Mercados devem cair ainda mais com o coronavírus atingindo a economia da China, diz The Guardian

O surto já interrompeu o fornecimento para fábricas na Europa, onde as empresas lutam para acessar componentes vitais provenientes do leste da Ásia.

Jornal GGN – Os níveis de produção industrial na segunda maior economia do mundo caíram para níveis recorde em fevereiro. A informação é do The Guardian, em matéria de Phillip Inman, neste sábado. Os mercados devem cair ainda mais na próxima semana como reação as pesquisas sobre a saúde econômica da China desde o início do surto de coronavírus. A produção fabril caiu e os setores de serviços do país contraíram.

Os mercados de ações caíram na semana passado, quando o vírus se espalhou pelos quatro continentes e as autoridades de saúde da ONU elevaram o nível de ameaça do vírus para ‘muito alto’.

Os novos dados que medem o impacto econômico dos esforços de Pequim para conter o vírus assustaram mais ainda os investidores, que se refletiu na queda dos mercados globais em 11% na semana passada, no pior período de sete dias para ações desde o colapso financeiro de 2008.

Com fábricas forçosamente fechadas após o encerramento do feriado lunar do ano novo, o Índice de Gestores de Compras (PMI) da China, uma métrica amplamente observada da atividade econômica, caiu ainda mais em fevereiro, mais do que em qualquer momento nos últimos 12 anos. A informação foi passada pela instituição de estatísticas da China.

O instituto observou um colapso significativo nos pedidos domésticos e de exportação, e uma contração do crescente setor de serviços do país.

Segundo a matéria de Inman, pesquisas semelhantes, esperadas para o mês que vem, cobrindo o Japão e a Coréia do Sul, ambas seriamente afetadas pelo surto de coronavírus, podem prolongar a queda nas bolsas de valores globais. Isso de acordo com a opinião de analistas.

O surto já interrompeu o fornecimento para fábricas na Europa, onde as empresas lutam para acessar componentes vitais provenientes do leste da Ásia.

Os investidores esperam descobrir nos próximos dias se o surto está se acelerando nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, e até que ponto os bancos centrais e os governos estão preparados para lidar com uma epidemia.

Os mercados de ações perderam globalmente cerca de US$ 5 bilhões em valor na semana passada, conforme apontou o índice MSCI para todos os países.

No fim de semana passado, o presidente chinês Xi Jinping disse às autoridades locais que as áreas de baixo risco deveriam ‘retomar a produção total e a vida normal’. E a informação do governo foi de que grandes fábricas atingiram 85,6% de sua capacidade no meio da semana passada.

Analistas receberam isso com preocupação, pois pode não ser tão positivo ainda. Mesmo que a produção fabril se recupere em março, ainda enfrentará o risco de um baixo número de pedidos de exportação e pelo entendimento que a cadeia de suprimentos continuará quebrada com casos na Coréia do Sul, Japão, Europa e EUA.

Relatórios não oficiais mostram que as fábricas fora da província de Hubei, onde o vírus começou, poderiam estar trabalhando com 75% de sua capacidade e muitas próximas de 25% a 50%, enquanto milhões de trabalhadores permanecem presos em sua província de origem, incapazes de viajar de volta para seu local de trabalho, informou Inman.

Redação

2 Comentários

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  1. Assustador como este coronavírus é tremendamente fatal para idosos…
    alguns fundos de pensão privados e antigos, ou já com muitos idosos sendo assistidos, entraram em alerta vermelho total porque os rendimentos das suas aplicações entraram em queda livre, irreversível, se considerarmos a tragédia econômica bolso-guedesiana-familiar brasileira

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