A CPI do fim do mundo para Bolsonaro é uma realidade: quais os próximos passos?

CPI começa a receber os primeiros requerimentos de oitivas e diligências. Renan Calheiros deve apresentar plano de trabalho

Jornal GGN – O Senado instalou no final da manhã desta terça (27) a CPI da Covid, que tem potencial para desengavetar o próximo de impeachment de Jair Bolsonaro ou dar fôlego a uma ação por crime comum contra o extremista de direita que ocupa atualmente a Presidência da República.

Confirmando o acordo político entre a maioria dos 11 titulares da CPI, o senador Omar Aziz (PSD), considerado independente do governo, foi eleito presidente da comissão. O autor do requerimento de CPI, Randolfe Rodrigues (Rede), é o vice-presidente eleito. A relatoria é do senador Renan Calheiros (MDB), que deve dar dor de cabeça ao governo. Ele prometeu “isenção” e “imparcialidade” independente de suas convicções pessoais.

A CPI irá investigar a gestão temerária do governo federal na pandemia, além do repasse de recursos federais para estados e municípios enfrentarem a crise sanitária.

Com a CPI instalada e o comando eleito, quais os próximos passsos?

Os senadores já podem apresentar os requerimentos de oitivas e diligências para a CPI.

É esperado que os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, sejam convocados com prioridade para testemunhar. O atual ministro Marcelo Queiroga também deve ser convidado, assim como Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa. Todos devem depor na condição de testemunha, o que obriga o convidado a responder a todas as questões.

O senador Renan Calheiros apresentou um plano de trabalho para a comissão, que foi escrito com ajuda do senador Alessandro Vieira, que tem carreira na Polícia Civil. Vieira concedeu uma entrevista à TVGGN, na semana passada, e afirmou que a CPI vai se debruçar sobre “fatos” – contratos, documentos, atas de reuniões – e, a partir disso, buscar os envolvidos na gestão da pandemia.

O senadores têm 24 horas – ou seja, até o final da manhã de quarta (28) – para os demais membros da CPI apresentarem complementos ou pedidos de alteração ao plano de trabalho, cuja versão final deverá ser votada na quinta (29). Na oportunidade, os senadores também vão votar os requerimentos de oitiva.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deve ser o primeiro a ser ouvido pela CPI, na próxima terça (4/5).

Em entrevista à TVGGN, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, avaliou que a CPI deixou Bolsonaro acuado porque tem potencial para derrotar o governo.

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Redação

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