França: epidemia de coronavírus é “inevitável”, diz Macron

Segundo o representante do Ministério da Saúde francês, Jérôme Salomon, as treze regiões metropolitanas francesas foram afetadas pelo coronavírus.

Um casal usando máscaras posa para uma selfie perto da Pirâmide do Louvre, em Paris, França, 5 de março de 2020. REUTERS/Charles Platiau

da RFI

França: epidemia de coronavírus é “inevitável”, diz Macron

Para o presidente francês, “sabemos que chega um momento em que a epidemia é, de qualquer maneira, inevitável.” O presidente francês recebeu, nesta quinta-feira à noite, cerca de 20 especialistas no palácio do Eliseu para discutir maneiras de frear a propagação do vírus na França, um dos principais focos do Covid-19 na Europa, ao lado da Itália e da Alemanha.

 

De acordo com o infectologista francês Jean-François Delfraissy, a passagem da epidemia da fase 2 para a fase 3, que deve chegar ao país dentro de alguns dias ou semanas, pode obrigar o governo a impor medidas mais radicais, como o fechamento da rede de transportes e de escolas.

Segundo o representante do Ministério da Saúde francês, Jérôme Salomon, as treze regiões metropolitanas francesas foram afetadas pelo coronavírus. Nos territórios ultramarinos, apenas a Martinica, Mayotte e a ilha da Reunião não tiveram casos confirmados.

Novo foco na região de Oise

Um novo foco de contaminação foi identificado na região de Oise, a cerca de 60 quilômetros de Paris, com nove casos, um deles em estado “grave”, na cidade de Méry-sur-Oise. Por conta da propagação, todos os eventos em locais fechados estão proibidos na cidade, até o dia 20 de março. As escolas vão continuar abertas.

Segundo o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, um total de 150 estabelecimentos estão fechados por precaução na França, principalmente na região de Oise e Morbihan, na Bretanha. A medida atinge 45 mil alunos e mais de 3.000 professores.

A epidemia também chegou à Assembleia Nacional francesa. O deputado do partido Os Republicanos, Jean-Luc Reitzer, foi hospitalizado na UTI de um hospital parisiense. Um funcionário da cafeteria do local também está contaminado e um outro caso está sendo investigado. Em Paris, a companhia de metrô RATP também anunciou o contágio de um motorista de ônibus. O tráfego não foi interrompido.

Situação grave na Itália

O coronavírus já matou 148 pessoas na Itália, 41 a mais do que na véspera, e a doença continua sua disseminação, segundo a Agência de Proteção Civil. O Covid-19 já contaminou mais de 3.858 pessoas. Casos foram registrados nas 20 regiões do país.

Nesta sexta-feira (6), a Alemanha confirmou 534 casos – 134 em 24 horas. A maioria foi identificada na Renânia do Norte-Vestfália. “O coronavírus está na Europa, agora temos que frear sua disseminação e adaptar medidas”, disse o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn. Ele insistiu para que os países da União Europeia cheguem a um acordo para saber “como se comportar de maneira apropriada sem limitar a liberdade de movimento” no interior do bloco.

O Reino Unido anunciou na quinta-feira a primeira morte causada pelo coronavírus em seu território. Trata-se de um paciente idoso que sofria de outros problemas de saúde. Um primeiro caso também foi identificado no Vaticano. A China registrou nesta sexta-feira 143 novos casos mais de 30 mortes ligadas à epidemia. O número de mortos já chega a 3.042 e 80.552 infecções foram detectadas.

Redação

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