CPI da Covid

Brasil poderia ter feito vacinação com Pfizer sem prejuízo

Jornal GGN – A rede de frios para armazenamento de vacinas contra covid-19 permitiria o uso do imunizante fabricado pela Pfizer sem prejuízo, afirma a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Franciele Fantinato.

Questionada pelo senador Humberto Costa (PT) sobre a rede de frios existente no país, e sua capacidade de armazenar a vacina da Pfizer (que exige temperaturas menores), Franciele disse que houve uma preocupação no começo, mas que foi organizada uma estratégia capaz de viabilizar a aplicação.

“O nosso objetivo era trabalhar muito alinhado com os estados e com as capitais para conseguir fazer em cinco dias, porque ela durava um período de cinco dias”, disse Franciele. “Então, nós teríamos que encaminhar muito rapidamente para a central estadual, a menos 20 (graus celsius) ela duraria 14 dias, as centrais estaduais estão abastecidas a menos 20, na sequencia a gente daria vazão, definiria os pontos de vacinações na capital para poder utilizar essa vacina nesse local”.

Segundo a ex-coordenadora, a Pfizer já aumentou o prazo de utilização de seu imunizante de cinco para 30 dias e a rede de armazenamento a frio disponível no país está em processo de ampliação. “Nesse momento a gente consegue, com uma estratégia rápida, bem alinhada entre estados e municípios, trabalhar nesses 30 dias para aplicar vacina com qualidade na população brasileira. Que 30 dias fica de dois a oito (graus celsius), e a nossa rede atende de dois a oito”.

Em outras palavras: caso o governo federal não tivesse ignorado as sucessivas mensagens enviadas pela Pfizer, uma estratégia coordenada entre estados e municípios poderia acelerar a campanha de vacinação contra a covid-19 e mais pessoas poderiam ter sido salvas.

A íntegra sobre a estratégia de vacinação e armazenamento pode ser vista no vídeo a seguir

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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