    O outro motivo é que as mortes demoram um certo tempo para ocorrer. Em muitos países vimos que as taxas de mortalidade subiram com o tempo. É o que aconteceu na Coreia do Sul, onde os testes são mais exaustivos e a mortalidade dobrou: passou de 0,5% a 1,1% entre 1 e 20 de março. Se o surto na Alemanha é mais recente que o da Espanha e Itália, seus números de letalidade poderão aumentar.

    2. Os doentes alemães são mais jovens. Na Alemanha é publicada diariamente a idade de uma amostra dos infectados, por isso sabemos que sua idade média é de 47 anos e que somente 20% tem mais de 60 anos. São números semelhantes aos da Coreia (I), mas muito diferentes dos da Itália, em que a idade média dos infectados —detectados— é de 66 anos e em que 58% tem mais de 60 anos (I). Os doentes de Covid-19 mais idosos são casos com maior risco. A pirâmide da população de cada país também pode influenciar. A Itália é o país europeu com maior número de habitantes com mais de 65 anos (26%), enquanto na Coreia são somente 14%. Mas isso não ajuda a explicar o caso alemão, em que 25% das pessoas têm 65 anos ou mais.

    Também podem pesar fatores culturais. Os dados da China dizem que entre 75% e 80% dos contágios de Covid-19 ocorreram em núcleos familiares, como afirmou Bruce Aylward, da OMS, ao The New York Times. Mas o contato cotidiano entre jovens e idosos não é igual em todas as sociedades. Como sugere Moritz Kuhn, da Universidade de Bonn (Alemanha), as pessoas de 30 a 49 anos que moram com seus pais superam os 20% na Itália, China e Japão enquanto na Alemanha são pouco mais de 10%.

    3. Por trás de tudo estão os testes. A Alemanha afirmou através do Instituto Robert Koch, o centro responsável pelo controle de doenças, que pode fazer 160.000 testes por semana. O país pode ter feito até 4.000 testes por milhão de pessoas, muito acima dos 625 por milhão feitos pela Espanha. É evidente que uma melhor detecção reduz as taxas brutas de letalidade para aproximá-las à realidade: se todas as infecções são contabilizadas – incluindo as mais leves –, a proporção de mortos por infectados será menor.

    É o que também sugerem os números da Coreia do Sul. É o país que fez mais testes (mais de 5.000 por milhão de habitantes), e ainda que seu surto já tenha várias semanas, continua sendo um dos países com letalidade mais baixa, 1,1% que é frequentemente usado como referência.

    É provável que a baixa letalidade do vírus na Alemanha se deva a uma mistura de várias coisas. Neste sábado, o Ministério da Saúde brasileiro aventou outra possibilidade para o sucesso na taxa de mortos do país de Angela Merkel: ter mais UTIs dos que seus vizinhos europeus. Seus números continuarão provavelmente longe dos da Espanha e da Itália, enquanto o país continuar sendo capaz de testar maciçamente. Mas se outro fator é que seu surto está em uma fase inicial, seus números de mortos aumentarão e a letalidade crescerá. A pergunta é quanto.

    https://brasil.elpais.com/brasil/2020/03/20/ciencia/1584729408_422864.html

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