CPI da Covid

Associação Médicos Pela Vida tenta manter sigilo bancário e fiscal

Jornal GGN – Os advogados da Associação Médicos Pela Vida acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a quebra de sigilo bancário e fiscal da entidade sediada em Recife (PE) pedida pela CPI da Pandemia no Senado Federal.

O grupo ficou conhecido após um informe publicitário publicado no mês de fevereiro, quando defendeu o chamado “tratamento precoce” a partir de evidências científicas que comprovam a eficácia de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina em pacientes contra a covid-19.

No site da entidade, é possível verificar a publicação de uma nota de repúdio “à narrativa maquiavélica”, afirmando que qualquer iniciativa vira polêmica e confirmando a reunião de representantes da entidade com o presidente Jair Bolsonaro em setembro de 2020 – “Entre as proposições apresentadas constavam: reforçar a autonomia médica, recomendação do tratamento já na fase inicial da doença, individualizado e em concordância com a vontade do paciente; disponibilização de medicamentos nas farmácias populares, mutirão para tratamento de outras patologias reprimidas pela pandemia e programa de assistência pós covid 19, e  criação de comissão técnica especializada para acompanhamento dos estudos e aprovação de vacinas seguindo rigorosamente os critérios de eficácia e segurança já estabelecidos”.

“Rejeitamos a politização da Medicina, a sua invasão por interesses estranhos, a violência orquestrada contra ela. O paciente precisa do seu médico, no qual confie e por ele seja correspondido. Autonomia do Médico não é “perfumaria”, e a sociedade não pode permitir que jornalista, parlamentar, judiciário, cantor, ator ou jogador de futebol diga como o médico deve ou não tratar o seu paciente. Ou alguém propõe inverter os papéis?”, questiona a associação.

No site da associação, é possível verificar na área de jornada diversas lives voltadas para discussão do tratamento precoce contra a covid-19 – entre os médicos que participaram, estão Armando Taranto Junior, médico da cidade de Rancho Queimado, em Santa Catarina (citada por bolsonaristas como exemplo de uso da cloroquina para zerar casos de covid-19), a oncologista e imunologista Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto, ambos apontados como integrantes do chamado ‘gabinete paralelo’ do governo de Jair Bolsonaro.

(com informações do Correio Braziliense)

Redação

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