Pazuello diz que crise de Covid-19 no Amazonas foi “completamente desconhecida”

Governo responsabilizou o estado por dar conta do aumento de casos e da falta de insumos médicos. Hoje, Pazuello fala que tomou todas as medidas "para salvar vidas"

Funcionários transportam cilindros ao lado de câmara frigorífica de corpos – Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real

Jornal GGN – O governo brasileiro soube oito dias antes da falta de oxigênio em Manaus, que gerou a morte de 30 pessoas em pelo menos dois dias de falta do insumo médico. Mas o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que voltou à capital amazonense, disse que o aumento de casos de Covid-19 foi “completamente desconhecido”.

A fala foi dada durante a reabertura do Hospital Nilton Lins, nesta terça (26). Contra todas as posições tomadas até agora pelo governo federal, que inicialmente responsabilizou o estado e o município por dar conta do aumento de casos e da falta de insumos médicos, Pazuello afirma agora que tomou todas as medidas “para salvar vidas”.

“Nós tivemos um salto na contaminação logo no começo de janeiro, triplicando o número de contaminados. Isso foi uma situação completamente desconhecida para todo mundo, foi muito rápido”, falou.

Ainda, segundo Pazuello, a crise sanitária hoje vivida no Amazonas é consequência também de “gargalos de décadas na região”, que repercutiram no desabastecimento de oxigêncio, falta de leitos e recursos. Sem explicar direito o que seriam estes “gargalos”, o ministro fazia referência à suposta falta de desenvolvimento no Amazonas.

Em seu discurso, o ministro de Jair Bolsonaro ainda mencionou que o Ministério da Saúde está destinando doses extras da campanha de vacinação nacional contra a Covid-19 à região. A medida, contudo, foi uma iniciativa dos governadores dos demais estados brasileiros, que decidiram abrir mão de 5% de suas doses para destinar ao estado em extrema crise sanitária.

 

Redação

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Pazuello está encalacrado e desmoralizado. O General vaidoso topou engraxar os coturnos do Capitão e acabou instrumento do deboche que Bolsonaro planejou. Vai virar boi de piranha para livrar a cara do chefe. Denúncia contra Bolsonaro por crime de responsabilidade é assunto a ser decidido por um Legislativo já cooptado e, em breve “sob nova direção”. Ao longo do tempo o estrago Bolsonaro se mostrará um desastre pior que a Covid19. Bem, tudo pode acontecer; um infarto, um acidente, uma convocação divina, sei lá.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador