Hidroxicloroquina: Maior estudo já feito não prova eficácia contra COVID-19

Pacientes com e sem o tratamento apresentaram o mesmo risco de uma piora do quadro, necessidade de entubação e de morte

Jornal GGN – Um estudo publicado na revista britânica “The New England Journal of Medicine” apontou que a hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada no tratamento contra coronavírus em pacientes hospitalizados. Os autores concluíram que não há evidência de que a droga tenha reduzido o risco de entubação ou morte. Este é o maior estudo já divulgado sobre o remédio até o momento.

A pesquisa, revisada antes da publicação, foi feita no Presbyterian Hospital, em Nova York, com mais de 1 mil pacientes que estavam em estado moderado ou grave da doença. No total, o hospital admitiu 1.446 pessoas com coronavírus entre 7 e 8 de abril de 2020, e 70 delas foram excluídas do estudo por já terem recebido alta, morrido ou sido entubadas.

Restaram, para a pesquisa, 1.376 pacientes confirmados para coronavírus. “Entre elas, 811 (58,9%) foram medicadas por em média 5 dias com a hidroxicloroquina – 45,8% nas primeiras 24 horas após a chegada na emergências do hospital e, 85,9%, nas primeiras 48h. Outros 565 pacientes não receberam o remédio”, informou o G1.

“Em 25 de abril, 232 pessoas haviam morrido e 66 precisaram ser entubadas. Outras 1.025 sobreviveram e tiveram alta hospitalar, e 119 ainda estavam em atendimento (24 não foram entubadas)”, acrescentou.

No final, os autores indicaram que “o risco de entubação ou de morte não foi significativamente maior ou menor entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina do que entre os que não receberam.”

Até então, o maior estudo feito havia sido divulgado na França, com 26 pacientes, mas 6 deles foram excluídos depois que tiveram uma piora do quadro clínico após o uso da hidroxicloroquina. Isso fez a pesquisa ser muito criticada pela comunidade científica.

Leia também: Xadrez das pesquisas da Prevent Senior sobre cloroquina no Brasil

 

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Redação

1 Comentário

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  1. Mas o protocolo do Doutor Didier Raoult é diferente desse. Ele recomenda Hidroxicloroquina + Azitromicina e nos primeiros dias de sintomas.

    Esse estudo só deram hidroxicloroquina e em pacientes moderados e graves.

    Quando alguém vai testar o protocolo do médico frances e acabar com essa celeuma toda de uma vez?

    Interessante é que não reportaram problemas e efeitos colaterais com quem tomou a hidroxicloroquina como ocorreu no estudo criminoso da Fiocruz.

    Aqui deram cloroquina (que é mais tóxica) em superdosagens (5 vezes maior que a dosagem considerada segura), ainda associaram com azitromicina (que no estudo chines ao qual o estudo da Fiocruz se baseou colocava como Medicamento proibido) e ainda um outro antibiótico que também tem efeitos cardíacos:

    “7) Combinação proibida de medicamentos: (1) Medicamentos cardiovasculares: medicamentos digitais (digoxina, desacetiltionina, toxina digital, ouabaína K), medicamentos antiarrítmicos (Classe Ia: quinidina) , Procainamida, procainamida, classe III: amiodarona, sotalol, ibutilida, dronedarona), benpredil, hidroclorotiazida, indapamida; (2 ) Antibióticos: quinolonas, macrolídeos (eritromicina, claritromicina, azitromicina), ….”
    “Os pacientes que usam cloroquina no tratamento de novas pneumonias por coronavírus são proibidos de usar antibióticos como quinolonas e macrólidos para evitar prolongar o intervalo QT, levando ao risco de reversão da ponta de taquicardia ventricular.”
    http://rs.yiigle.com/CN112147202003/1184469.htm

    Será que por lá os médicos tem um pouco mais de respeito pelos pacientes do que os médicos daqui?

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