Contrato com Covaxin entra na pauta da CPI da Covid

Jornal GGN – A CPI da Pandemia entrou com pedidos de informações e quebras de sigilo em torno da compra superfaturada de 20 milhões de doses da vacina Covaxin – além de ter sido comprada por um custo 4 vezes maior ao da vacina da AstraZeneca, o contrato intermediado pela Precisa Medicamentos teria sido assinado por um preço 1.000% mais alto que o previsto inicialmente.

“Foram ações deliberadas para trazer a Covaxin, a vacina mais cara com o calendário mais alongado. A única aquisição que teve um “atravessador”, a empresa Precisa. Uma operação suspeita, e por isso ouviremos na sexta-feira [25] o diretor do Ministério da Saúde [referência ao servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda] que cuidou dessa importação”, disse o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). “O próprio presidente da República estava diretamente envolvido na operação, porque havia mandado mensagens e telefonado ao primeiro-ministro da Índia”.

Enquanto o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), classificou o pronunciamento de Renan como “ilação” e “prejulgamento”, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a declaração de Renan é respaldada por documentos já recolhidos pela CPI.

Randolfe também entrou com pedido junto ao Ministério da Saúde de toda a documentação sobre o processo de licitação e execução relacionado ao contrato envolvendo as vacinas da Bharat Biotech, além de quebrar os sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do tenente-coronel Alex Lial Marinho, ex-assessor de Logística durante a gestão do general Eduardo Pazuello na pasta. As informações são da Agência Senado.